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Motovelocidade

Ducati prepara um laboratório de peso para as elétricas!

02 de February de 2022

Texto: Luiz Mingione

O CEO da Ducati na América do Norte, Jason Chinnock, confirmou que a experiência no desenvolvimento da V21L que a empresa está preparando para a MotoE, servirá de base para suas futuras motos elétricas.

No final do ano passado, a Ducati mostrou pela primeira vez a moto elétrica que está desenvolvendo para a MotoE, competição da qual se torna o único fornecedor após a saída da Energica.

Foto: Divulgação

A empresa de Bolonha entra na competição em 2023, o que a fez apressar os testes de desenvolvimento da V21L, nome com o qual foi batizada internamente. O fabricante confirmou agora que, além disso, toda a sua tecnologia será a base para o desenvolvimento das suas futuras motos elétricas.

 

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A V21L terá que acompanhar a Energica EGO Corsa, que é atualmente a única moto utilizada na competição elétrica de duas rodas mais emocionante do mundo. Não será uma tarefa fácil, uma vez que a Ducati partiu do zero neste projeto, tendo de desenvolver quadro, mecânica e até a bateria.

Numa entrevista ao Yahoo Finance, Chinnock, revelou a propósito alguns pormenores interessantes. Garante que é um investimento de pesquisa e desenvolvimento que vai refletir nas futuras motos do fabricante.

Foto: Divulgação

“Seria prematuro aprofundar-me muito em algumas tecnologias neste momento, porque ainda não publicamos muito sobre este produto”, disse Chinnock, acrescentando que “toda a experiência do desenvolvimento da tecnologia será usada para futuras motos”. Revelou o CEO.

Sobre a V21L, a Ducati ainda não divulgou nenhum dado técnico, além das impressões do piloto de testes e desenvolvimento, Michele Pirro que faz parte da equipe desde 2013 e se encarregou de testar o primeiro protótipo no circuito de Misano. Destacou nessa altura a leveza e bom equilíbrio da moto.

Em termos de comparação, a Energica Ego Corsa do campeonato de MotoE  possui um motor elétrico refrigerado a água com potência de 110 kW (equivalente a 147,1 cv), sendo capaz de gerar 220 Nm de torque e atingir velocidades de até 257 km/h. Com essas informações, é de se esperar mais em termos de potência da Ducati V21L elétrica.

Foto: Divulgação

Por sua vez, o pacote de baterias que alimentará o motor elétrico é provavelmente o componente mais complexo a ser desenvolvido para a Ducati. No verão passado, o CEO  Claudio Domenicali, encontrou nela a explicação mais convincente pela qual a empresa ainda não tem nenhuma moto elétrica na sua gama de motos.

“A principal complexidade na fabricação de motos elétricas de alto desempenho e autonomia está na bateria”, afirmou Domenicali, mas assegurando que estão acompanhando de perto a evolução desse componente para avaliar qual a quantidade de energia armazenada que poderá tornar utilizável uma moto elétrica de grande porte.

Foto: Divulgação

“Hoje, as baterias de lítio oferecem ótimo desempenho, mas não podem armazenar uma quantidade suficiente de energia sem o peso da moto disparar, são necessárias compensações entre autonomia e peso.”

Quando as baterias de eletrólito sólido começaram a dar frutos em meados desta década, Domenicali considerou a possibilidade de utilizar essa tecnologia no seu primeiro modelo elétrico.

No entanto, a Ducati precisa desenvolver a bateria sem a tecnologia que Domenicali esperava ter em suas mãos, tal como também sucedeu com a Enérgica. Não a potência, mas sim a autonomia parece ser agora o maior problema a enfrentar, mas certamente será encontrada com facilidade a solução, dado o crescente desenvolvimento das baterias.

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