Show de velocidade na final do Supermoto Brasil Cup

Kartódromo Municipal da Estância Turística de Barra Bonita, no interior de São Paulo, foi palco das disputas que decidiram os campeões em 2015

Por Aladim Lopes Gonçalves

Após quatro etapas, que registraram vários recordes para o campeonato e também para a modalidade, o Supermoto Brasil Cup retornou ao Kartódromo Municipal da Estância Turística de Barra Bonita, no interior paulista, para a quinta e última etapa do ano sem campeões definidos previamente.
 
Com o apoio da Prefeitura do Município e de suas secretarias, que cederam maquinário e mão de obra, a Race Promoções e Eventos pôde preparar uma pista com aproximadamente 30% do total do circuito em terra, com curvas e saltos com inspiração nos mais importantes campeonatos de supermoto do mundo, com paredes externas e internas nas principais curvas.
 
No sábado, dia 5 de Dezembro, os pilotos tiveram o dia reservado para treinos livres, onde se familiarizaram com o traçado e puderam buscar o acerto ideal para as corridas do dia seguinte. Os pilotos das cinco categorias da competição foram baixando seus tempos gradativamente, demonstrando que o conhecimento adquirido com pilotos mais experientes e treinos entre as etapas foram de grande valia. Ao fim do dia, a organização do evento, pilotos e seus familiares assistiram em primeira mão a retrospectiva da temporada e conheceram o projeto para a temporada 2016 e mais detalhes da campanha Um+1, que visa trazer mais adeptos à modalidade.
 
Já no domingo, pouco antes do nascer do sol as equipes chegaram ao kartódromo para descarregar suas motos e toda a estrutura necessária para os treinos e baterias que estavam por vir. Fizeram a pole: Khadun Lima (KL Racing Team) na SM3, Simão Lawant (Piquet Sports Supermoto) na SM4, Alex Pavanelli na SM3 Pro, Francisco Fox (Master Supermoto Sports) na SM2 e Rafael Fonseca (Piquet Sports Supermoto) que largou na frente em todas as etapas do ano, na SM1.
 
Após os classificatórios, uma breve reunião entre pilotos e direção de prova foi realizada na reta de largada, reforçando como seriam os procedimentos de largada e o que seria feito em caso de chuva, já que nuvens carregadas se aproximavam da cidade. Aproveitando o momento, o mineiro Emerson Menezes (Equipe Frutal Supermoto), o "Zirruga", pediu a mão de sua namorada em casamento sob os olhares de todos, ouvindo o tão esperado "Sim!" de sua agora noiva.
 
Pontualmente às 11:00 os pilotos da SM3 foram para a pista para a primeira bateria do dia. Mauricio Martins (Impacto Racing Team), o Sagui, entrou na pista como líder do campeonato, mas com o ótimo desempenho de Khadun Lima e outros pilotos, foi o Khadun que terminou a prova no topo da tabela. Khadun venceu, com Eduardo Venzol (Orsi Power Racing) em segundo e Felipe Teixeira (KL Racing Team) em terceiro. Completaram o top 5 Helton Bomer e Alexandre Martins, respectivamente, enquanto Sagui foi o sétimo colocado.
 
Em seguida foi a vez dos experientes pilotos da SM4, reservada para aqueles que já completaram quatro décadas de vida, acelerarem forte. Simão Lawant, piloto que também corre nos Estados Unidos, e Ricardo Sato (Sensei Racing), o "Mi", disputaram a primeira colocação curva a curva, dando um belo espetáculo para o público presente. Sato, que havia sofrido uma lesão no começo do ano, mostrou toda a sua técnica vinda do motocross e levou a melhor na disputa, terminando na ponta. Simão Lawant foi o segundo, Anderson Fornielles, o "Tio", foi o terceiro, Jeferson Valezin o quarto e Beto Vieira, líder da categoria, o quinto.
 
Depois da SM4, as motos nacionais com preparação livre que compõem a SM3 Pro disputaram a primeira bateria da categoria. O jauense Alex Pavanelli, de volta a categoria após disputar algumas etapas na SM1, disputou a primeira colocação com Felipe Teixeira, líder da categoria. Pavanelli cruzou a linha de chegada na primeira colocação seguido por Teixeira em segundo, Arthur Costa em terceiro, Paulo Brito em quarto e Thiago Mendonça em quinto. Com esse resultado, Felipe sagrou-se campeão da categoria, sendo o primeiro a conseguir esse feito, já que as outras categorias ainda estavam em aberto.
 
A categoria SM2 veio para a pista com o vice-líder da categoria, Francisco Fox, largando na ponta. José Ferreira Jr. (Ghost Supermoto Team), o líder, largou logo atrás. Os dois pilotos travaram um duelo intenso durante toda a corrida. Fox aproveitou sua experiência na terra e permaneceu na ponta até receber a quadriculada, com José Junior em segundo, Cleber Guimarães (Ghost Supermoto Team) em terceiro, Danilo Araujo (Garage 24) em quarto e Thyrson Rodrigues em quinto.
 
Então foi a vez da SM1, principal categoria da competição entrar na pista. Rafael Fonseca, piloto nove vezes campeão brasileiro da modalidade e que também disputou competições internacionais, chegou na liderança com outros cinco pilotos também disputando o título. Fonseca largou na pole e deixou Pedro Rehn (Piquet Sports Supermoto) e Kleber Justino, disputando a segunda posição. A bateria foi vencida por Fonseca, com Pedro Rehn em segundo, Justino em terceiro, Laszlo Piquet (Piquet Sports Supermoto) em quarto e Fernando Orsi (Orsi Power Racing) em quinto.
 
Após o intervalo para o almoço, os pilotos da SM3 retornaram para pista para definir o vencedor da etapa e do campeonato. No meio da prova o piloto Mauricio Martins caiu na saída do trecho de terra, tendo que abandonar a prova e a disputa pelo título. Com a combinação de resultados, Khadun Lima foi instruído optou por uma tocada menos agressiva, mirando o bi-campeonato. Com isso, Eduardo Venzol assumiu a ponta e venceu a bateria. Thiago Marques, o "Boca", foi o segundo, com Helton Bomer em terceiro, Alexandre Martins em quarto e Khadun em quinto. Com a combinação das duas baterias, Venzol ficou no lugar mais alto do pódio, Khadun em segundo, Bomer em terceiro, Marques em quarto e Felipe Teixeira em quinto. Khadun foi o campeão da categoria mais uma vez, Venzol foi o vice e Sagui o terceiro.
 
Quando a SM4 alinhou para a largada da segunda bateria, a chuva chegou a Barra Bonita, trazendo a preocupação para os pilotos, pois todos haviam escolhido pneus para pista seca. A direção de prova decidiu realizar a largada normalmente, mas acabou interrompendo a prova algumas voltas depois devido aos tombos ocorridos no trecho de terra. Com isso os pilotos foram para o box colocar pneus de chuva e a direção decidiu fechar o percurso de terra, que ficou muito escorregadio com a chuva, e diminuir o tempo de prova dessa e das outras categorias. Após a relargada a chuva parou, trazendo a preocupação com o desgaste dos pneus no caso da pista secar. Isso não impediu que, mais uma vez, Simão Lawant e Ricardo Sato dessem um show de habilidade para o público. No final da bateria, Simão recebeu a quadriculada antes de Sato, com Anderson Fornielles em terceiro, Jeferson Valezin em quarto e Uanderson Menezes (Frutal Supermoto), o "Ferruge", em quinto. O pódio foi composto por Simão, Sato, Fornielles, Valezin e Beto Vieira. Com isso, Vieira foi o campeão da SM4, Fornielles o vice e Simão o terceiro.
 
Com a pista secando, mas sem trecho de terra, a SM3 Pro foi para 0 certame novamente. Felipe Teixeira, que já havia garantindo o título e sentia fortes dores nos ombros, optou por se poupar e não disputou a prova. Alex Pavanelli, que havia vencido a primeira bateria, repetiu a dose e venceu a segunda também. Arthur Costa foi o segundo colocado, Paulo Brito o terceiro, Marcelo Toma (Impacto Racing Team) o quarto e Thiago Mendonça o quarto. Paulo Brito terminou o campeonato na segunda colocação e Toma o terceiro. Sob o olhar atento do público, José Junior fez uma grande largada e assumiu a ponta da SM2. Francisco Fox veio logo atrás, com Cleber Guimarães no seu encalço. Logo após abrir a última volta, J. Junior cometeu um erro na curva 3, forçando Fox a frear para não bater.
 
Cleber Guimarães aproveitou a oportunidade para assumir a segunda colocação. E assim terminou a prova, com os pilotos Silvio Amadio (Orsi Power Racing) e Ivan Augusto completando o top 5. Na classificação geral J. Junior também ficou em primeiro, Fox em segundo, Cleber em terceiro, Amadio em quarto e Danilo Araujo em quinto. José Junior foi o campeão da categoria, Fox o vice e Thyrson Rodrigues o terceiro.
 
A SM1, que teve a segunda bateria disputada em 20 voltas, foi a última a entrar na pista no dia. Rafael Fonseca não quis saber de pegar leve e disparou na ponta, vencendo a prova. Kleber Justino ficou com o segundo lugar, Laszlo Piquet com o terceiro, Fernando Orsi com o quarto e Kleber Augusto (Master Supermoto Sports) ficou com o quinto.
 
Na soma das baterias, Fonseca foi o vencedor da etapa, Justino o segundo, Piquet o terceiro, Rehn o quarto e Orsi o quinto. Rafael Fonseca adicionou mais um título a sua extensa coleção, enquanto Orsi ficou com a segunda colocação no campeonato e Kleber Augusto com a terceira.
 
Fotos: Mori Action Media/Divulgação

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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