FIM manda carta esclarecimento para CBM
Por meio de seu presidente, Federação diz não reconhecer campeonatos privados aqui do Brasil.
Por André Jordão
Por André Jordão
O Campeonato Brasileiro de Motovelocidade carrega a chancela da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), como todos devem saber, mas após a indecisão que pairou sobre este campeonato em 2009, com a saída da Honda — maior patrocinador —, a desistência de pilotos e o atraso no começo da competição, iniciativas privadas começaram a se organizar para realizar campeonatos particulares, mesmo sem o apoio ou reconhecimento da CBM.
Os campeonatos privados são interessantes, mesmo não sendo reconhecidos pela FIM ou CBM, pois aumentam as possibilidades de pilotos participarem de competições em cada uma de suas regiões, além de diversificar modalidades e estilos. Nem todo o piloto tem interesse em seguir carreira profissional, muitos buscam a competição como lazer ou hobby, o que não diminui o espetáculo ou o interesse do público, daí a vantagem de múltiplos eventos independentes de ser ou não reconhecido pela FIM/CBM. Estas categorias inclusive poderiam servir de base para aqueles que pretendem se profissionalizar e levar o esporte num âmbito profissional. Estas competições privadas em geral, pelo que pudemos ver até agora, vem sendo bem organizadas e estão levando público por onde passam o que é ótimo para o motociclismo em geral, não se pode negar.
Preocupada em esclarecer a situação ou qualquer dúvida quanto as afiliações dos eventos, assim como evitar “mal entendidos” por parte dos pilotos, a CBM, por meio da sua assessoria, divulgou uma carta escrita pelo presidente da Federação Internacional de Motociclismo, o Sr. Vito Ippolito conforme segue abaixo, na íntegra:
19 julho 2010
Nota de esclarecimento
A Federação Internacional de Motociclismo (FIM), como, certamente, já é do conhecimento de todos, é a entidade mundial, reconhecida pelo Comité Olimpico Internacional, responsável pelas atividades motociclísticas, quer as de cunho desportivo, ou seja, de competição, quer as que se refiram ao próprio uso cotidiano. Cabe, com efeito, à FIM, regulamentar, organizar, supervisionar e, acima de tudo, fomentar toda a atividade motociclística internacional, inclusive os Campeonatos do Mundo em todas as modalidades, sendo sua estrutura formada pelas Federações nacionais que, em última análise, a representam em seus respectivos países. Por essa razão, a FIM dispõe, hoje, de mais de cem entidades nacionais espalhadas por todos os continentes, sendo a Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) sua única representante no Brasil, país que hoje ocupa lugar de destaque no cenário motociclístico mundial.
Fomos informados da realização de um campeonato paralelo realizado por uma “superliga” de motociclismo no Brasil. A este respeito cumpre-nos a tarefa de esclarecer que este campeonato, bem como seus realizadores e organizadores não possuem o respaldo legal perante esta entidade, sendo, tampouco, por nós reconhecidos.
Os únicos campeonatos, torneios, copas ou qualquer evento reconhecidos e autorizados pela FIM no Brasil são os realizados ou autorizados pela CBM.
Vito Ippolito
PRESIDENTE
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