''Causos'' da estrada: Primeira viagem

O susto de dois amigos na estréia de ambos em uma aventura sobre duas rodas.

Por Leandro Alvares

Mário Sérgio Figueredo

Num dos nossos passeios pela Estrada da Graciosa (PR), estávamos numas 15 motos e entre nós o Gabirú e o Ceará, que como o apelido sugere, era cearense radicado no Paraná. Para ambos, era a primeira vez que pegavam uma estrada com suas recém-compradas motos.

Seguíamos em muito baixa velocidade, curtindo a paisagem e o Ceará vinha no final da fila com sua Yamaha RD-50.

De repente, escutamos um barulho de ferro ralando no paralelepípedo e ao olharmos para trás ainda deu tempo de ver o Ceará se projetando numa ribanceira com muito mato verde. Só ele, porque a moto ficou na pista.

Fizemos meia-volta e fomos socorrê-lo. Quando chegamos, a moto do Ceará estava naquela posição que a gente punha a bicicleta para consertar o pneu, ou seja, apoiada no guidão e no assento, com as rodas para cima e a dianteira ainda girando.

Logo em seguida sai o Ceará do mato, todo assustado mas ileso. A vegetação densa amorteceu a sua queda na ribanceira e ele sofrera apenas alguns ralados. Acho que se tentássemos mais umas mil vezes nunca mais conseguiríamos deixar a moto na mesma posição em que ela parou depois do tombo.

Com a moto, os prejuízos foram apenas os espelhos quebrados, mata-cachorro arranhado, ou protetor de pernas caso prefiram, e a capa do banco rasgada, sem contar a gasolina e o óleo 2 tempos que vazaram um bocado. Mas foi só colocar a moto em pé de novo, pedalar na partida e continuar o passeio, como se nada tivesse acontecido.

Colocamo-nos novamente na estrada e poucas curvas adiante foi a vez do Gabirú, que não conseguiu contornar uma curva tipo ferradura e deixou a roda dianteira da sua linda Suzuki GT-380 entrar numa canaleta de escoamento d’água, que tem nas laterais da pista de paralelepípedo, e levar também o seu tombo de inauguração.

Por sorte, a moto dele também tinha mata-cachorro e devido à baixa velocidade, não aconteceu nada de sério, apenas alguns raspadinhos sem importância.

A primeira experiência na estrada é meio complicada. Eu mesmo senti isso na pele como contei no causo “Até hoje me arrepio”. Quando é coisa simples como as relatadas acima, até tem o seu conteúdo positivo e cômico, além de ensinar a respeitar nossos limites e os limites da moto.

Abraços e até outro causo.

O “motonauta” Mário Sérgio Figueredo participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.


Fonte:
Moto Repórter

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