Especial: por dentro da festa de 115 anos da Harley-Davidson nos EUA

O MOTO.com.br esteve em Milwaukee e conta como foi viver de perto as comemorações dos 115 anos da fabricante norte-americana

Por Gabriel Carvalho

O MOTO.com.br foi convidado para participar de um dos maiores encontros de motos do mundo: o aniversario de 115 anos da Harley-Davidson na cidade de Milwaukee, nos Estados Unidos.

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Estima-se que estiveram na cidade mais de 160 mil motocicletas para o evento – a maioria, evidentemente, era da Harley. Assim como o MOTO.com.br, outros veículos de imprensa foram convidados pela fabricante para o evento: jornalistas do México, da Argentina e sete representantes brasileiros, junto com a equipe da Harley-Davidson do Brasil - Flávio Villaça – Marketing Manager Latin America. Giovanna Paggiossi (Lead Customer Experience) e Victor François (Press Relations MGR).

Participar da comemoração de uma marca ícone das duas rodas e sentir de perto a paixão do público pela marca é uma experiência única. Pessoas de diversos lugares do globo foram a Milwaukee para celebrar: China, Rússia, muitos países europeus e brasileiros, claro – alguns saíram de nosso país e fizeram o trajeto de moto até o local da festa.

Entre o grupo de brasileiros na festa, duas se destacaram: as Anas – Ana Pimenta e Ana Sofia, que rodaram 115 dias para chegar até Milwaukee. Tivemos o prazer de chegar junto com elas na concessionária Harley-Davidson Milwaukee. Um “rolezinho”, como a dupla classificou a jornada. Parabéns para as Anas pelo feito!

O evento

O museu da Harley-Davidson, no centro de Milwaukee, era principal ponto de concentração de motos. Nos arredores, festas em vários bares, como o Iron Horse e o Fuel Café, Street Party com bandas, gastronomia, cervejas e várias atrações - como o Veteran Park, um porto da cidade que tinha o Globo da Morte, tirolesa com moto, roda gigante e o Wall of Death, todas com lojas de vários produtos da marca.

No primeiro dia, visitamos a casa de madeira onde a história da Harley teve início e hoje é o escritório da fábrica. Galpões de tijolo aparente com pé direito bem alto, lembrando as fábricas do século passado. Na entrada, passamos por vários modelos de motores até acessar o elevador para o quinto andar, onde participamos de uma coletiva de imprensa com os diretores da empesa, que apresentaram a essência e o espírito da Harley-Davidson.

Todos os envolvidos são apaixonados por motos e querem sempre transmitindo tal experiência e o espírito das duas rodas. O mesmo espírito que, em 1903, levou dois jovens a instalar um motor em um quadro de bicicleta, com a intenção de se locomover com mais velocidade e conforto nas subidas. Os dois jovens se chamavam Arthur Davidson e William S. Harley e provavelmente não imaginavam que estavam criando uma das marcas mais cobiçadas pelos amantes de motocicletas.

Os bisnetos de Arthur Davidson, Bill Davidson e Karen Davidson – filhos de Willie G. Davidson, designer conhecido da marca - fazem parte do conselho e sempre estão envolvidos nas novas decisões.

Como, por exemplo, na reformulação de diversos modelos da linha 2018 e 2019, que tem como objetivo atrair mais o público jovem e conquistar novos mercados, como o mercado chinês, o mais populoso do planeta. Não passou batida a insatisfação da cúpula da fabricante com o presidente Donald Trump, que sobretaxou a exportação de motos para a Europa – como conseqüência, a marca estuda até montar uma fábrica no velho continente.

Voltando para a festa, não faltaram atrações: fomos para Chicago, a cerca de 150 quilômetros de Milwaukee, ver uma prova em uma pista de arrancada, da qual qualquer piloto poderia participar. No entanto, as motos da marca com o estilo dragster eram as que chamavam a atenção com o som ensurdecedor que saía dos escapamentos e o cheiro de borracha queimada em cada arrancada vigorosa. Um espetáculo!

Em outro momento, fomos para o ginásio Milwaukee Panther Arena. Lá dentro, muitos pegas na pista de flatout, com motos de várias cilindradas e pilotos de várias idades. Como Chuck Dicksenson, de 78 anos, que venceu uma das provas e foi ovacionado. Nas arquibancadas, muitas famílias prestigiando as atrações.

Mais um dia, mais um evento. Desta vez, corrida na montanha. A largada é realizada na parte de baixo, em superfície nem lisa. Durante a subida, os competidores tinham que saltar sobre obstáculos para então alcançar o pico. O local escolhido para a prova é uma estação de esqui no inverno. Quando não há neve, como na situação em que estivemos lá, o local é utilizado para esportes radicais, como o downhill de bicicleta e trilhas de moto off-road.

Em seguida, uma corrida espetacular na praia de Bradford Beach, que foi tomada pelo público. Sentindo a brisa do mar, pudemos presenciar apresentações de todosos tipos de maquinas na areia e motos da Harley-Davidson no estilo Flat Track acelerando forte.

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O que também é forte em todos os eventos e apresentações é o patriotismo. Todos param o que estão fazendo para respeitar a bandeira e cantar o hino norte-americano, em uma cena que emociona. Depois, a programação segue, sempre com muita paixão envolvida.

Para encerrar as comemorações, um desfile com mais de seis mil motocicletas e pilotos de os lugares do mundo. Uma festa de encher os olhos.

Quase uma religião

A devoção à Harley-Davidson que vimos nas comemorações se assemelha ao que se vê nas religiões mundo afora. A marca está estampada em tudo que se possa imaginar, todos exaltam a paixão pelas motos por onde passamos. Motocicleta é o idioma oficial por lá, não importa com quem você conversar. Se o assunto for moto, a conversa flui naturalmente.

Parabéns a Harley-Davidson pelos 115 anos e por alimentar nossa paixão pelas duas rodas. O espírito de liberdade, o vento no rosto o som dos motores, sem falar na organização impecável e na educação de todos que falaram conosco e nos proporcionaram uma experiência inesquecível.

Texto: Márcio Viana


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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