Jerre Rocha
A iniciativa de fazer uma viagem à Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, partiu do nosso amigo André, do motoclube dos Indomáveis.
Recebi o convite para ser o guia, pois já estive por lá algumas vezes. Roteiro feito, hotéis reservados, tudo aprovado previamente pelo André e pela turma. Vamos ao que interessa: estrada!
Antes, porém, uma apresentação dos participantes: Maninho da Shadow e Rosane (Shadow 600), Brandão e Jocelaine (Shadow 600), Cigano e Elisa (Dragstar 650), Márcio e Natália (Intruder 250), Julião e Jaqueline (CB 400), Márcio 14 (Fazer 250), Bia (Broz 150) e Jerre e Dênia (Titan 150).
Primeiro dia, 12 de outubro de 2007. Saída no Posto Laçador/POA, free-way em direção a Osório para a primeira parada, com a turma em formação, um fato que durou a viagem toda e que contribuiu para o sucesso da viagem.
Segunda parada em São João do Sul (SC), começa a chuva, passageira, mas que não abalou os ânimos. Parada na gruta, lanches, e estrada novamente, rumo a Içara (SC), onde acabei entrando um retorno antes, o que fez que tivéssemos que atalhar por um trecho de 500 metros de terra. Em vez de gerar descontentamento, o imprevisto rendeu muitas gargalhadas.
Retomando o caminho certo, começamos a ter uma idéia das paisagens que nos esperavam. Objetivo do primeiro dia: Orleans, aonde chegamos por volta das 17h30. Todos acomodados, um breve descanso e saímos para uma volta para conhecer a cidade, retornando cedinho para o hotel para recarregar as energias com uma boa noite de sono.
No segundo dia, o show começou. O dia amanheceu com o sol dando as boas vindas aos viajantes, o entusiasmo da turma era contagiante, tomamos conta do refeitório do hotel, que por sinal nos serviu um café maravilhoso.
Pessoas e máquinas reabastecidas, partimos para ao novo objetivo: a Serra do Rio do Rastro, seguindo por Lauro Muller até o pé da serra, onde começaram as paradas obrigatórias para as primeiras fotos, fomos recepcionados por nosso amigo de Bom Jardim (SC), Michael.
Esta subida demonstrou como a serra tem a capacidade de deixar as pessoas fascinadas, mesmo quem já esteve lá. Imagine os aventureiros de primeira subida.
Não tenho palavras para descrever a expressão no rosto de cada um por vencer cada curva desta serra, não cabe em palavras a exuberância da paisagem. As fotos falam por mim.
Na chegada ao topo, tivemos o prazer de conhecer o estradeiro Clóvis Marconcin, com mais sete motociclistas de Curitiba, o que rendeu mais algumas boas gargalhadas e novos amigos.
Para quem achava que tinha visto toda a beleza desta região, o dia estava apenas começando. O almoço em Bom Jardim da Serra (SC), assim como o trecho até Vacaria (RS), foi uma sucessão de momentos de descontração, paisagens serranas maravilhosas e estradas tranqüilas. Mas com as devidas paradas, que por sinal não foram poucas, como no Snow Valley, próximo a São Joaquim (SC), e depois em Lages (SC).
Chegamos no começo da noite em Vacaria. Terminou? Que nada, agora vamos apreciar o visual da serra gaúcha. Saímos no dia seguinte em direção a Antonio Prado, com seus casarios tombados pelo patrimônio histórico nacional.
Novamente na estrada, agora as curvas e paisagens de nossa serra, em direção a Flores da Cunha, Caxias do Sul, Nova Petrópolis, uma breve parada em Picada Café para almoço, seguimos por Presidente Lucena, passando por Ivoti, rumando para Porto Alegre em nossa parada final, o Quartel General Moto Bar, onde nos esperavam André, Vô e Maninho, que tiveram que agüentar a euforia da turma. Todos falando ao mesmo tempo, todos com alguma história para relatar.
No início, apresentei os aventureiros, agora passo a minha impressão sobre eles: Bia, recém habilitada para moto, que inclusive estava somente com 1200km, encarou o desafio de ser a única mulher piloto na viagem, não deixando nada a desejar, sempre atenta e humilde aceitando as dicas dos mais experientes.
Julião dos Indomáveis, alegre, parceiro, que inclusive fez o último dia da viagem sem o freio dianteiro. Maninho da Shadow, como ele mesmo disse: “Depois desta viagem a minha reputação não será a mais mesma”. Com suas caras e bocas, arrancando gargalhadas da turma.
Brandão dos Indomáveis, cidadão tranqüilo, mas no meio desta turma alguém tinha que ser normal. Márcio e Natália, só love, só love, só love... Cigano é magro de ruim, como diz o ditado; basta ver a lingüiça que comprou na serra. Márcio 14 não conhecia a turma, ficou sabendo da viagem através de comentários de conhecidos.
As esposas, Jaqueline, Jocelaine, Natália e Rosane agüentaram o trajeto, as brincadeiras, a chuva, o calor e os maridos. Minha esposa, Dênia, depois da “dança do siri”, que se tornou quase que obrigatório em cada parada, vou pensar duas vezes antes de levá-la para a próxima aventura.
Com certeza, a cada viagem retornamos diferentes, bem melhores que na partida.
O “motonauta” Jerre Rocha participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
Moto Repórter
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