África do Sul: As montanhas de Sani Pass
O internauta Bruno está no país da Copa do Mundo e nos relata uma viagem pra lá de especial.
Por André Jordão
Por André Jordão
Bruno Bonotto
Após longo tempo de espera e muita ansiedade, a ida a SANI PASS (Lesotho) finalmente chegou!
Esse era um dos lugares que marquei como mandatórios por essas bandas africanas. Fica na famosa “terra de ninguém”, visto que se cruza a Fronteira da África do Sul na base da montanha e, 8 Km e 1.000 mts de altura depois, no Topo, cruza-se a fronteira do Lesotho.
Alguns dias antes da viagem, o mentor e planejador dela (Ethienne) foi arrebatado em sua moto por um carro, causando uma queda que quebrou sua clavícula e machucou sua perna e tornozelo. Assim, contra inúmeros protestos da família, decidiu fazer a viagem no veículo de apoio.
Part 1 – Pretoria to Sterkfontein Dam
Estávamos reunidos no local de costume em Pretória, cerca de 5h30min e Brian e seu filho Keegan já estavam à espera, com o veículo de apoio, pronto para a viagem. Logo em seguida Marius (1200GS) e Dani (800GS) chegaram com sua filha, Daniela, de garupa. Daniela estava indo junto na viagem como passageira do carro de apoio. Após alguns minutos, Drix (800GS) e Marnus (1200GS) chegaram e, finalmente, Pieter (1150GSA).
E assim fomos todos, rumo a R21 para Pomona Rd para se encontrar com Shangali (1200GS). Finalmente, o grupo estava completo, com 7 GS’s. Iniciamos a viagem no ótimo asfalto da N3 para Heidelberg. Pieter estava liderando, sem o conhecimento prévio do percurso, apenas com a rota no GPS, que copiou no dia anterior. Um grande obrigado a Pieter por isso, seus conhecimentos e sua experiência na condução da viagem foram inestimáveis.
Pouco antes de Heidelberg, ocorreu o primeiro pequeno problema. O sensor medidor de pressão dos pneus da minha GS 1200 continuou mostrando que o pneu traseiro tinha 0.9bar, quando foi calibrado para 2.8bar no Atterbury Shell. Paramos, demos uma olhada, mas não conseguimos encontrar o vazamento. Na primeira parada calibramos novamente, e, depois de alguns quilômetros, foi novamente esvaziando lentamente mantendo-se em 1 bar. Decidimos continuar e apenas manter um olho nele.
Depois de Heidelberg, pegamos uma estrada de terra para evitar o Pedágio de Hoek Plaza e, em seguida, encontramos uma neblina muito espessa a caminho de Villiers. O meu Pneu (Heidenhau - K60) estava aprontando novamente, assim, paramos em um posto, determinados a encontrar o vazamento de ar. Cobrimos a roda inteira com água e sabão, enchendo o pneu para 4bar... nada, nenhuma bolha. Checamos a tala e a válvula... nada. Então, tiramos a válvula, deixamos todo o ar para fora, verificamos se o pneu encaixava-se perfeitamente na borda, colocamos a válvula de volta e enchemos para 4bar ... nada. Algo a dizer: isso foi muito frustrante e demorado. Neste momento Pieter fez uma tatuagem agradável no lado da cabeça onde ela tocou o escape, foi muito engraçado.
Decidimos usar o spray de reparo de pneus para ver se ele iria selar o buraco invisível. Não adiantou, então, decidimos simplesmente ignorá-lo. O sensor estava correto, conforme verificado por um medidor manual de vez em quando. Então, as estradas divertidas chegaram: Bethlehem, Clarens e Golden Gate. Aproveitamos cada minuto das curvas e do visual do Golden Gate National Park.
Enquanto isso, no carro de apoio, Ethienne sentia-se como se sentado atrás dos avôs Jan en Tannie Marie em seus 80 anos de idade no velho mercedes-Benz, rebocando um trailer. Shangali tinha algumas palavras para a Direção do Golden Gate National Park por ter colocado as lombadas de redução de velocidade que causava tantos solavancos! Mas nós passamos por isso e re-agrupados no belvedere da Barragem Sterkfontein. Todos muito felizes - a calma antes da tempestade. Continua...
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