Atacama Parte I
Uma viagem de moto cheia de aventuras e boas histórias pelas estradas da América do Sul
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
André Vegas
Olá pessoal, já estava com saudades de escrever..., apesar da viagem não ocorrer tanto tempo depois da última relatada, só estou conseguindo escrever agora, mais de um ano depois. Desta vez a viagem não estava planejada mesmo, esse sonho sempre está na cabeça de qualquer motociclista, mas para os mortais que trabalham diariamente é difícil conciliar o prazo necessário para realizá-la... Mas vamos acabar logo com esse mistério, o destino principal desta aventura foi o deslumbrante Deserto do Atacama.
Era outubro de 2010, a rotina de trabalho estava normal, nada planejado para o curto ou médio prazo, pois acabava de tirar férias. A única novidade era o processo seletivo que estava participando em um dos bancos do país. Lembro desta data facilmente, dia 12 de novembro recebo o comunicado oficial, estava admitido depois de cinco fases do processo seletivo e logo a pergunta que não esperava... Qual sua disponibilidade??? - Não esperava... na verdade nem tinha pensado nisso, foi uma surpresa logo processada pelo cérebro motociclista, em milésimos de segundos pensei que teria um tempo de folga e que poderia encaixar mais uma viagem no ano, a terceira!!!. Negociamos o inicio para 15 de Dezembro. Comecei pensando em um roteiro esplendoroso com Uruguai, sul da Argentina, Ushiaia e volta pelo norte do Chile e Atacama, mas analisando friamente ficaria muito puxado para a quantidade de dias e teríamos que sair imediatamente... Mas tinha o aniversário do meu Avô que seria no próximo fim de semana e também precisava realizar uma revisão na moto antes de partir. Conclusão final: repensar o roteiro esplendoroso para algo passível de se fazer em 25 dias e decidir entre umas das atrações principais Ushuaia ou Atacama.
Era uma sexta-feira, já comecei a estudar as rotas, pegar informações na internet e no Domingo já tinha um esboço que acabou sendo muitíssimo próximo do que realizamos posteriormente. Optei pelo Deserto do Atacama pensando principalmente na quantidade de dias, nas motos que utilizamos e no tempo utilizado para planejar a viagem. Acredito que uma expedição para Ushuaia necessite de mais planejamento, roteiros de contingencia e etc. Uma região muito instável para se viajar com data de retorno tão próxima e inalterada. Mas o brilho nos olhos era visível, o Atacama sempre está nos planos de qualquer motociclista e agora eu estava prestes a realizar esse velho sonho. Conversei com meu pai, recém aposentado e sem muitos compromissos com data marcada, aceitou a aventura, então assim como em Abril a aventura seria em família, duas motos iguais, dois integrantes da família Vegas e 25 dias de aventuras pela América do Sul pela frente. Tínhamos uma semana para organizar bagagens, seguros, revisões e roteiro detalhado, essa tarefa foi fácil! – Uma pequena dica que muitos já sabem e utilizam e que utilizamos pela primeira vez, antes de partir “encapamos” as motos com papel contact, essa prática preservou e muito a pintura das áreas metálicas e plásticas, tanto de pedras, quanto do tempo e da bagagem que normalmente “raspa” nessas áreas. Como não somos especialistas na aplicação do material de forma única e uniforme, cortamos diversos quadrados do material e colamos uns sobre os outros, reforçando áreas de maior contato. A estética não foi das melhores, principalmente depois da grande quantidade de chuva que pegamos nos primeiros dias, mas com certeza valeu a pena. Espero que a DICA ajude alguns colegas!
Nossas aventuras sempre foram mais curtas tanto em KM quanto em dias e por mais longo que acabasse ficando eu sempre as relatei em apenas um texto, mas dessa vez não será possível , vou dividir esse relato em partes primeiramente para poder divulgá-lo com os detalhes que ele merece e outro motivo é o tempo, como já disse essa viagem já foi realizada a mais de um ano e ainda não consegui um tempo para relatar a aventura por completo, essa primeira parte estava parada a meses, então achei melhor divulgá-la como parte I e começar a trabalhar na parte II, III, etc, etc, RS.
Finalmente chegou: segunda-feira de manhã, dia 22 de novembro, as motos já estavam equipadas com as bagagens, apenas nos despedimos da família e partimos para estrada, seguimos inicialmente para o interior de SP pela Rodovia Castelo Branco, nosso objetivo era chegar a Curitiba por um novo caminho, já descemos pela BR 101 diversas vezes, tanto pelo Litoral quanto diretamente pela BR e dessa vez decidimos conhecer a Serra da Serpente que liga a cidade de Apiaí à Curitiba. A expectativa era encontrar uma estrada estilo serra com diversas curvas para curtir o primeiro dia de viagem. Na altura de Boituva, saímos da Castelo sentido Capão Bonito, até a chegada da pequena cidade tudo tranqüilo e o tempo um pouco ensolarado da saída já começou a nublar. Passamos por Apiaí, pouco a frente se inicia a Serra da Serpente (BR-476) onde passamos a receber uma chuva constante em uma estrada com grande movimento de caminhões e uma quantidade considerável de buracos e remendos, realmente não esperávamos essas condições, foi um primeiro dia um pouco tenso, devido a grande atenção que essas situações exigem. Passamos direto por Curitiba, afinal já conhecemos a cidade e não estamos com saudades de transito, e nosso objetivo logo chegou: Joinville/SC. A moto do meu pai era 0KM, com quase 500 km já assumiu essa aventura. Então após 650 KM no primeiro dia, ela estava pronta para a primeira revisão que foi feita na Ventura Motos, concessionária autorizada Suzuki que gostaríamos de agradecer pelo pronto atendimento, a revisão foi feita de um dia para o outro, apesar de sabermos que nada de muito complexo é feito, agradecemos a prontidão e atenção dada.
No dia seguinte acordamos e partimos para o café da manhã, a refeição mais tranqüila normalmente. Ao verificar as condições climáticas, aquela dúvida: um nublado com cara de chuva. Motos preparadas e abastecidas seguimos em direção ao Sul do país, sempre pela BR-101. Nosso destino seria Cambará do Sul, um dos destinos adiados de viagens passadas que tentaríamos conhecer, mas novamente as condições climáticas não foram favoráveis. Para conhecer o parque onde ficam os canyons, segundo informações, existem trechos de estrada de terra, que com a chuva e com motos não apropriadas para terra, seriam de difícil acesso. Mudamos os planos e decidimos seguir viagem e ganhar um dia para conhecer outra cidade. Em outra oportunidade voltaremos a Cambará do Sul. Naquele dia pernoitamos em Capão da Canoa/RS. Nos surpreendemos com a cidade, fica no litoral do Rio grande do Sul, pequena e muito organizada, nos instalamos e saímos a pé para jantar, encontramos uma gostosa pizzaria, com aquela cara de interior... TV 29” ligada e as famílias jantando e acompanhando sua novela. Conversamos um pouco com o dono da pizzaria que não acreditava na aventura que estávamos iniciando. Finalizando o segundo dia mais 600 KM, mais um dia seguindo firme e cruzando o sul do país sob chuva.
3º dia se iniciou como de costume, malas devidamente fixadas, café da manhã e novamente o clima não estava do nosso lado, terceiro dia de chuva forte e constante, já são mais de 1.000 KM com ela nas costas. Mas estamos confiantes a expectativa daqui pra frente era de tempo bom. Então seguimos com nossos equipamentos de chuva mais adiante, sempre rumo ao Sul. Estamos seguindo o mesmo trajeto da viagem que realizamos em Abril/10, portanto esse trecho não nos apresenta muitas novidades. Passamos direto por Porto Alegre, e enfrentamos um pouco de transito, pegamos a BR-116 novamente sentido Sul e sub muita chuva até finalmente chegar na região do parque nacional do TAIM, depois Pelotas e Rio Grande. A partir daí a chuva nos abandonou para sempre e não era para menos, tomamos a chuva da viagem inteira nos 3 primeiros dias... E como podem estar percebendo, estamos seguindo sempre ao SUL, SUL, SUL e SUL... Sim novamente estamos chegando ao ponto mais ao sul do país, novamente venho declarar que o Chuí existe. Dessa vez, estamos só de passagem, mas não poderíamos deixar de pernoitar naquela cidadezinha tão particular. Mais 650 KM foram pra conta e já estamos acumulando cerca de 1.900 KM até agora. Uma rápida passada nos free-shops para comprar besteiras importadas e em uma das lojas compramos algo que nos ajudou e muito no restante da viagem. Um travesseiro inflável, utilizado em camping, mas que adaptado de forma simples, faz o papel muito similar a uma Airhawk que custa em média R$ 450,00, pagamos U$ 8,00!! – Claro que com as devidas proporções e principalmente o custo/benefício, eu recomendo. No inicio, coloquei uma aranha para fixar no banco, mas depois de utilizar algumas vezes não é necessário, apenas ajuste no local e sente em cima. Outra dica é variar a pressão do ar no travesseiro, isso ajuda a ter diversas áreas de contato e distribui mais o peso do corpo, tornando mais confortável.
Acordamos empolgados, café da manha no quarto mesmo, com algumas besteiras compradas no dia anterior, afinal o único hotel com garagem fechada não oferece café da manhã, mas nem estávamos preocupados com isso, finalmente o tempo estava bom e estávamos ansiosos para cruzar a primeira fronteira internacional da aventura. Tudo pronto e lá vamos nós, a aduaneira é bem próxima e logo encostamos e fomos atendidos por um senhor muito agradável que demonstrou gostar muito de motos. Conversamos um pouco, falamos um pouco sobre as motos e apresentamos os documentos, felizmente tudo certo, seguro carta-verde + RG ou passaporte. Com o ingresso liberado entramos no Uruguai, nossa primeira impressão, viria a se confirmar nos próximos dias que ficaríamos naquele país, mas tudo parece muito organizado e sentimos um povo muito educado. As rodovias são simples, até porque o volume de transito não se faz necessário algo maior, mas todas impecáveis, bem sinalizadas e com fiscalização constante dos policiais rodoviários. Nossa pernada naquele dia era pequena: 230 KM até a famosa Punta Del Este. A chegada na cidade é impressionante, nunca tínhamos visitado o Uruguai, então as boas surpresas começaram a aparecer.
A primeira visão de quem vem pelo acesso rodoviário, é linda e impressionante. Já na rodovia você identifica a saída correta e segue por um acesso um pouco menor, já começa a verificar que as construções que antes eram bem simples e quase não apareciam, começam a se modificar para belas casas ou quase mansões que aparecem mais constantemente. Sabendo que Punta fica no nível do mar e não passamos por nenhuma serra ou grandes descidas, estava ansioso em saber como chegaríamos a praia de uma hora para outra, e minha ansiedade foi sanada da melhor forma: começou uma seqüência de descidas de tirar o fôlego e para saborear cada inicio de descida é possível avistar o oceano como em um mirante, fiquei impressionado! Momentos pilotados com a garganta seca, não conseguia nem pensar em parar para registrar o momento, só queria continuar ali, com aquela brisa no rosto já com a viseira aberta e a vontade de explorar aquele novo destino... Logo chegamos próximo ao centro e as construções se tornaram realmente imponentes, grandes prédios luxuosos sendo finalizados, outros já habitados e algumas mansões a beira mar realmente impressionam quem passa. Nos hospedamos no hotel Salto Grande, fica bem no centro, entre as praias mansa e brava. Aproveitamos Punta para descansar um pouco, chegamos cedo, nos acomodamos e fomos andar na praia... e que passeio, decidimos dar a volta na ponta da praia, saindo pela praia mansa e voltando pela praia brava, só não calculamos direito a distancia e o tempo, era longe, deserto e estava muito quente. Mas valeu a pena, lindos visuais, vimos casas ainda mais impressionantes e conhecemos quase toda Punta em uma caminhada. Na hora do almoço outra surpresa, toda região central estava sem eletricidade, tivemos que esperar a volta da luz prevista para as 14:00h para almoçar. A noite fomos a umas das principais atrações da cidade o Cassino Conrad, não chega a ser um cassino de Las Vegas, mas é imponente para a região e parece bem organizado.
Não estava com muita sorte ou esses cassinos parecem que sabem nossos objetivos e estratégias... Comecei com U$ 80,00 perdendo, joguei por 30 minutos e só me restava U$ 10,00, já pensei vou perder e vou embora descansar... Então comecei a ganhar, ganhava, ganhava, perdia um pouco, mas comecei a ficar contente e acumulando... 100, 140, chegando a 180, já me planejava para chegar nos U$ 200,00 fechar a conta e ir descansar mais feliz, afinal já estava jogando a mais de uma hora. É nossa hora que eles devem ter um leitor de pensamentos... RS, não cheguei nos U$ 200 e ainda perdi tudo.... finalmente fomos embora sem grana mesmo. De manha café da manhã caprichado, saímos de bermuda e regada para passear pela costa leste de Punta, rodamos pelo menos uns 60 KM pela costa, beirando o mar com um visual de encher os olhos, novamente não deu vontade de parar para registrar nada, só queria ficar ali rodando enquanto fosse possível. Por volta das 12:00h voltamos ao hotel e acoplamos as bagagens nas motos e partimos em direção oeste, no Uruguai tudo é muito perto, se comparado com o Brasil, o país é muito pequeno, então ir de uma cidade para outra é rápido e o dia para fazer turismo rende bastante. Em uma rápida esticada de 150 KM estávamos em Montevideo, a estrada é praticamente igual, simples e comporta muito bem o transito local, passamos por algumas cidades litorâneas bem aconchegantes e quase paramos por lá mesmo, mas logo sentimos a mudança no transito do que deve ser a maior cidade do Uruguai.
Montevideo já tem cara de cidade grande, com grandes avenidas, o transito é volumoso, mas não chegou a parar. Apenas muita atenção as faixas de pedestre, pois eles respeitam e muito! Freiam os carros com brutalidade para dar a preferência aos pedestres, então atenção para não bater atrás de um carro nessa situação. No meio do transito, um senhor com uma grande Scooter nos abordou e começou a conversar no meio do transito, conseguimos nos falar rapidamente e ele se propôs a nos levar até o Hotel, uma grande ajuda, afinal é muito difícil andar em cidades grandes de moto e sem conhecer. Tenho muita dó de quem chega em São Paulo e não conhece, na verdade acho que é impossível de se achar sozinho em São Paulo, a sinalização é péssima. Enfim chegamos ao Ibis, o senhor se apresentou, conversamos um pouco e logo foi embora. O Ibis estava lotado, então indicaram outro hotel próximo onde nos hospedamos. Na parte da tarde saímos para caminhar pelo centro, me pareceu algo bem histórico com monumentos, prédios e igrejas antigas, gostamos bastante. A cidade é bem organizada e bem sinalizada, seguimos uma dica e fomos ver o por do sol em frente a faculdade de engenharia, sentamos na beira mar onde o movimento era intenso, muitas pessoas caminhando no calçadão, acontecia naquele momento um jogo super disputado de vôlei e era possível avistar toda orla do ponto que estávamos. Não foi o melhor por do sol das nossas vidas, pois algumas nuvens atrapalharam o final do espetáculo, mas se consigo lembrar desses detalhes um ano depois, acho que valeu a pena. Anoiteceu e fomos ao shopping perto dali, jantamos e voltamos ao hotel de taxi, afinal já tínhamos caminhado um bocado aquele dia.
Um novo dia e a manha se repete, café da manha e malas na moto, juro que não enjôo desta rotina, acho que poderia repetir esse ritual por longos períodos. Saímos em direção ao Estádio Centenário, palco de grandes disputas, para quem está em Montevideo, vale a pena dar uma passada, nada de especial, apenas um estádio por fora, mas é bom conhecer mais um ponto importante da cidade. Logo pegamos a estrada, o que novamente não duraria muitas horas, cerca de duas horas depois estávamos chegando em Colonia Del Sacramento, apenas 180 KM distantes de Montevideo. Nossas três paradas no Uruguai demonstram a diversidade do país, em poucos quilômetros distantes passamos por uma cidade praiana invejável, uma cidade grande que apensar de praiana tem mais cara de centro urbano e agora uma cidade histórica, que aparentemente vive história e também é praiana. Colônia como é conhecida, é toda de paralelepípedos, super charmosa exala ares antigos, com uma “Plaza” central linda, rodeada de bares, restaurantes e comercio local demonstra a história, com uma muralha preservada e gigantesco portão, daqueles de castelo, elevado por correntes laterais, muito bonito. Colônia é patrimônio Cultural e Mundial reconhecido pela UNESCO e foi palco de batalhas importantes entre Espanha e Portugal, mais detalhes históricos podem ser consultados em um livro de história ou no Google... RS. Mas alem de todo esse apelo Histórico, a cidade também hospeda uma porta de entrada para Argentina, é de lá que sai o Buque Bus, uma espécie de balsa gigante que atravessa o rio da prata, chegando em Buenos Aires. Passagens compradas para o fim da tarde e lá ficamos aguardando o horário de embarque.
A estação é bem cheia e o movimento é constante. Chegou o momento de embarcar, primeira vez sabe como é né, aquela estratégia de seguir os outros e aparentemente tudo certo, fizemos o check-in e passamos pela aduaneira, afinal estamos atravessando uma fronteira e tínhamos que voltar para buscar as motos e embarcar, ao embicar as motos para o embarque os responsáveis pela balsa estavam fechando o acesso dos veículos, chamei a atenção falando que iria embarcar neste horário, o funcionário olhava nossos bilhetes e fazia cara de confuso, perguntava ao outro que entrava na balsa e voltava com um número de veículos que já havia embarcado, discutiram um pouco e decidiram nos liberar. Finalmente embarcamos e achávamos que estava tudo certo. A balsa é realmente grande, tem um free-shop lá dentro, dois andares cobertos e um andar aberto estilo deck. Depois de conhecer tudo, fomos as poltronas descansar, são duas horas de travessia. Estávamos quase dormindo e o radio da balsa não parava de chamar, resolvemos prestar atenção e aquele espanhol rápido somado ao chiado do rádio era quase impossível de entender, mas parecia muito nossos nomes... Resolvi descer para ver se era algo conosco e realmente era, a confusão no embarque das motos fazia sentido, nossa passagem estava incompleta, compramos pelo site e não entendi que precisava comprar dois bilhete, um para o embarque pessoal e um para a moto. Acabei comprando apenas o pessoal e por isso o pessoal do embarque de veículos não contava com nossa presença. Mas no final tudo deu certo, ao chegar na Argentina tivemos que desembarcar, ir até o guichê e pagar as passagens das motos, depois voltamos e desembarcamos as motos. Chegamos em Buenos Aires já era noite, e só queríamos um hotel e cama. Parece fácil certo? Pois nunca demoramos tanto para resolver essa questão tão simples, acho que rodamos mais de 2 horas até encontrar algo nas condições desejadas... Não sei o que estava acontecendo na cidade, mas todos os hotéis normais estavam lotados, os que tinham vagas eram de primeira classe e estava muito caro para nós, então rodamos e rodamos e visitamos mais de 20 hotéis até encontrar um bem mais ou menos no centro de Buenos Aires, era a única opção.
Acordamos cedo e fui pegar informações turísticas sobre o que conhecer, com o café da manha tomado, saímos a pé, pelo menos o hotel era bem localizado, visitamos a Casa Rosada, a playa 25 maio, e fomos caminhar em Puerto Madero, que lugar lindo! Realmente me impressionou, caminhamos por toda sua extensão e saímos próximo aos shoppings e lojas, aproveitamos para comprar algumas lembranças e a camisa da seleção argentina. Dalí pegamos um Taxi para La Boca, pois nos falaram que era perigoso ir a pé. Lá existem duas coisas para conhecer o estádio do Boca, La Bombonera e o Caminito que fica há um ou dois quarteirões do estádio e é um bairro voltado ao tango, vários restaurantes e dançarinos de tango se apresentando na rua, Muito legal, vale a pena conhecer. A noite voltamos a Puerto Madero para conhecer as famosas carnes argentinas, fomos em um restaurante chamado Siga La Vaca, indicação do meu primo, era bem longe, caminhamos muito até chegar lá, mas comemos o quanto caminhamos, muita carne e carnes muito gostosas, o corte diferente argentino da um sabor diferente e especial a mesma carne que consumimos no Brasil. Buenos Aires demonstra seu encanto, cidade grande e aparentemente mais organizada que São Paulo. Mas essa viagem está muito turística, quase não andamos de motos nos últimos dias. Para quem já esta com saudades, os próximos dias irão matar qualquer anseio, mas para acompanhar o restante desta aventura, peço a todos que acompanhem as próximas publicações, já estou trabalhando para finalizar a parte II desta aventura. Nos vemos em breve!!!
Participantes da Etapa 2010 (Atacama):
André Borges P. R. Vegas
Idade: 24 anos
Moto: Suzuki 650 S
Walter Rosati Vegas
Idade: 51 anos
Moto: Suzuki 650 S
O “motonauta” André Vegas participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Envie sua notícia!
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