SBK Series: Copa Ninja, categoria promete grandes pegas

Sabrina Paiuta conta como foi a primeira etapa da Copa Ninja, realizada em Interlagos, no último domingo (10)

Por Leandro Lodo

Sabrina Paiuta

Neste final de semana fomos para a abertura do Superbike series no autódromo de Interlagos e finalmente minha Ninja 300 ficou pronta para disputar a primeira etapa da Copa Ninja, perdi os treinos de sexta feira, pois como é o primeiro ano da categoria, a Target Race teve que trabalhar duro para montar a moto e produzir inclusive as carenagens de competição. Ao contrario do que todos pensam a moto é a mesma que as revendas Kawasaki vendem, colocamos apenas escapamento esportivo, carenagem de fibra, pedaleiras racing (para poder regular a altura), tiramos farol, piscas, buzina, retrovisores e esta pronta!!!

No sábado tivemos a abertura dos treinos classificatórios, tive apenas dois treinos para poder me adaptar com a moto e fazer um bom tempo. Como estava estreando a Ninja 300, fui com muita cautela e precisão para saber o que a moto tinha de diferente da Ninja 250 que competi o ano passado. Assim que consegui me adaptar a moto procurei aproveitar tudo de melhor que ela me oferecia e no primeiro treino do sábado consegui ficar entre os 3 primeiros colocados, isso me deixou bastante confiante, pois era apenas meu primeiro contato com a moto. A moto é bem mais potente, tem uma ciclística incrível, não poderia ser diferente, a Kawasaki fez bonito melhorando o que já era muito bom.

No segundo e último treino do dia era a decisão do grid de largada, então foi importante me concentrar ao máximo para fazer um bom tempo e largar em uma boa posição, tentei de tudo e consegui fazer a minha primeira pole position na motovelocidade, foi uma grande conquista não só pra mim, mas para todos da equipe Mobil Rush Racing. Fiz o tempo de 2.03.449 uma marca ótima para primeiro contato com a moto, acho que no decorrer do campeonato vamos baixar mais ainda o tempo.

Tive um pré-aquecimento, com os personais da Speed Riders antes da corrida, isso fez com que eu ficasse bem preparada, aquecida e confiante para a corrida, mas infelizmente segundos antes da largada levei uma pequena queda que me prejudicou psicologicamente e ainda danificou a carenagem e os comandos da moto. Uma pessoa do staff de outra equipe acabou se movendo de costas e me derrubando na chegada para formar o grid.

Larguei e já na primeira curva a disputa esquentou pela primeira posição, eu e mais duas Ninja 300 brigando e trocando de posição sem parar, emoção total. Ao conseguir escapar da disputa pela liderança e abrir um pouco a distância, acabei sofrendo o segundo tombo, na saída do bico de pato, uma curva de baixa velocidade do autódromo de Interlagos, a moto perdeu tração com os comandos avariados do primeiro tombo não deu para segurar, fui de cabeça no chão e meu capacete LS2 deu a vida por mim.

Fui para o Hospital para fazer um checkup e ter certeza que estava tudo bem, acho que é um procedimento indispensável independente da gravidade de qualquer acidente.

Toda corrida ou treinos vejo como aprendizado e motivação para próxima etapa não só dos campeonatos, mas também da minha vida. Não é fácil lidar com a frustração de perder uma corrida, mas a superação é a melhor vitória de todas, tenho uma grande equipe, amigos maravilhosos como patrocinadores e apoiadores, além de uma torcida muito querida.

Agora é sacudir a poeira e treinar forte para fazer bonito na próxima etapa.

Quero agradecer a todos os meu patrocinadores: Mobil, Ituran, LS2, Dainese, Red Dragon, Orbital, Neo Nutri, post varejos, Speed Riders.

Sabrina Paiuta é considerada um dos grandes talentos da nova geração de pilotos de moto. Acelera forte desde os sete anos de idade, prova que o universo das competições em duas rodas não é exclusividade dos homens.

Fotos: Vinicius Fonseca


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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