De Jundiaí (SP), com destino à Bonito (MS)
O internauta Daniel Franciscão conta tudo sobre sua aventura de mais de 1000 quilômetros.
Por Roberto Brandão
Por Roberto Brandão
Daniel Franciscão
Feriado de Corpus Christi, roteiro pronto e destino certo, sair de Jundiaí (SP) rumo a Bonito (MS). Aproximadamente 1200 km de asfalto, a bordo das nossas companheiras de duas rodas, é a distancia que separa nossa cidade de partida à cidade de destino.
Saímos numa quarta-feira, véspera de feriado, por volta das 5hs da manhã. Nossa “trip” era composta por uma Varadero, duas XT 660, duas Hornets, uma Super Teneré 750, uma TDM 850, uma Shadow 750 e uma caminhonete L200 savana.
Seguimos rumo à cidade de Sorocaba (SP) onde pegaríamos a Rodovia Castelo Branco. Já chegando a Sorocaba, o céu desabou em águas sobre nossas cabeças, muito frio e vento lateral, uma tempestade de colocar medo. Parecia que ia tirar as motos da estrada. Velocidade reduzida, porem constante, afinal nessas horas não há muita alternativa, e parar no acostamento às vezes pode ser mais perigoso.
Chegamos à cidade de Ourinhos (SP), onde pegaríamos outra rodovia, a Raposo Tavares. Paramos para abastecer as motos e os pilotos. O vento estava bem mais calmo, porém a chuva fina e o frio incomodavam bastante. Seguimos viagem e paramos para almoçar na cidade de Presidente Epitácio por volta das 13hs30min, com um sol meio tímido no céu, encoberto por algumas nuvens, prometendo chuva para mais tarde.
Atravessamos a ponte de divisa de estado, 12 km de extensão rodeado pelas águas do Rio Paraná. Do meio da tarde em diante, dito e feito, mais chuva. Passamos por Bataguassu, Nova Alvorada do Sul e conseguimos chegar ao nosso primeiro destino de pouso, na cidade de Rio Brilhante (MS) por volta das 19hs, foram 920 km percorridos neste primeiro dia de viagem. De nossas roupas encharcadas, escorriam uma mistura de água barrenta e de todo tipo de sujeira que os imensos caminhões de cana e soja levantavam da pista. Foi um dia bastante tenso, e o descanso era merecido.
No outro dia pela manhã, o céu se mostrava como nosso aliado, e chegamos ao nosso destino, a cidade de Bonito por volta do meio dia com céu azul e sem indícios de chuva. Depois de instalados na pousada, fomos ao centro da cidade para almoçar. Pra quem nunca experimentou, fica a dica: Porção de Jacaré, simplesmente delicioso. À tarde ficamos nas lojinhas do centro fazendo compras de presentes.
Sexta-feira de manhã era o nosso terceiro dia de viagem. Dia de aproveitar para conhecer as famosas belezas naturais da cidade. Fizemos mergulho no aquário natural, com visibilidade de até 30 m embaixo da água, cardumes de peixes e variedades de plantas aquáticas a uma profundidade média de dois metros. Sensação de pleno contato com a natureza. Sensacional! Sem palavras para descrever.
À tarde fomos conhecer o Recanto Água Azul, e à noite, passeamos pela cidade e fomos a uma festa junina que estava acontecendo em uma escola próxima da pousada onde estávamos. Clima de interior, festa animada com musica ao vivo, um violeiro e um sanfoneiro, bastante agradável.
Sábado de manhã, quarto dia de viagem. Hora de levantar vôo novamente, afinal faríamos a viagem de volta em duas etapas. Saímos da cidade de Bonito um pouco antes do meio dia, e decidimos que iríamos almoçar em Rio Brilhante, a 250 km dali, e dormiríamos na cidade de Presidente Epitácio (SP). De Rio Brilhante pra frente, decidimos fazer um caminho diferente do que o que fizemos na ida. Fomos até Dourados, depois passamos por Deodápolis, Ivinhema, Bataiporã, Anaurilândia até chegar a Bataguassu, onde pegaríamos novamente a BR-267, sentido Presidente Epitácio (SP). Este trecho é muito bonito também, porém, o céu se escureceu no fim de tarde, cobriu nossa visão do horizonte com o manto escuro da noite e ainda estávamos a uns 200 km do nosso destino de pouso. Mas tudo bem, os faróis das nossas parceiras de duas rodas estavam todos bem alinhados e seguimos a viagem sem maiores problemas. Chegamos à pousada já eram 21hs. Nos instalamos e seguimos rumo ao centro de Presidente Epitácio para conhecer a cidade e aproveitar pra relaxar um pouco, afinal pilotar por estradas desconhecidas em período noturno nos deixa com certa tensão.
No domingo pela manhã, tempo bom com céu aberto, tomamos café na pousada e aquecemos os motores pra pegar a estrada no rumo de casa. Quando chegamos em Ourinhos, optamos por fazer um caminho diferente também, e ao invés de seguir pela Rodovia Castelo Branco, entramos na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, passando por Bernardino de Campos e pegamos a Rodovia Raposo Tavares novamente, na cidade de Piraju. Almoçamos próximo a cidade de Paranapanema e logo depois seguimos viagem até a cidade de Sorocaba. Neste último trecho, de aproximadamente 80 km que separa a cidade de Sorocaba a cidade de Jundiaí, apesar da canseira da viagem, já ia batendo uma sensação de saudade. No dia seguinte, segunda feira, a rotina voltaria ao normal, mas foi muito bom.
É muito bom viajar de moto, na companhia dos amigos, completa higiene mental e uma perfeita atividade anti-stress. Clima descontraído, longe de toda aquela confusão do dia-a-dia, além de ser um carregador natural da nossa bateria de ânimo.
A cidade de Bonito realmente faz jus ao nome, pena que o nosso tempo de estadia foi muito curto, mas mesmo assim foi possível desfrutarmos um pouco de toda aquela beleza natural. Esperamos voltar em breve para apreciar com mais amplitude tudo que aquela região nos oferece em termos de belezas naturais. E pra quem procura um destino de viagem, com certeza não irá se arrepender se optar pela cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Forte abraço, e até a próxima.
O “motonauta” Daniel Franciscão participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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