O Dakar não é para qualquer um, por isso, apresento Albert Llovera!

Esse texto não é sobre o Dakar, é sobre a força e garra do ser humano!

Por Trinity Ronzella

Já ouviu falar sobre um cara que, aos 17 anos, foi o mais jovem participante dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sarajevo em 1984? 

Atleta da modalidade esqui, no ano seguinte durante a European Ski Cup sofreu um acidente onde ficou paraplégico.

Em 1989 lá estava ele com o time Charlottesville Cardinals da Virgínia (Canadá), sendo vice-campeão mundial de basquete adaptado.

No mesmo ano de 89, começou a se meter na Peugeot Rally Cup em Andorra para, em 2001 tornar-se a primeira pessoa com mobilidade reduzida a disputar o Campeonato Mundial de Rally inteiro na categoria Junior, chegando entre os Top 10 em várias etapas.

Calma que ainda tem mais…agora em 2007. 

Foto: Divulgação

Estreia como piloto oficial da ISUZU no Rally Dakar e, desde então, participou outras cinco vezes, 2014 (carro), 2015 (carro), 2016 (caminhão), 2017 (caminhão) e 2020 (onde conseguiu em 2020 seu melhor resultado, um 15º lugar em Caminhões.

Médico ortopedista e fonte de inspiração em sua cidade, Andorra La Vella, ele escreveu um livro (Sem Limites) e percorre o mundo dando palestras.

Em seu sétimo Dakar, está agora a bordo de um IVECO e , tendo como companheiros o parceiro de 2020 Marc Torres e o estreante Jorge Salvador.

O caminhão conta com adaptações logicamente, onde acelera e freia por meio de comandos manuais adaptados para sua necessidade, o que já ocorreu no passado.

O objetivo é melhorar sua marca  Top 15 de 2020 e, para alcançar sua meta, treinou bastante no deserto marroquino para os comandos dos 9.000kg estarem "na mão".

Lutando de igual para igual na categoria caminhões, com certeza já merece todos os aplausos e respeito não só dentro do Rally, mas sim, de todo um planeta. 

Foto: Divulgação

Abaixo algumas palavras do responsável por esse currículo e breve história:  Albert Llovera e equipe!

Albert Llovera: “Este ano volto ao Dakar após uma parada desde 2020 devido à situação provocada pelo COVID-19, com muito entusiasmo e vontade, porque gosto muito da categoria Caminhões e sinto-me muito valorizado lá. Eu pesei diferentes opções para minha sétima edição, mas finalmente decidi pela equipe do Fesh Fesh, que são os antigos Tatras e que me valorizam muito em nível pessoal. Carregar nove toneladas de caminhão a toda velocidade pelos desertos e trilhas da Arábia Saudita não é algo que pode ser feito todos os dias. Eles sabem o que custa se espremer assim porque já corremos juntos em 2017 e 2016. O objetivo deste ano é melhorar aquela 15ª posição que conquistamos em 2020, o que não será fácil, porque este ano todos os feras estarão na prova e o nível será muito alto. Marc, Jorge e eu  treinamos  várias vezes no Marrocos e acho que chegamos preparados para lutar”.

Foto: Divulgação

 

Marc Torres: “Desde os 6-7 anos que acompanho o Dakar e sempre tive a grande ilusão de poder participar, algo que parecia quase impossível. Depois de consegui-lo em 2012 e ver que posso continuar a desfrutar desta corrida na primeira pessoa, dá-me uma grande satisfação. É uma grande oportunidade voltar ao Dakar com o Albert, é sempre um prazer estar ao seu lado. Ele é uma pessoa muito positiva, competitiva e ativa, e  gosta do Dakar como eu, acho que é uma opção imbatível. Ele é alguém que se prepara muito bem para a corrida, que é muito entusiasmado, sempre otimista, sempre encara qualquer contratempo que possa surgir na corrida com calma e positividade. Ele nunca, nunca quebra, nunca perde a calma; é um prazer trabalhar com ele”.

 

Jorge Salvador: “Me deixa muito animado poder participar deste projeto e estou ansioso para fazê-lo muito bem. Tenho experiência teórica no desenho de rotas e na criação de roadbooks há alguns anos, agora é hora de aplicá-la em uma corrida tão especial como o Dakar e dentro da cabine de um caminhão. Acho que será uma experiência vital e na parte esportiva há uma certa pressão, obviamente, mas tenho uma vontade tremenda de ir bem. O objetivo com Albert não pode ser simplesmente finalizar, e vamos com a mentalidade de tentar fazer um bom resultado. Espero estar à altura da tarefa para poder colaborar com ele e Marc para igualar ou melhorar o top 15 que alcançaram em 2020”.

 

 

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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