Buell 1190RS EBR: A nova moto fabricada por Erik Buell

Superesportiva tem motor ?V2? de 175 cavalos, suspensão de competição e freio perimetral na roda dianteira

Por Aladim Lopes Gonçalves

Aldo Tizzani

No site da “falecida” Buell Motorcycles – www.buell.com – ainda há um comunicado curto e grosso sobre o fim das operações da marca norte-americana: “A jornada termina aqui. Em 30 de outubro de 2009, a Buell Motorcycle Company fechou suas portas, encerrando uma operação de 26 anos”.

De lá para cá o caminho percorrido por Erik Buell, criador da marca, tem sido longo e tortuoso. Mas o sonho de produzir uma motocicleta de alto desempenho não foi abandonado. Muito pelo contrário. Mesmo sem o apoio da Harley-Davidson, o engenheiro não se intimidou e lançou a 1190RS EBR durante a Indy Dealer Expo, evento que reuniu, nos Estados Unidos, representantes da indústria de duas rodas.

Exclusiva e cara, o modelo 2012 da superesportiva 1190RS custa US$ 40 mil e terá uma produção inicial de 100 unidades. Só para comparar, nos Estados Unidos a Ducati 1198 custa US$ 16.495. Com a experiência adquirida durante os anos de trabalho com fornecedores e desenvolvedores em suas outras motos, Buell está confiante de que vai ser capaz de entregar uma motocicleta bastante “afinada” para os pilotos mais arrojados.

Os destaques da nova motocicleta ficam por conta dos materiais empregados e nos componentes de grife como, por exemplo, as suspensões Öhlins; novo quadro em alumínio já com o tanque de combustível integrado (17 litros) e um motor de dois cilindros em “V”, fornecido pela austríaca Rotax. Além do disco de freio instalado na roda dianteira – sistema ZTL (Zero Tortional Load) –, uma espécie de assinatura do engenheiro Erik Buell.

Motor e Ciclística
Totalmente retrabalhado pela Erik Buell Racing (EBR), o motor V-Twin de refrigeração líquida e 1190cc de capacidade, gera 175 cv de potência a 9.740 rpm e oferece 9 kgfm a 9.400 rpm de toque máximo. O modelo está equipado com câmbio de seis velocidades e transmissão final por corrente. Analisando os números é fácil afirmar que este propulsor foi feito para trabalhar apenas em altos giros. A pergunta que fica no ar é se a 1190RS será tão competitiva se comparada aos modelos japoneses.

Mas, na parte ciclística a nova moto de Erik Buell não fica devendo nada para ninguém. O conjunto dianteiro conta com um grande disco perimetral e piças de freio de oito pistões, além da suspensão invertida (upside-down) com tubos de 43 mm de diâmetros da grife Öhlins. Detalhe: totalmente regulável. A moto conta ainda com um amortecer de direção, dando pista de que a moto realmente será digna de um track day.

Na traseira, monoamortecedor Öhlins TTX, derivado das pistas de corrida e com múltiplas regulagens, e disco simples. A 1190RS traz ainda rodas de liga leve em forma de estrela e pneus de perfil esportivo - 120/70R- 17 (D) e 190/55R-17 (T).

Visual
O conjunto óptico “empilhado”, ou seja, com os faróis um em cima do outro, lembra um pouco a Ducati 999. Já os piscas integrados aos espelhos retrovisores são amplamente usados pela BMW e, seguindo uma tendência mundial, a superesportiva conta com um painel completamente digital.

Para finalizar, a 1190RS traz ainda uma traseira afilada e minimalista, com lanterna e piscas fixados perto do suporte de placa, à baixo da rabeta. Há a possibilidade da moto receber um kit em fibra de carbono, basta o proprietário desembolsar mais US$ 4 mil para adquirir um exemplar da "Carbon Edition". Segunda dados divulgados pela EBR, a 1190RS pesa 176 kg e tem ângulo de inclinação em curvas de 55º. Erik Buell promete, em breve, lançar mais três versões de motos com características esportivas: RX, SX e AX.

Fotos: Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto

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