Brasil Ride 2018: um dia respirando Harley-Davidson
O MOTO.com.br foi convidado pela fabricante para pegar a estrada e conta a experiência de andar em grupo com motos da marca
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
No último sábado de novembro, a Harley-Davidson convidou a imprensa especializada – entre elas o MOTO.com.br – para participar do Brasil Ride 2018. Nos dias 24 e 25 de novembro, a fabricante realizou a terceira edição do evento, que consiste em incentivar os proprietários de motos da marca a pegar a estrada.
Os motociclistas partiram em pequenos ou grandes grupos para passear pelas rodovias, em rides promovidos e incentivados pelas concessionárias da marca no país. Para o ride da imprensa, realizado no estado de São Paulo, o grupo de jornalistas foi acompanhado, entre outros membros da fabricante, por Flávio Villaça, gerente de Marketing da Harley-Davidson América Latina.
“O Brasil Ride é promovido pela Harley-Davidson do Brasil há três anos, no formato de uma campanha que incentiva nossos clientes a rodarem com suas motocicletas H-D nesses dois dias, para que a chama do estilo de vida único da marca continue sempre acesa e o espírito do motociclismo prevaleça”, disse Villaça.
Antes de iniciar o passeio, fomos buscar a primeira moto com a qual iniciaríamos o Brasil Ride: a Road King Special 2018. Enfrentar o trânsito pesado de uma cidade como São Paulo em um fim de tarde de sexta-feira não nos permitiu explorar o que havia de melhor na moto.
O dia seguinte, uma manhã tranquila, permitiu sentir melhor como a Road King Special é agradável, segura e fácil de pilotar. A surpresa viria após o café da manhã oferecido pela fabricante na Autostar, concessionária da marca na zona sul de São Paulo. Na saída, pegaríamos a rodovia Castelo Branco, que leva ao interior do estado. Entretanto, faríamos um pequeno desvio pelo caminho para acessar a Estrada dos Romeiros.
A pequena estrada, acessada por Barueri e que vai até a cidade de Itu, é sinuosa. A sequência de curvas mostra que uma Road King Special é melhor de curva do que se pode imaginar ao apenas olhar para a moto.
Fizemos um trecho da Estrada dos Romeiros e veio a primeira parada para reabastecimento, na região de Cabreúva. E o abastecimento não se limitou às motos: em frente ao posto, havia um pequeno estabelecimento especializado em queijos e pães de queijos recheados. A degustação de queijos e doces – todos muito bons – parecia não ter fim. Mas em algum momento seguiríamos viagem, o que aconteceu.
Era chegada a hora da primeira troca de moto. E quem caiu em nossas mãos foi a novíssima FXDR 114, recém-chegada ao Brasil. Ainda havia um trecho da Estrada dos Romeiros a percorrer, cenário ideal para testar a agilidade da nova integrante da família Softail.
São 303 quilos em ordem de marcha, segundo a fabricante. No entanto, a sensação ao pilotar é de uma moto leve. Devorar as curvas do trecho final da Estrada dos Romeiros foi uma experiência prazerosa com a FXDR 114, que possui suspensão de garfo invertido na dianteira e braço monoamortecido na traseira, conjunto que passa confiança nas mudanças de direção.
Na hora de despejar a potência no asfalto, a palavra era cautela. O Milwaukee 114 de 1.868 cm³ oferece 16,5 kgf.m de torque a apenas 3.500 giros, então qualquer exagero na mão direita nas saídas de curva poderia fazer a roda traseira patinar.
Após o fim da Estrada dos Romeiros, o grupo tomou o caminho para retornar para a Castelo Branco e seguir viagem até o km 198 da rodovia paulista. Depois de sentir o potencial da moto nas curvas, era o momento de verificar como ela acelerava. E como acelerava! A FXDR 114 proporciona retomadas vigorosas mesmo em marchas mais altas, sempre com fôlego de sobra.
Chegamos ao km 198 e almoçamos no Camponesa – O Parmegiana. Claro que nossa escolha para a refeição foi óbvia e apreciamos um belo bife à Parmegiana. Após o almoço, quando estávamos prontos para iniciar o retorno a São Paulo, a chuva chegou com força.
Optamos por esperar o volume de água diminuir antes de partir. Antes de acelerar novamente, mais uma troca de moto e mais um modelo da linha 2019, desta vez a grande e confortável Road Glide Ultra.
Para 2019, o modelo ganhou uma nova central multimídia, compatível com o Apple CarPlay. Como ainda chovia e queríamos partir brevemente, optamos por seguir pela estrada com a trilha sonora de um pendrive que a assessoria da Harley deixou na moto. A sequência de clássicos do rock foi o suficiente para testar o ótimo sistema de som.
Outra novidade da motocicleta é o motor Milwaukee 114, mas que aqui entrega os 16,5 kgf.m de torque a 3 mil giros, um pouco mais cedo do que na FXDR 114. Apesar dos mais de 400 quilos de peso, a única situação na qual o piloto se lembra do fato é na hora de tirar a moto do apoio.
Em movimento, a Road Glide Ultra se mostrou firme e estável, além de bastante confortável. A posição de pilotagem é cômoda e convida o piloto a ficar horas no comando da moto. No caminho com o modelo, enfrentamos uma chuva muito forte e a visibilidade ficou bastante comprometida justamente em um trecho sem pontos de parada. Reduzimos o ritmo e seguimos em frente, sem sustos.
Na última parada, despedida da Road Glide Ultra com aquele gosto de ‘quero mais’ e subimos a bordo da Breakout 114, que já havia sido remodelada para a linha 2018 - ganhando toques de modernidade como velocímetro digital na mesa do guidão e até uma entrada USB. Com a chuva quase parando, fizemos o trecho final da Castelo Branco e retornamos para São Paulo, já no fim do dia.
No fim, contribuímos com 446 quilômetros rodados para o Brasil Ride 2018 – assim como os participantes do passeio, temos o nosso certificado com a quilometragem percorrida - e vivemos por um dia o estilo de pilotar que Harley-Davidson propõe: deixar de lado a correria do dia a dia para pegar a estrada, sentir o vento no rosto (talvez um pouco de chuva também) e viver a sensação de liberdade que só uma motocicleta proporciona.
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