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Viagens

Aventura de Royal Enfield Classic 500 pela América do Sul

11 de October de 2017

Foram mais de 25 mil quilômetros , da Colômbia ao Brasil , percorrendo por quase todos os países da América do Sul em uma Royal Enfield Classic 500. Esse é o roteiro escolhido pela engenheira alemã Simone Maria Richardt , em uma viagem que já tem nove meses pelo continente e chegou nesta semana a São Paulo . Aos 36 anos já conheceu mais de 100 países, a maioria deles em duas rodas.

A alemã decidiu deixar seu emprego em uma fabricante de peças automotivas para aproveitar melhor a viagem, sem pressão de tempo . A escolha pela Classic 500 vem de seis anos atrás, quando se apaixonou pelo modelo na Índia. "Eu estava na cidade de Goa e queria alugar uma motocicleta. Olhei para ela, decidi testá-la e me apaixonei . Ela é fácil de pilotar e confortável, foi sempre uma máquina confiável durante minhas viagens", conta Simone. A alemã tem uma ligação especial com a Índia, pois trabalhou em Nova Délhi e, no ano passado, viajou por 10 dias e mais de 3.000 quilômetros no Himalaia, também com o modelo Classic 500.


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O roteiro sul-americano teve início em Medellín, na Colômbia , onde Simone adquiriu o modelo escolhido. Depois disso, passou por Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai antes de chegar ao Brasil. "A América Latina é uma das partes mais incríveis do planeta. Tem muito a oferecer, com maravilhas naturais e fatos históricos e culturais únicos e muito interessantes. Há muita tradição de culturas nativas dos povos que habitaram os continentes antes da chegada dos europeus", destaca Simone.

A viajante deixou pela primeira vez sua pequena cidade natal, Hechingen, de quase 20 mil habitantes, no sul da Alemanha, aos 16 anos. " Sempre fui uma pessoa aventureira e amo aprender novas coisas para ampliar meus horizontes . Você encontra beleza em todos os lugares, quando aprende a não ter medo de olhar", explica.

A opção pelas duas rodas
A motocicleta é uma companheira habitual em suas viagens. Antes da América do Sul, rodou por Tailândia, Vietnã, China, Estados Unidos e pela maioria dos países da Europa. " Quando você viaja em uma motocicleta, a sensação é de liberdade total, de realmente mergulhar no cenário ao seu redor . O sol aquece seu rosto e uma brisa sopra seu cabelo. Além disso, você conhece todos os tipos de pessoas na estrada", explica. Dessa forma, segundo ela, forma-se uma soma de piloto, máquina e terreno que nenhum outro tipo de viagem pode proporcionar.

Os anos de experiência em duas rodas ensinaram como aproveitar melhor o tempo e entender os limites do corpo. Na viagem pela América do Sul, fez trajetos mais longos nos primeiros dias, de até 600 quilômetros, mas depois encurtou para 300 quilômetros . "Pilotar por muito tempo pode parecer uma eternidade. Em trajetos mais curtos é possível parar com mais calma nos destinos, conhecendo melhor as cidades que se gosta mais", comenta. Outro segredo para suportar as longas viagens? "Yoga me ajuda a manter o corpo equilibrado, pois dá a sensação de relaxamento e, ao mesmo tempo, constrói a força muscular necessária para pilotar durante horas".

Diversos trechos de off road fizeram parte do roteiro de Simone, testando o desempenho da Royal Enfield Classic 500 nas mais diversas condições . "Estava pilotando em uma estrada que tinha um trecho de passagem de águas. Não tive outra escolha, senão atravessar e a água, que subiu até o tanque, fez o motor desligar. Me senti como num barco à deriva, mas a motocicleta se saiu bem. Também fiquei presa na lama durante uma tempestade no Salar de Uyuni, na Bolívia. Ali o desafio foi sair da chuva e tentar encontrar um lugar seguro para me esconder. Tudo isso sem nenhuma outra pessoa a quilômetros de distância para ajudar", comenta.

Simone ressalta que viajar com uma motocicleta impõe uma série de cenários desafiadores e inesperados, mas que isso impulsiona o viajante a crescer como pessoa. "Aprendi a respeitar cada cultura, compartilhar alimentos, histórias, músicas, experiências de vida e sorrisos. Isso traz felicidade, pois se aprende muito com os outros", analisa Simone.

Os ensinamentos da América do Sul
Entre as paisagens do continente sul-americano, a que mais impressionou foi a Cordilheira dos Andes, com seus picos nevados, geleiras e vulcões ativos. Nas pastagens secas do Cone Sul, que apresentam um clima seco e frio, o modo de vida da população local ensinou importantes conceitos. "Fiquei fascinada com o fato de que muitos povos indígenas conseguem viver lá em circunstâncias muito humildes. Vivem apoiados pela criação de lhamas e porquinhos-da-índia e pelo cultivo de plantações, como quinoa, batatas e amendoim", relembra.

No Brasil, o que chamou a atenção da viajante foi a diversidade , com belas praias, montanhas e florestas. Além disso, o que a cativou foi o misto de culturas, vistos na música, cultura e culinária, e a maneira com que os brasileiros convivem. "A população brasileira é um misto de outras culturas – muitas delas europeias. É ótimo ver o respeito com que todas elas vivem no mesmo espaço. A amabilidade, felicidade e hospitalidade dos brasileiros são notáveis".

É por motivos como estes que a viagem, prevista para durar apenas dois meses, já tem nove meses de duração . Ela garante, certamente, que voltará à América do Sul, "seja para morar, trabalhar ou para mais uma viagem". "Sempre fui aceita, ajudada e respeitada. As pessoas são incríveis, fizeram me sentir em casa, com familiares. Aprendi muito com todos". Na próxima vinda ao continente, a Amazônia será um dos destinos escolhidos.

" Poderia escrever um livro sobre essa viagem, mas, em resumo, para amantes da natureza, de uma cultura rica, culinária e música, é um roteiro certeiro . Conhecer tudo isso em uma motocicleta, ainda mais uma Classic 500, torna tudo mais inesquecível", finaliza a viajante. Além do crescimento pessoal e aprendizados, Simone levará de volta ao Velho Continente o hábito e paixão por tomar mate. A motocicleta fica em Montevidéu, última parada da viagem, e aguarda a volta da viajante para novas experiências.

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Fotos: Arquivo Pessoal / Simone Maria Richardt

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