Em 2007, a mais charmosa e desafiadora competição do mundo off-road terá um total de 8.696 km, divididos em 15 etapas, dos quais 5.010 km serão de trechos cronometrados. O início do Rally Dakar acontecerá pelo segundo ano consecutivo na capital de Portugal, no dia 6 de janeiro, passando por outros cinco países: Espanha, Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal.
A grande novidade do evento será a disputa do Grand Prix du Lac Rose, uma corrida de exibição em um circuito fechado, montado na praia, que antecederá a cerimônia de premiação dos vencedores, no dia 21.
Ao todo serão 250 motos, 185 carros, 80 caminhões e 240 veículos de assistência presentes em Lisboa para a largada da prova. Vale lembrar que as vagas se esgotaram uma semana após o início do período de inscrições, o que representou um recorde nos 30 anos do Dakar.
Confira o roteiro do Rally:
6 de janeiro
Etapa 1: Lisboa – Portimão
115 km (ligação) + 120 km (especial) + 260 km (ligação) = 495 km
O trajeto entre as duas cidades é maior do que o da edição anterior (495km ao todo contra 370 km em 2006), e os pilotos vão encontrar areia (longe da praia), em um aperitivo do que virá na África.
7 de janeiro
Etapa 2: Portimão – Málaga
15 km (ligação) + 60 km (especial) + 425 km (ligação) = 500 km
O terreno é cheio de pedras, tortuoso e difícil. A maior parte da especial passará por terreno montanhoso. O caminho exigirá atenção especial dos pilotos em relação aos penhascos.
8 de janeiro
Etapa 3: Nador – El Rachidia
205 km (ligação) + 252 km (especial) + 192 km (ligação) = 649 km
O primeiro dia na África, no Marrocos, vai ser duro, de navegação dificílima na primeira metade da etapa. Segundo a organização, um “verdadeiro labirinto”. E com bons trechos rochosos para desenvolver velocidade.
9 de janeiro
Etapa 4: El Rachidia – Ouarzazate
96 km (ligação) + 405 km (especial) + 178 km (ligação) = 679 km
Uma especial longa e cheia de dunas, que não permite muitos erros. Apesar da predominância de areia, a paisagem do percurso é bem variada.
10 de janeiro
Etapa 5: Ouarzazate – Tan Tan
170 km (ligação) + 325 km (especial) + 280 km (ligação) = 775 km
Esta é uma região que o rali cruzou em três edições recentes. A novidade deste ano é que os pilotos farão uma passagem pela cadeia de montanhas Atlas, que separa o Atlântico e o Mediterrâneo do Saara.
11 de janeiro
Etapa 6: Tan Tan – Zouérat
414 km (ligação) + 394 km (especial) + 9 km (ligação) = 817 km
É uma etapa enorme, que cruza toda a região do Saara Ocidental, pertencente ao Marrocos, e termina na Mauritânia. A largada acontece na madrugada.
12 de janeiro
Etapa 7: Zouérat - Atar
4 km (ligação) + 542 km (especial) + 34 km (ligação) = 580 km
É uma longa especial, com muitas dunas, Mauritânia adentro, em uma fase do Dakar na qual o cansaço começa a pegar os pilotos menos preparados. A técnica de navegação e a pilotagem nas dunas serão decisivas.
13 de janeiro
Dia de descanso, em Atar
A cidade, bem em meio ao Saara, é o cenário perfeito para recuperar as energias e arrumar os veículos. A essa altura da prova, muitos pilotos já abandonaram a competição mas, a partir dali, ainda são 4.201 quilômetros de rali.
14 de janeiro
Etapa 8: Atar – Tichit
35 km (ligação) + 589 km (especial) + 2 km (ligação) = 626 km
Não é das piores etapas para navegação, mas o caminho é longo e duro. Na parte final, os pilotos são recompensados com um belo visual da região de Tichit.
15 de janeiro
Etapa 9: Tichit – Néma
0 km (ligação) + 494 km (especial) + 3 km (ligação) = 497 km
O grande pedaço do deserto é um trecho clássico do Dakar, e exige muito da navegação. A grande dificuldade aqui é chegar e, de preferência, durante o dia. À noite o trajeto torna-se triplamente difícil.
16 de janeiro
Etapa 10: Néma – Timbuctu
10 km (ligação) + 516 km (especial) + 89 km (ligação) = 615 km
Timbuctu, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco, é a única parada no Mali. Desde 1999 fora do trajeto do rali, a etapa será especialmente difícil porque os veículos de apoio ficarão aguardando na Mauritânia. É uma etapa-maratona, com um difícil equilíbrio entre performance e resistência.
17 de janeiro
Etapa 11: Timbuctu – Néma
8 km (ligação) + 571 km (especial) + 11 km (ligação) = 590 km
O ponto de chegada é a largada do dia anterior, mas, o caminho é outro, ainda mais difícil do que o dia anterior. E os veículos estarão desgastados da enorme etapa anterior sem manutenção.
18 de janeiro
Etapa 12: Néma – Kayes
372 km (ligação) + 257 km (especial) + 117 km (ligação) = 746 km
Aqui a paisagem muda drasticamente. As dunas ficam para trás, e os pilotos entram nas savanas, com pequenos trechos de floresta. A expectativa é de alta velocidade em caminhos bem estreitos. É também a etapa de despedida da Mauritânia.
19 de janeiro
Etapa 13: Kayes – Tambacounda
180 km (ligação) + 260 km (especial) + 18 km (ligação) = 458 km
A prova entra no Senegal e se aproxima do final. Quem conseguir cruzar a fronteira já pode se considerar vitorioso. Será difícil manter altas velocidades e ainda não se perder entre os baobás, uma espécie de árvore africana, enorme, abundante na região.
20 de janeiro
Etapa 14: Tambacounda – Dakar
124 km (ligação) + 225 km (especial) + 227 km (ligação) = 576 km
Há quem diga que a prova acaba na fronteira do Senegal, mas um descuido no caminho final pode custar a emoção de chegar nas areias de Dakar. E muitas posições finais são definidas apenas nos últimos quilômetros.
21 de janeiro
Etapa 15: Lac Rose Grand Prix
52 km (ligação) + 41 km (ligação) = 92 km (não faz parte da prova)
A tradicional volta ao lago senegalês esse ano não conta para a competição. Será um grande trajeto de encerramento, praticamente uma festa na qual serão anunciados todos os campeões.
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