Com 217 cv, Honda CBR 1000RR-R Fireblade é apresentada
Modelo traz elementos desenvolvidos na MotoGP e será arma da fabricante na próxima temporada do Mundial de Superbike
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
Nesta segunda-feira (4), a Honda finalmente encerrou o suspense e apresentou a CBR 1000RR-R Fireblade, nova geração da superesportiva da fabricante japonesa.
É com essa moto que a Honda espera dar um salto de qualidade no Mundial de Superbike em 2020, quando terá Alvaro Bautista como piloto principal do time, que passa a ser comandado pela mesma estrutura que comanda a equipe da MotoGP e que tem levado Marc Márquez a tantos títulos.
Na nova CBR 1000RR-R Fireblade, são duas versões, assim como na atual CBR 1000RR Fireblade: a standard e a SP. Nas duas versões da nova geração, o que salta aos olhos em primeiro lugar é o novo visual, com uma grande entrada de ar central e novo conjunto óptico dianteiro.
A carenagem, redesenhada, traz as asas vistas em desenhos de patentes e no flagra feito há alguns dias em Suzuka, quando a moto estava camuflada. Tais asas têm inspiração na MotoGP, com um design semelhante ao visto na RC213V de Márquez no início da temporada 2018.
Não se sabe, no entanto, se o sistema de asas da nova CBR 1000RR-R Fireblade é ativo, como as patentes reveladas há algum tempo davam a entender.
Sob a carenagem está, porém, a principal novidade: o motor. Chegou-se a especular que a nova geração da Fireblade poderia se inspirar na RC213V e trazer um V4, mas a fabricante mantém a arquitetura de quatro cilindros em linha e 999 cm³ de cilindrada.
A potência, no entanto, aumentou bastante: dos 191,7 cv da geração atual para 217 cv a 14.500 giros na CBR 1000RR-R Fireblade, um ganho de mais de 25 cv. Com mudanças internas e uso de materiais nobres, a fabricante conseguiu reduzir a fricção e permitir um limite maior de rotações - a geração atual alcança a potência máxima em 13 mil giros, por exemplo.
O novo sistema de escapamento da CBR 1000RR-R Fireblade já vem de série com uma ponteira desenvolvida pela Akrapovic e a moto, evidentemente, já está dentro das normas de emissão de poluentes Euro5, que passam a entrar em vigor na Europa em 2020.
A unidade inercial da Honda CBR 1000RR-R Fireblade é de seis eixos, contra cinco da geração atual da CBR 1000RR Fireblade. Em termos de ajudas, isso permitiu à Honda adicionar ao controle de tração a possibilidade de domar a tendência da roda traseira a derrapar nas curvas quando o piloto aciona o acelerador.
O controle de largada passa a ser item de série na CBR 1000RR-R Fireblade, além do sistema ABS ter os modos Sport e Track. Já os modos de pilotagem são três, além de o piloto poder customizar os níveis de potência, freio-motor e antiwheelie.
Os recursos eletrônicos podem ser ajustados através de botões no punho esquerdo da moto e visualizados no novo painel TFT de 5 polegadas, que ganhou nova identidade visual.
Como citamos no início do texto, a Honda CBR 1000RR-R Fireblade será vendida em duas versões como acontece com a geração atual: Standard e SP.
Na Standard, os freios ficam a cargo da Nissin e as suspensões convencionais são da Showa, com garfo invertido na dianteira e balança monoamortecida na traseira - a balança, aliás, é inspirada na RC213V-S, série especial do protótipo da MotoGP mas feita para as ruas, e está 30,5 mm mais longa.
Já na versão SP as pinças que mordem os discos de 330 mm são Brembo Stylema, assim como na Ducati Panigale V4. O conjunto de suspensão da SP é, como na geração atual, da Öhlins - o sistema eletrônico da suspensão ganhou atualizações.
A versão Standard pode ser encontrada em duas cores, preto e o layout tricolor em azul, vermelho e branco da HRC (Honda Racing Corporation). Já a versão SP está disponível apenas na versão HRC. A fabricante ainda não divulgou os preços das versões.
E quem já teve a oportunidade de experimentar a nova Honda CBR 1000RR-R Fireblade foi Márquez. A Honda produziu um vídeo com o atual campeão da MotoGP, que pode ser visto abaixo.
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