Passeio a Itajubá: dica de roteiro de viagens com sua motocicleta

Leia sobre a experiência de quem pega a estrada com frequência e sinta a emoção de pilotar uma moto em viagens.

Por Marcel Ahless

 Gui Foster
Foto: MOTO-repórter Gui Foster/Créditos: Kadu Pinheiro

 

Este texto é escrito pelo MOTO-repórter Gui Foster, do @duasrodaspelomundo, parceiro do MOTO.com.br. Frequentemente ele viaja com grupos de amigos, mapeando e sugerindo roteiros pelo Brasil e pelos Estados Unidos, juntamente com Kadu Pinheiro, fotógrafo e responsável por registrar cada detalhe e paisagens incríveis. 

 

Sábado de manhã é o momento ideal para um passeio a duas rodas: ouvir o ronco de nossas motos, sentir a liberdade da estrada e observar paisagens diferentes desta selva de concreto do dia a dia!

O percurso que vou contar a vocês é para aqueles que gostam de um trajeto com curvas!

Kadu Pinheiro

Foto: kadu Pinheiro

O destino é Itajubá, uma cidade no Sul de Minas Gerais. Um passeio que ainda não é tão popular como outros semelhantes, como Estrada Dos Romeiros, Rastro da Serpente e Monte Verde, mas que, com certeza, vale a pena fazer e se divertir no sinuoso caminho, relativamente próximo a São Paulo.

 

Rotas de beleza indescritíveis

As estradas passam pela Serra da Mantiqueira e formam uma combinação única de visual incrível com muita diversão, proporcionada por todo o tipo de curva que você possa imaginar.

No total, são 480 km, com muitos trechos em velocidade média mais baixa, por conta da sinuosidade das estradas, o que faz o passeio ser relativamente longo.

Foto: kadu Pinheiro

O ideal é sair do ponto de encontro no máximo às 8:30, pois, com certeza, o retorno a São Paulo acontecerá no final da tarde ou início da noite dependendo do tempo das paradas.

A sugestão como local de partida é o já clássico primeiro posto BR logo no começo da Rodovia Ayrton Senna. Até a entrada de Lorena, o trajeto é bem simples — e a maioria já está acostumada pelo menos com alguma parte! 

Foto: kadu Pinheiro

Depois, pegamos a Rodovia Carvalho Pinto e, em seguida, a Dutra no sentido Rio de Janeiro. Outra possibilidade é seguir diretamente pela Dutra desde o início sem pegar a Carvalho Pinto. Trata-se de uma boa opção se a estrada estiver cheia, pois, na Dutra, motos podem pagar o pedágio na cabine de cargas especiais totalmente à direita dos pedágios e, assim, evitar as grandes filas!

Dependendo da autonomia da moto, é interessante fazer uma parada para abastecimento antes de chegar a Lorena, pois na próxima parte do passeio o consumo de gasolina aumenta um pouco.

 

Foto: kadu Pinheiro

 

Dicas sobre curvas e saídas

Para quem gosta de emoção, a diversão realmente começa após a saída sentido Piquete/Itajubá. Tão logo pegue a saída 51 da Dutra, a imagem imponente da Serra da Mantiqueira e suas curvas sinuosas já é um prenúncio do que virá pela frente.

E não é brincadeira não. Tem muita curva mesmo: aquelas tão fechadas que parecem que você vai ver a placa da sua moto, as que você realmente sente a força G devido à combinação da velocidade com o ângulo da deitada e até algumas que te surpreendem com um visual fenomenal logo após o seu final.

Foto: kadu Pinheiro

Na subida da serra existem alguns ótimos pontos para se tirar foto, em especial um em que a área de escape onde funcionava um antigo posto da Polícia Rodoviária é muito grande e você poderá parar com segurança, aproximadamente 23.5km após sair da Dutra. Acreditem, a paisagem espetacular!

As curvas, após essa parada para foto, começam a ficar mais fechadas. Portanto, pilote em uma velocidade em que se sinta seguro, consiga se divertir, apreciar o visual e o mais importante, que é ficar atento a possíveis obstáculos nas pistas, como terra e folhagem, entre outros.

Atenção na bifurcação sugerida no mapa: é muito fácil passar reto e perder uma ótima seção de curvas. Caso perca a saída, o problema maior terá sido perder um pouco de diversão, já que a estrada acaba levando para Itajubá também. A dica é sempre seguir na rodovia 459 que passa por Itajubá.

 

Foto: Gui Foster com o grupo de amigos.

 

Parada para almoço

Chegando ao destino final, a opção que recomendo parar e almoçar no Buteko

Aos sábados, eles servem uma feijoada que não vai decepcionar. Só não vale exagerar, pois ainda tem muita curva na volta. Quem gosta de emoção, certamente se divertirá.

Após a refeição, se prepare para mais curvas (não disse que era pra quem gostava mesmo?). O caminho ideal é passar por São Bento do Sapucaí. Assim, pegamos um trajeto fenomenal e divertido.

Atenção para o local marcado no mapa, que é ideal para tirar uma ótima foto! Dependendo da autonomia da moto, São Bento do Sapucaí é uma cidade boa para abastecer, já que existem alguns postos na cidade ou na rodovia um pouco depois.

Dependendo da hora em que tiver saído e da época do ano, provavelmente estará escurecendo neste momento.

 

Foto: Kadu Pinheiro

 

Considerações finais

Mas, espere, as curvas ainda não acabaram!!! Já está cansado delas? Depois de São Bento do Sapucaí, vamos continuar no sentido da serra de Campos do Jordão, passando pela charmosa cidade de Santo Antônio do Pinhal.

Foto: Kadu Pinheiro

Infelizmente, depois desta serra, as curvas acabaram e pegamos a estrada como se estivéssemos voltando de Campos do Jordão, no sentido São Paulo. Alguns KMs depois, é possível já pegar a Carvalho Pinto direto ou a Dutra também. Com tantas curvas, garanto que você conseguiu se divertir bastante e também gastar bem as laterais dos seus pneus!

Chegando em Casa, aposto que estará bem cansado, mas “zerado” mentalmente e não vendo a hora de ouvir o ronco da sua moto, na expectativa do que o próximo passeio te trará! Continue sempre motocando!

 

Veja no link abaixo o trajeto e paradas da última vez que fiz esse passeio:

MAPA DO ROTEIRO


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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