Rafael Paschoalin vai disputar corrida das nuvens

Piloto de motovelocidade e de corridas de estrada vai o ser o primeiro brasileiro a disputar a prova Pikes Peak International Hill Climb, nos EUA

Por Aladim Lopes Gonçalves

 
Marcel Mano
 
Depois de estabelecer um marco no motociclismo mundial e nacional como primeiro piloto brasileiro no TT Isle of Man, uma das competições mais tradicionais e perigosas do globo, o piloto Rafa Paschoalin, 32 anos, se prepara para uma subida de montanha extrema.
 
Profissional dos esportes a motor, Paschoalin, será o primeiro brasileiro – mais precisamente o primeiro piloto latino americano, a participar do Pikes Peak International Hill Climb, também conhecida como Corrida Para as Nuvens, que acontece dia 28 de junho em Colorado Springs, nos Estados Unidos.
 
Essa é a segunda corrida mais antiga dos Estados Unidos, que acontece desde 1916 e neste ano comemora 100 anos, perdendo apenas para Indianápolis (1909). Nesse último século o traçado original, com cerca de 20 km e 156 curvas começou sem pavimento e por muitos anos foi misto: asfalto e terra, e desde que foi 100% pavimentada passou a acumular uma avalanche de recordes.
 
“O PPIHC é uma competição incrível e desconhecida pela maioria dos brasileiros. Apenas 100 competidores, 67 carros e 33 motos ou quadriciclos são aceitos. A subida de montanha tem 156 curvas e decorar cada uma delas é mais difícil do que aprender o circuito da Ilha de Man. Sempre quis participar do PPIHC, e conquistar esse feito na edição de 100 anos, será especial”, comenta Paschoalin.
 
A oportunidade para participar com a Yamaha MT-07, surgiu este ano, com a mudança do regulamento para essa edição, que a partir de agora não aceita mais motocicletas com semiguidões, ou seja, apenas motos que tenham originalmente o guidão sobre a mesa são aceitas.
 
Os pilotos e equipamentos precisam superar os efeitos da altitude no PPIHC, onde a largada acontece a mais ou menos 2300 m de altitude e depois precisam cruzar a linha de chegada a mais de 4300 m, onde o ar rarefeito castiga a todos.
 
Paschoalin destaca que entre as dificuldades que irá enfrentar estão a falta de referências para gravar a sequencia interminável de curvas e de treinos, o que dificultam a memorização e aprendizado. “Passar horas assistindo a vídeos onboard pode ser a chave para o sucesso em um evento tão peculiar”, concluiu.
 
Foto: Yamaha (Agência Ideal)/Divulgação

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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