Diário de um piloto-fotógrafo de enduro
Enduro das Pedras propiciou muita dificuldade, adrenalina e emoção aos participantes.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Paulo Josué Paiva
Saí de Campo Grande (MS) sozinho. Ou melhor, acompanhado de minha motoca e de Deus, claro, em direção ao Enduro das Pedras, válido pela Copa MS de Enduro.
Às 4h30 da madrugada, o primeiro destino: Terenos, a 31 km da capital. Na seqüência, Dois Irmãos do Buriti, a 110 km. Chegando a cidade, toda a equipe de organização já estava a postos em frente ao auto posto Dois Irmãos, onde às 8h em ponto seria a largada do primeiro piloto.
Últimos detalhes, aferição do equipamento de navegação, preparação da planilha, lubrificação da transmissão e conferência do horário, itens indispensáveis antes da largada, assim como uma última reunião com o organizador da prova (Cláudio Matsuda) e o diretor do Enduro Moto Clube (Edgar Gonçalves) com todos os PC’s para se tirar todas as dúvidas.
Poucos minutos antes da largada, já sabíamos que seria uma prova muito difícil, pois o forte calor começava a incomodar logo cedo. Pronto, 8h largou o primeiro piloto e a sorte estava lançada.
Fomos para o primeiro obstáculo, onde seria a parte mais difícil da prova. Uma subida muito inclinada e bastante escorregadia, pois como já dizia o nome — Enduro das Pedras — pedras foi o que não faltou.
A fim de procurar um bom lugar para fazer as fotos, resolvi arriscar e encarar a subida. Me dei mal. Caí, mas consegui segurar a moto quase no final. “Ufa, que alívio. Consegui”, disse a mim mesmo.
E que calor! A sensação térmica era incrível, pois no meio do mato parecia que a gente estava dentro de um forno. Ainda bem que tinha uns espectadores que, vendo o desespero de alguns pilotos, deram uma mãozinha e ajudaram a arrastar os que conseguiam vencer mais da metade da subida até ao topo.
Depois de registrar vários tombos e algumas manobras radicais, segui passar para outro obstáculo conhecido pelos pilotos como “Portal do Inferno”. Pelo nome já dá para imaginar como é. Primeiro, dois descidões, depois um zigue-zague seguido de um subidão. Quem chegava nesse local praticamente terminava a prova, pois foi a parte mais técnica da competição.
Daí para frente seria mais estradão e algumas outras “pedrinhas”. Segui para outro ponto, onde pretendia registrar as fotos de todos os pilotos na segunda metade da prova e o obstáculo a seguir era uma subida não muito íngreme, mas com umas pedras bem maiores (algumas enormes), num percurso de muita técnica e resistência física.
Na chegada, dentro do recinto da Asserape, um delicioso almoço aguardava esses nobres guerreiros. Em seguida ao belo momento de confraternização e descontração, aconteceu a despedida. Sempre calorosa, pois o reencontro será em breve na grande final da Copa MS de Enduro, na cidade de São Gabriel D’Oeste, no dia 30 deste mês.
Todos seguiram para suas cidades de origem nas mais diversas regiões de nosso Estado, cansados. Mas satisfeitos, como eu, por ter participado de mais um evento simplesmente emocionante!
O “motonauta” Paulo Josué Paiva participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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