A adrenalina estava muito bem representada nos anos 70 pela TZ 350!

A Yamaha cria uma máquina incrível com o DNA da marca! 

Por Trinity Ronzella

O Campeonato Mundial de Motovelocidade sofreu um revolução em 1973 com a chegada da TZ 350 da Yamaha. Ela domina sua categoria e, o mais impressionante é o fato que, a mesma moto que é capaz de ganhar um campeonato, pode ser comprada na loja.

Foto: Divulgação - Yamaha RD 350  1973 - Conhecida como Viúva Negra

 

Os pilotos Giacomo Agostini, Johnny Cecotto e Takazumi Katayama fizeram a festa em 1974, 1975 e 1977 na categoria 350 do MotoGP.

 

Foto: Divulgação - Yamaha TZ 350 - Giacomo Agostini

Já em 1980, derivada da comprovada TZ 350, a Yamaha apresenta  outra 350 cc, dois tempos, bicilíndrica, 47 cv, suspensão cantilever, disco duplo, escapamentos mais esportivos que lembram as motos de corrida porém,  sem carenagem. A receptividade foi imensa, a ponto de seguir por 15 anos!

 

Foto: Divulgação - Yamaha RD 350 LC 1980

 

Três anos se passaram e as evoluções começam a acontecer com o sistema de YPVS, modifica o tamanho do coletor deixando o motor mais flexível porém, mantendo sua potência nos giros altos.

Agora estamos em 1986, mais três anos se passaram e a modificação é no quadro, suspensões e o motor da RDLC, o que ocasiona um aumento grande de potência, passando para os 63 cv. Essa mudança permitiu um aumento considerável na velocidade final, levando  a moto acima dos 190 km/h, chamando a atenção para quem estava interessado em ingressar no mundo da velocidade.

Em tempo, as siglas RD significa “Race Development” (Desenvolvida para Corrida) e LC, “Liquid Coleted”.

No mesmo ano elas chegam às concessionárias do Brasil, trazendo consigo a fama de “viúva negra”, pelo número de acidentes fatais que aconteceram logo no início, pois elas eram fáceis de acelerar e difíceis de parar. 

 

Foto: Divulgação - Yamaha RD 350 LC 1986 Preta

 

Fabricadas no Brasil, chegavam para nós com carenagem semi-integral, motor bicilíndrico de dois tempos, 347 cc, 55 cv a 9.000 rpm e 4,74 kgfm a 8.500 rpm, dupla carburação e câmbio com seis velocidades. Tinha partida no pedal, pesava 154 kg e carregava até 18 litros de gasolina. Rápida, fazia de 0 a 100km/h em 5 segundos e era famosa por deixar roupas e cabelos com o cheiro de óleo dois tempos! Ganhou carenagem integral no ano seguinte, 1987.

 

Foto: Divulgação - Yamaha RD 350 LC 1987 

 

A produção foi interrompida  na França em 1991, mas, devido ao sucesso, no Brasil se estendeu até 1993, onde já vinham com dois faróis redondos no lugar de um quadrado e a carenagem fechada.

Foto: Divulgação - Yamaha RD 350 LC 1993

 

Junto com a 350, a Yamaha resolve lançar uma 500 cc dois tempos! Surgiu em 1984 a 500 RDLC com um motor V4 complexo, voltando a arquitetura dos motores das YZR 500 dos GPs com Kenny Roberts. Ela oferecia 87 cv a 9.500 rpm. Tinha uma posição mais confortável que as motos de corrida, carenagem integral, opção de banco monoposto e um visual esportivo que instiga! Um detalhe eram as 4 saídas de escapamento, sendo duas ao lado da lanterna de freio!

Foto: Divulgação - Yamaha YZR 500 Kenny Roberts                  Yamaha RD 500 1984

 

A concorrente Suzuki lança a RG 500, dois tempos também, com motor quatro cilindros e 10 cv a mais que o V4. Acontece que, tanto o modelo Yamaha como Suzuki, tiveram vida curta, encerrando suas produções em 1986 e 1987 respectivamente.

 

Foto: Divulgação - Suzuki RG500 1985

 

Dizem as más línguas, que foi uma ação da Associação das Namoradas de Motociclista com Moto Dois Tempos

 (ANMMDT), pois a fumaça que saia dos escapamentos, estava causando muito rompimento em namoros devido ao cheiro que ficava em roupas e cabelos. Obviamente uma piada de quem viveu essa realidade mas, nessa época trocava-se a namorada mas não trocava a moto!

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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