Kawasaki Z 400 deve vir ao Brasil e agitar mercado de pequenas naked
Com pacote técnico da Ninja 400, naked deve mexer com o segmento e incomodar rivais como a Yamaha MT-03
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
Kawasaki apresentou no Salão de Milão, que aconteceu no início de novembro, a naked Z 400. O novo modelo usa o motor de dois cilindros e 399 cm³ que equipa a sua “irmã” esportiva, a Ninja 400, mas não tem carenagem. A Z 400 deverá chegar o Brasil somente no segundo semestre do próximo ano e possivelmente será mostrada no Salão Duas Rodas 2019. O modelo tem como atrativo a facilidade de pilotagem, design imponente e peso reduzido.
A nova naked da Kawasaki mostra que a fabricante está um passo a frente das concorrentes no segmento das compactas premium. No Brasil, a Z400 terá a concorrência da Yamaha MT-03 - que usa motor de dois cilindros, porém com 42 cv - e a KTM 390 Duke, que tem 44 cv de potência, mas motor monocilíndrico.
O bicilíndrico da Z 400 e atinge a potência máxima de 48 cavalos. Porém o grande atrativo é o torque próximo de 4 kgf.m. Tal característica facilita a pilotagem, pois não exige muita aceleração nas arrancadas ou ultrapassagens. Outra novidade herdada da Ninja 400, que tem câmbio de seis marchas, é a embreagem deslizante, que evita derrapagens em caso de reduções fortes ou engates errados de marchas.
Ciclística e peso
O quadro de aço em treliça remete ao desenho da superesportiva H2 e usa o motor como elemento estrutural. O entre-eixos curto (1.369 mm) e o centro de gravidade baixo facilitam a pilotagem em velocidades reduzidas e as mudanças de direção em meio ao trânsito travado.
A suspensão usa garfo telescópico na dianteira (curso de 120 mm) e monoamortecedor na traseira com cinco regulagens e 130 mm de curso. O conjunto de freios tem disco dianteiro de 310 mm e 210 mm na traseira com sistema ABS de série.
As rodas de liga ganharam novos desenhos e têm 17 polegadas de diâmetro. Elas usam pneus 110/70, na dianteira, e 150/60, na traseira. Segundo a Kawasaki, o design mais afilado da Z400, suas novas rodas e até o conjunto de escape mais “enxuto” foram capazes de manter o peso de 177 kg. “Baixo considerando o porte da moto”, informa a empresa em seu comunicado à imprensa.
Na busca por uma posição confortável de pilotagem o fabricante instalou um guidão largo, pedaleiras não tão recuadas e banco a somente 78 cm do solo. O único cuidado deve ser tomado ao subir em guias, por exemplo, pois a Z400 está a poucos 14 cm do solo.
O enorme painel tem design inovador e de fácil leitura ao misturar mostradores analógicos e digitais. O mostrador destaca a marcha engatada e ainda avisa se o piloto está sendo econômico em sua tocada - o famoso 'ECO', que aparece no painel.
A julgar pelos dados técnicos da Kawasaki Z400 ela tem tudo para fazer o mesmo sucesso experimentado pela sua “irmã menor”, a Z 300 - que vendeu mais do que a Ninja 300 no Brasil. Sua principal concorrente será a Yamaha MT-03, a mais vendida do segmento, mas que tem motor menor e menos potência. Como é de conhecimento geral, “cilindrada” e potência são fortes apelos de venda no Brasil.
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