Três vezes melhor

Rival das japonesas entre as supersport, nova Triumph Daytona 675 ganhou mais potência.

Por Leandro Alvares

Bruno Parisi

O ano de 2009 já chegou e os fabricantes de motocicletas não querem ficar atrás quando se fala de lançamentos. Durante o Intermot em outubro de 2008 — Salão de Motos em Colônia, na Alemanha —, foi apresentada a versão 2009 da conceituada superesportiva Triumph Daytona 675.

A versão anterior que ganhou diversos prêmios, como o Master Bike 2006, é apontada como a “pedra no sapato” das 600cc tetracilíndricas japonesas. Assim, a 675 foi renovada pela Triumph para incomodar ainda mais no segmento.

Suas rivais no exterior são a Honda CBR 600 RR, a Yamaha YZF R6, a Suzuki GSX-R 600, a Kawasaki Ninja ZX-6R e a Ducati 848. A nova Daytona 675 apresenta apenas leves retoques no desenho, como o formato dos faróis e a entrada de ar dianteira. No restante, seu visual está muito parecido com a versão anterior, muito bonito e esbanjando agressividade.

Tradicional arquitetura dos britânicos da Triumph, o propulsor da esportiva é um tricilíndrico em linha, configuração única que fica no meio termo das esportivas: situa-se entre a “explosão” em altos giros das motos de quatro cilíndricos e a fenomenal subida de giros das bicilíndricas.
 
Com o três em linha a Triumph consegue um resultado único, no qual o motor apresenta uma ótima subida de giros e alcançar rotações tão elevadas quanto um motor tetracilíndrico conseguiria. Porém, não são todos que gostam do ruído descompassado desse motor.

Outra vantagem é que esta motorização é naturalmente mais estreita que um propulsor de quatro cilindros em linha; o resultado disso é a agilidade nas mudanças de direção, por estar equipada com um motor mais compacto.

Mais potência, menos peso

O quadro dupla trave em alumínio cumpre seu papel na esportiva, evitando torções em curvas e apresentando um bom conjunto entre quadro e motor. Com exatas 675 cilindradas, o tricilíndrico de 12 válvulas, refrigeração líquida e comando duplo no cabeçote (DOHC) agora gera 128 cv a 12.600 rpm, três cavalos a mais que a versão anterior.

O torque fica nos 7,54 kgf.m aos 11.750 rpm. O incremento na potência se deu graças às modificações na câmara de combustão, cabeça do cilindro e o sistema de injeção eletrônica, que foi recalibrado. Mesmo com um cilindro a menos, ela leva vantagem nos números de potência e torque com a concorrência oriental, já que as esportivas de 600 cilindradas nipônicas geram cerca de 125 cv de potência e 6,8 kgf.m de torque.

O “calcanhar de Aquiles” da Daytona 675, apesar de ter “emagrecido” três quilos, com o escape e rodas mais leves, é o seu peso a seco de 162 quilos, onde as concorrentes pesam em média 155 quilos.

Analisando os altos e baixos a balança fica equilibrada nesse segmento, onde a Daytona 675 é a única tricilíndrica representante.

Ciclística

Desempenho não é tudo em uma esportiva e alguém tem que parar a besta. Dois discos flutuantes de 308 mm são “mordidos” por pinças radiais de 4 pistões, assinadas pela marca Nissin. Na roda traseira, um disco de 220 mm cumpre o seu papel.

Nas suspensões da marca Kayaba, utilizam receitas tradicionais largamente utilizadas nesse segmento de moto: garfo invertido (upside-down) na dianteira com 120 mm de curso e com ajustes de pré-carga, retorno e compressão da mola; e um único amortecedor de 130 mm de curso na roda traseira com as mesmas opções de ajuste da suspensão dianteira.

Em terras brasileiras, a Daytona é oferecida na versão 2008 e não rivaliza com as representantes da Suzuki e Ducati, já que ambas não são vendidas por aqui.


Fonte:
Agência Infomoto

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