Aventureira à italiana
Eficiente big-trail, Moto Morini Granpasso 1200 mostra ser uma boa companheira de aventuras.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Bruno Parisi
As fabricantes italianas de motocicletas são praticamente uma “maternidade” de estilos e conceitos. Entre elas podemos citar Ducati, MV Agusta, Aprilia, Benelli e... Moto Morini.
Pouco conhecida (ou desconhecida) entre os brasileiros, a marca exibe uma gama restrita de motos, entre nakeds, retrôs e big-trail, como a Moto Morini Granpasso 1200.
Apesar de ser mostrada pela primeira vez ao público em 2007, somente há pouco a imprensa estrangeira teve a oportunidade de testá-la e confirmar que se trata de uma digna representante das big-trails.
Sua “missão” ao ser lançada era bem objetiva: ser uma big-trail eficiente e rivalizar com a BMW R 1200 GS, referência na categoria. Atributos não faltam para a Granpasso.
Costumeiro das motos italianas, o design é diferenciado e muitas vezes polêmico. Banco confortável para piloto e garupa, pára-brisa regulável em quatro posições e tanque de combustível com grande capacidade (27 litros) deixam a Granpasso em igualdade de atributos com a concorrência.
Na dianteira, um farol duplo e um prolongador de pára-lama “bico de pato” concebem um estilo próprio, mas há quem ache a Granpasso parecida com um inseto.
O escapamento tem a saída na parte superior esquerda da moto e conta com catalisador para atender as normas de poluição na Europa. Não há protetores de mão na Granpasso, item que pode fazer a diferença ao trafegar em baixas temperaturas.
Ciclística
Há quem olhe a motocicleta de relance e a confunda com a rival alemã ao avistá-la lateralmente, mas se trata de uma italiana legítima. O quadro segue a tradição de outra fabricante do país da bota, a Ducati: treliça em aço tubular.
Mesmo não sendo uma naked ou esportiva, equipamentos top de linha estão presentes na big-trail. As marcas Brembo, Marzocchi, Öhlins e Excel compõem essa lista de itens.
Os freios estão de acordo com a proposta da moto. Assinados pela grife Brembo, a roda dianteira exibe dois discos de 298 mm “mordidos” por pinças de dois pistões cada; na traseira, um disco de 255 mm com pinça de dois pistões dá conta do recado. Uma peculiaridade é que apesar dos freios de primeira linha, não há opção do sistema ABS (antitravamento).
Para agüentar os maus caminhos a suspensão dianteira invertida (upside-down) da Marzocchi conta com 190 mm de curso. A traseira merece destaque. Produzido pela Öhlins, o amortecedor traseiro com reservatório independente de gás, é instalado na lateral da balança e apresenta 200 mm de curso com múltiplas opções de regulagem.
Nas rodas, os aros Excel de 19 (frente) e 17 polegadas (atrás) estão calçadas com pneus 110/80 e 150/70, respectivamente.
Motorização
A “alma” esportiva da Granpasso provém de outra motocicleta da marca, a naked Corsaro 1200. O “cuore” da Moto Morini é um V2 a 87 graus equipado com refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível da Magneti Marelli.
A potência da Granpasso é de 118 cv a 8.500 rpm e o torque chega aos 10,6 kgf.m a 7.000 rpm. Ótimos números para uma big-trail que concilia esportividade e suavidade no mesmo motor.
Contribuindo com a boa pilotagem está presente a embreagem deslizante, muito útil em reduções bruscas de marchas. Colocada na balança a Granpasso ganha mais um ponto. Ela pesa 210 quilos a seco.
No exterior, além da principal rival, a BMW R 1200GS, a italiana encontra a concorrência de outras aventureiras como a KTM 990 Adventure, Triumph Tiger 1050, Honda XL 1000 V Varadero, Suzuki DL 1000 V-Strom e a Moto Guzzi Stelvio. Na Itália, a Granpasso custa cerca de 13 mil euros.
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