Novidades: CG Titan Mix e CG Cargo

Honda apresenta o novo sistema Mix, bicombustível, e mantém sua tecnologia OHC.

Por André Jordão

O MOTO.com.br e a Agência Infomoto estão em Manaus, onde farão na quinta-feira o teste com os novos modelos e trarão muitas outras informações. Fique ligado, mas já confira os primeiros detalhes dos lançamentos da marca japonesa para o mercado brasileiro!

CG 150 Titan Mix

A CG 150 Titan Mix apresenta ao mercado um novo conceito de mistura de combustíveis para motocicletas. É a primeira no mundo produzida em série que utiliza tanto o álcool quanto a gasolina como combustíveis. Desenvolvida pelos engenheiros da Honda especificamente para o público brasileiro, a tecnologia pioneira é adequada às características da já conhecida CG 150 Titan.

Original de fábrica, o sistema Mix possui componentes exclusivos e dispensa qualquer tipo de adaptação, permitindo o uso da gasolina, do álcool ou da mistura álcool/gasolina. Como ressalva, vale destacar que, em condições de temperatura ambiente abaixo dos 15ºC, o tanque deve conter um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.

Economia, desempenho e responsabilidade ambiental

A CG 150 Titan Mix acompanha a estratégia mundial voltada para a preservação do meio ambiente, com a criação de novas tecnologias ecologicamente responsáveis. Quando comparado à gasolina, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável. Além disso, polui menos que os combustíveis fósseis e não possui enxofre em sua composição – tornando sua combustão mais limpa.

Quando abastecida com álcool, a CG 150 Titan Mix emite menos gases poluentes se comparada ao uso da gasolina. Vale lembrar que, nas duas situações, atende-se aos limites de emissões estabelecidos pela terceira fase do Promot (Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).

Com relação ao desempenho, a utilização da gasolina permite um funcionamento mais linear e progressivo do motor. Já o álcool favorece um comportamento mais vigoroso e ligeiramente mais potente. Enquanto a motocicleta desenvolve 1,32 kgf.m de torque a 6.500 rpm e 14,2 cv de potência a 8.500 rpm quando abastecida com gasolina, estes valores sobem para 1,45 kgf.m e 14,3 cv, respectivamente, quando utilizado o álcool.

No momento de abastecer a motocicleta, o usuário deve avaliar suas necessidades e prioridades para poder escolher o combustível que melhor se encaixe a sua realidade. Em suma, o álcool é mais indicado para aqueles que buscam economia, desejam fazer sua parte quanto à preservação do meio ambiente e para o motociclista que busca melhor desempenho da motocicleta.

Por outro lado, se o consumidor deseja autonomia para percorrer distâncias mais longas, deve optar pela gasolina, uma vez que o menor poder calorífico do álcool quando comparado à gasolina implica em um maior consumo para gerar a mesma queima. Caso o objetivo seja rodar por mais quilômetros gastando menos dinheiro, devem-se analisar os preços praticados à época na região.

Por que o nome “Mix”?

Esta versão da CG 150 Titan foi denominada “Mix”. Isto porque, em situações de temperatura ambiente abaixo dos 15ºC, recomenda-se que o próprio tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.

Tanto nas motocicletas movidas a álcool disponíveis no mercado no início da década de 80 quanto nos automóveis flex comercializados atualmente, a presença de um reservatório de gasolina é que permite a partida a frio em qualquer situação de temperatura ambiente – o que os torna totalmente flexíveis quanto à utilização dos combustíveis.

No entanto, durante o desenvolvimento da CG 150 Titan Mix, optou-se por não incluir esse sistema – também conhecido como subtanque.

Como funciona?

O sistema Mix é coordenado por um ECM (Engine Control Module) exclusivo, interligado a sensores que monitoram o desempenho do motor e transmitem informações sobre a mistura que está sendo utilizada. De acordo com os dados fornecidos por estes sensores, o ECM escolhe um dos seguintes programas de funcionamento:

Programa 1: Tanque abastecido com gasolina
Programa 2: Tanque contendo gasolina e álcool na mesma proporção
Programa 3: Tanque contendo maior quantidade de álcool
Programa 4: Tanque abastecido apenas com álcool

O sensor de oxigênio, localizado logo na saída do motor, é o principal responsável pelo perfeito funcionamento do sistema Mix.

Este faz a leitura dos gases queimados e passa a informação ao ECM. Se o resultado da combustão for uma mistura mais pobre, significa que o combustível utilizado é a gasolina.

Assim, ativa-se o Programa 1. Por outro lado, se a mistura for mais rica – o que indica a utilização de álcool – ativa-se o Programa 4. Caso a mistura for intermediária, ativam-se os Programas 2 ou 3, de acordo com a situação.

Com base no mapa de funcionamento escolhido, o ECM transmite as informações ao bico injetor, que fornecerá a quantidade adequada de combustível para a queima, levando-se em conta a mistura que está sendo utilizada, e acertará o ponto de ignição – adiantando-o no caso do álcool e atrasando-o no caso da gasolina.

Para adequar a CG 150 Titan Mix à utilização do álcool, algumas alterações técnicas foram necessárias. O bocal interno do tanque agora possui tela antichamas, para evitar a propagação de fogo de fora para dentro do tanque.

O bico injetor, exclusivo, permite maior vazão, enquanto o filtro de combustível secundário possui maior capacidade de retenção de sujeiras e evita o entupimento precoce da bomba.

O gerador foi adequado para atender ao maior esforço provocado pela partida a frio. O tratamento interno do tanque e o potenciômetro do marcador de combustível foram alterados para funcionamento com álcool. Por fim, a bomba de combustível ganhou um tratamento interno para suportar o uso do álcool.

Vale ressaltar que, para garantir a partida a frio em ambientes com temperatura abaixo de 15oC, é preciso que o tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina. Isto porque, para que haja a combustão inicial, a mistura deve entrar de forma vaporizada na câmara de combustão.

No entanto, devido ao baixo poder de vaporização do álcool, em temperaturas reduzidas à substância não consegue entrar de forma vaporizada na câmara. Nestes casos, a gasolina ajudará a realizar a primeira queima.

Com o objetivo de auxiliar o usuário quanto à partida a frio, a CG 150 Titan Mix possui um mecanismo de alerta por lâmpadas em seu painel de instrumentos. Há duas luzes: “MIX” e “ALC”.

Quando ambas estiverem apagadas, significa que a partida é possível em qualquer temperatura. Se a luz "MIX" estiver acesa, o usuário deve abastecer sua motocicleta com um mínimo de dois litros de gasolina.

Caso a lâmpada "ALC" esteja acesa, é preciso adicionar pelo menos três litros de gasolina. Se, ao ligar a chave de ignição, a lâmpada "ALC" piscar, significa que a temperatura ambiente é baixa e que o teor de álcool no tanque é alto – o que pode dificultar a partida.

Já em caso de pane seca, é necessário que o usuário abasteça a motocicleta com, no mínimo, 50% de gasolina para que o sistema volte a funcionar adequadamente o mais rápido possível.


Receita de sucesso

A CG 150 Titan Mix possui todos os atributos da CG 150 Titan a gasolina. Design, motorização, sistema de suspensões e freios foram mantidos.

A lateral e o motor formam um conjunto uniforme, os piscas são integrados tanto na dianteira quanto na. Como novidade, a rabeta lateral traz a inscrição “Mix Fuel Injection”, diferenciando o modelo de sua versão a gasolina.

Na CG 150 Titan Mix, o painel de instrumentos apresenta grafismo com fundo verde – remetendo ao tema da preservação ambiental. Além de velocímetro, luzes indicadoras de direção, farol alto e neutro, marcador de combustível, hodômetro total e parcial (este último apenas na versão ESD), luz de diagnóstico da injeção eletrônica, o modelo agora conta com as luzes “MIX” e “ALC” que fornecem informações sobre a partida a frio.

O motor OHC (Over Head Camshaft), monocilíndrico, quatro tempos, de 149,2 cm3, arrefecido a ar, com comando de válvulas no cabeçote e balancim, ambos roletados, é alimentado por sistema de injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection).

O modelo traz ainda bateria selada, garantindo ao usuário partidas mais rápidas e eficientes nas versões com partida elétrica (ES e ESD).

A suspensão dianteira, formada por braço telescópico, tem curso de 130mm. Na traseira, o braço oscilante possui curso de 101mm.

Os pneus, do tipo 80/100 – 18M/C 47P na dianteira e 90/90 – 18M/C 57P na traseira, garantem aderência, segurança e conforto necessários para a pilotagem urbana do dia a dia.

Na versão ESD, o pneu traseiro conta ainda com o sistema tuff-up. A tecnologia, desenvolvida e utilizada exclusivamente pela Honda, funciona da seguinte maneira: em caso de perfuração do pneu traseiro, um líquido especial selado à câmara de ar desloca-se rapidamente ao ponto danificado, vedando o orifício e retardando a redução da pressão interna.

Na dianteira, tambor com 130 mm de diâmetro garante frenagem eficiente para as versões KS e ES. Já a versão ESD dispõe de freio dianteiro a disco, com 240 mm de diâmetro, e cáliper de dois pistões. Na traseira, todas as versões contam com freio a tambor com 130 mm de diâmetro.

Outro item de segurança presente no modelo é o Sistema Honda de Proteção, composto por shutter-key (fechadura adicional acionada com chave sextavada e combinações magnéticas) e comb-lock (trava do guidão combinada à chave de ignição).

Disponível nas cores preta, vermelha, prata metálica e azul metálica, a CG 150 Titan Mix chega às concessionárias de todo o Brasil em três versões: KS, com partida a pedal; ES, com partida elétrica; e ESD, com partida elétrica e freio dianteiro a disco com cáliper de dois pistões.

Seu preço público sugerido será de R$ 6.340,00 (KS), R$ 6.890,00 (ES) e R$ 7.290,00 (ESD). Estes valores têm como base o Estado de São Paulo e não incluem custos de frete e seguro. O modelo tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.

CG Cargo

Projetada especialmente para o transporte de carga e para o uso utilitário, a motocicleta tem como grandes diferenciais o bagageiro exclusivo, com capacidade para transportar até 20 kg de carga, e o novo assento de uso individual. Sua cor branca e a presença de apenas um adesivo básico da Honda no tanque de combustível proporcionam maior espaço e liberdade para padronização de empresas e frotistas.

A CG 125 Cargo traz ainda cavalete central como item de série. De fácil acionamento, oferece praticidade ao acomodar cargas no bagageiro e realizar eventuais manutenções na roda traseira.

O tanque tem capacidade para armazenar 15,1 litros de combustível. Seu formato oferece ótimo encaixe para as pernas do piloto, garantindo ergonomia e conforto para uso prolongado.

Resistência, durabilidade e baixo custo de manutenção são resultados da grande quantidade de peças injetadas na cor preta, mais resistentes a riscos quando comparadas às pintadas. Além disso, as novas tampas laterais e o paralama dianteiro transmitem robustez à motocicleta.

Motor OHC

Derivado da nova CG 125 Fan, seu propulsor tem concepção moderna. Com 124,7 cm3, monocilíndrico, quatro tempos e arrefecido a ar, o motor OHC (Over Head Camshaft) com comando de válvulas e balancins, ambos roletados, proporciona movimento preciso das válvulas, resultando em menos perdas por atrito, menor desgaste das partes internas e maior economia de combustível.

O arrefecimento do pistão por jato de óleo permite maior controle de sua temperatura. Estas características aumentam sua eficiência e elevam seu grau de durabilidade, o que resulta em pouca necessidade de manutenção e maior confiabilidade.

O sistema de exaustão reduz a emissão de poluentes. O conjunto conta com válvula Pair, posicionada acima do motor, que tem como função injetar ar limpo no momento da exaustão dos gases. Apresenta também catalisador de 300 cel/pol2, posicionado à frente do motor. O escapamento em aço inoxidável, na cor preta, e o protetor cromado oferecem maior resistência a altas temperaturas e segurança ao piloto.

A CG 125 Cargo atende as novas normas estabelecidas pela terceira fase do Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).

Segundo a legislação, as emissões de CO (monóxido de carbono) não podem superar os 2,0 g/km, enquanto a geração de hidrocarbonetos deve ser de, no máximo, 0,8 g/km e a produção de óxidos de nitrogênio não pode ultrapassar 0,15 g/km. A CG 125 Cargo, por sua vez, emite esses gases em níveis abaixo do máximo estabelecido: 0,648 g/km de CO (67,6% a menos), 0,189 g/km de hidrocarbonetos (76,3%) e 0,074 g/km de NOx (50,6%).

Alimentado por carburador do tipo PD, com 22,26 mm de diâmetro do Venturi, motor da CG 125 Cargo gera potência máxima de 11,6 cv a 8.250 rpm e torque de 1,06 kgf.m a 6.000 rpm.

Conjunto resistente

Com peso seco de 111,1 kg para a versão KS e 112,2 kg para a versão ES, a CG 125 Cargo conta com chassi do tipo diamond estampado, que oferece resistência a torções, melhor ciclística e dirigibilidade, além de agilidade e estabilidade em manobras urbanas.

O conjunto de suspensões garante resistência e conforto. Na dianteira, conta com garfo telescópico com curso de 115 mm. Na traseira, é duplo amortecido com curso de 82 mm.

Os pneus, do tipo 80/100 – 18 M/C 47P na dianteira e 90/90 18 M/C 57P na traseira, garantem durabilidade, baixo custo de manutenção e apresentam comportamento dinâmico.

Os freios, a tambor com 130 mm de diâmetro tanto na dianteira quanto na traseira.

Com ignição do tipo CDI (Ignição por Descarga Capacitiva), a CG 125 Cargo está disponível em duas versões: KS, com partida a pedal, e ES, com partida elétrica. Assim, oferece maior liberdade de escolha ao frotista, que pode optar pela versão que melhor atenda às suas necessidades.

O modelo traz ainda transmissão de cinco velocidades e embreagem multidisco em banho de óleo. Conta com bateria selada. O painel de instrumentos traz velocímetro, hodômetro total e luzes indicadoras de direção, farol alto e ponto morto.

Com previsão de comercialização de 10 mil unidades em 2009, a CG 125 Cargo chega à rede de concessionárias em março.

O modelo tem garantia de um ano e seu preço público sugerido é de R$ 5.140,00 para a versão KS e R$ 5.590 para a versão ES. Os valores têm como base o Estado de São Paulo e não incluem despesas com frete e seguro.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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