Murillo Ghigonetto
Agora é pra valer. Quase quatro meses após sua apresentação na Itália, durante o Salão de Milão, a KTM anuncia que a nova RC8 está de malas prontas para o Brasil. A estréia em nosso mercado está marcada para o segundo semestre deste ano, segundo informa o representante oficial da marca austríaca no país, e promete agitar o setor das motos superesportivas de alta cilindrada por aqui.
Apesar de ser um modelo lançado há pouco mais de três meses, a RC8 fez sua primeira aparição pública em 2003, durante o Salão de Tóquio, no Japão. Na ocasião o modelo mostrado era apenas um protótipo, mas nem por isso deixou de chamar a atenção do público e da imprensa presentes ao evento.
Agora, alguns anos depois, a RC8 finalmente chega à linha de produção e faz a estréia da KTM no concorrido mercado das superesportivas, dominado por montadoras japonesas e italianas.
Com isso a empresa mostra cada vez mais o interesse em diversificar sua área de atuação, hoje voltado quase que exclusivamente para o mercado off-road. Como trunfo para a RC8 no mercado brasileiro, a marca aposta em sua tradição e em um conjunto que não deixa nada a desejar para nenhum outro modelo da mesma categoria.
Com traços modernos e angulados, a equipe de designers da KTM criou uma identidade visual bastante agressiva na nova moto. Na frente o destaque está na ampla carenagem frontal sem muitas curvas e nos dois faróis sobrepostos.
O painel é inteiro em cristal líquido, com uma grande área de informações para o condutor. O tanque, com capacidade para 16,5 litros (3,5 de reserva) também segue o mesmo estilo da carenagem frontal, com traços angulosos.
Uma das novidades está no ajuste da altura do assento do piloto, configurado para 805 mm ou 825 mm, e feito manualmente. Um detalhe interessante no visual está na localização do escape, escondido na parte debaixo da moto, como nos modelos Buell. A rabeta, fina e estreita, não deixa espaço para a garupa e aloca a lanterna traseira, em LEDs.
Ciclística e mecânica
O objetivo da KTM foi criar uma autêntica superesportiva de alto desempenho com nítido apelo para o mundo das competições. Com isso a RC8 está equipada com um V-Twin de 75 graus de 1148 cm³ com duplo comando no cabeçote (DOHC) e arrefecimento líquido.
A potência anunciada é de 155 cv a 10.000 rpm com torque de 12,0 kgf.m. O câmbio é de seis velocidades com a transmissão final feita por corrente.
Os mais exigentes podem até torcer o nariz pelo fato da KTM ter escolhido um motor de 2 cilindros para equipar sua primeira superesportiva de alta cilindrada. No entanto, a montadora garante que a performance não ficará devendo em nada para a concorrência, no caso, os motores de quatro cilindros em linha, arquitetura mais comum nas motos japonesas desta categoria.
Na ciclística a RC8 usa um quadro em treliça de aço cromo-molibdênio com o sub-quadro em alumínio. Os freios são da marca Brembo, com dois discos de 320 mm e pinças de quatro pistões na dianteira, e um disco simples de 220 mm com pinça de dois pistões na traseira.
A suspensão dianteira usa garfo invertido com tubos de 43 mm com curso de 120 mm. Já atrás o sistema usa suspensão mono-choque com curso de 125 mm totalmente ajustável. Os pneus têm medida de 120/70 ZR 17 (dianteiro) e 190/55 ZR 17 (traseiro).
Já é certo que a nova KTM RC8 irá desembarcar no Brasil no segundo semestre deste ano, como informa o representante da marca no país. Os preços, no entanto, ainda não foram definidos para nosso mercado.
A superesportiva austríaca vai estar disponível em duas combinações de cores: o tradicional laranja da KTM com preto, e o branco com preto. Aos brasileiros mais afoitos resta apenas esperar por esta bela máquina austríaca.
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