A era moderna da Motovelocidade faz aniversário em 2022
Vinte anos de história do mais famoso campeonato de motovelocidade do mundo
Por Thiago Dantas
Por Thiago Dantas
O primeiro título mundial de motovelocidade data de 1905, quando o italiano, Alessandro Ambrogio Anzani, projetista, piloto de motocicleta, e empreendedor, foi considerado o primeiro campeão da modalidade ao ter vencido uma corrida chamada "Championnat du Monde de Moto", em 13 de julho, do mesmo ano, no velódromo de Zurenborg em Antuérpia na Bélgica.
Hoje o Campeonato Mundial de Motovelocidade, oficialmente FIM Road Racing World Championship Grand Prix, mais conhecido pelo nome de sua principal categoria, a MotoGP, é a categoria máxima do Motociclismo e o mais antigo Campeonato do Mundo que começou em 1949, seu primeiro ano como competição oficial.
O Campeonato Mundial de Motovelocidade é regido pelas regras da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e é dividido em quatro categorias, MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE. As motocicletas que competem são desenvolvidas exclusivamente para este campeonato e não são comercializadas para o público, diferente de outros campeonatos que utilizam motos de série, como a Superbike.
O primeiro Mundial GP foi organizado pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) em 1949, e desde então o seu potencial como um esporte a motor emocionante e com grande valor econômico, não passou despercebido. Hoje os direitos comerciais da prova pertencem à empresa Dorna Sports que administra o Campeonato do Mundo.
No início, tradicionalmente cada prova do Grande Prêmio, tinham várias categorias de acordo com os diferentes tipos de motocicletas e cilindradas do motor. Houve categorias de 50cc, 80cc, 125cc, 250cc, 350cc, 500cc e 750cc e sidecars categorias, de 350cc e 500cc.
Durante os anos 50 e início dos 60, motores de quatro tempos dominaram em todas as categorias. Mas no final da década de 1960 e início de 70, os motores de dois tempos começaram a se estabelecer nas categorias menores. Deste período em diante até 2002, os motores dois tempos ofuscaram completamente os motores de quatro tempos.
Com a forte tendência de preservação ao meio ambiente, em 2002 foram introduzidos na MotoGP, os motores a quatro tempos, o que significou o fim dos motores dois tempos mais poluentes.
Neste mesmo ano, a categoria começou a substituir as motos de 500cc de dois tempos, permitindo o uso de motocicletas de 990 cc quatro tempos. Em 2010, a Moto2 passou a ser a categoria intermediária, com motores quatro tempos de 600cc. Em 2012 a Moto3 substituiu a categoria de 125cc, por motores quatro tempos de 250cc, e a MotoGP aumentou para 1000cc, que se mantêm até hoje.
Com relação aos pilotos, ao longo dos vinte anos desde a criação da categoria MotoGP vimos muitos talentos competirem, alguns tiveram a sorte de ficarem para a história da categoria como campeões do mundo, outros brilharam, mas nunca conseguiram alcançar o ambicioso título, e ainda hoje novas estrelas continuam surgindo.
Em 2002, no ano de estreia das MotoGP com 990cc, Valentino Rossi era o campeão do ano anterior, um título que o consagrou como último piloto a ser campeão das 500cc dois tempos.
O astro italiano, então contratado pela equipe Repsol Honda, terminou o primeiro ano da MotoGP com motor quatro tempos, com 355 pontos. Rossi dominou por completo em 2002, e nem mesmo Max Biaggi da equipe Marlboro Yamaha Team, conseguiu impedir o compatriota de festejar o título ao somar “apenas” 215 pontos. O terceiro classificado neste ano foi o japonês Tohru Ukawa, Repsol Honda, com 209 pontos. Atualmente, Rossi se aposentou das corridas, mas continua no MotoGP com sua equipe oficial.
Mas não foram apenas pilotos que brilharam nas últimas duas décadas. Diversos fabricantes tentaram sua sorte no campeonato, sendo que alguns permanecem na ativa ou outros simplesmente abandonaram a competição.
Em termos de fabricantes, o ano de estreia das MotoGP com motores quatro tempos ficou marcado pela presença de um total de 6 construtores, Honda, que foi campeã, Yamaha, Suzuki, Proton KR, Aprilia e ainda a Kawasaki.
Quanto às equipes, a campeã foi a Repsol Honda seguida da Marlboro Yamaha Team, e a West Honda Pons fechou o pódio nesta classificação.
Hoje, por questões ambientais ainda mais fortes, a União Europeia comunicou recentemente à FIM que com um prazo a partir de 2024 até 2027 o combustível terá que ser alternativo à gasolina de origem fóssil. Os fabricantes, junto com as equipes, já estão trabalhando duro no desenvolvimento de combustíveis limpos para atender a nova regra imposta pela FIM, como citamos nesta matéria.
Em 2019, estreou o Campeonato Mundial com motocicletas totalmente elétricas, a Copa do Mundo FIM Enel MotoE. Atualmente a categoria usa uma motocicleta Energica Ego Corsa, fabricada pela Enérgica Motor Company.
Mas a partir de 2023, as motos do Campeonato Mundial de MotoE, serão produzidas pela Ducati, a fabricante italiana assinou um contrato com a Dorna Sports, organizadora das provas, para ser o fornecedor oficial e exclusivo das motos esportivas elétricas da categoria até 2026.
Valentino Rossi - 6 títulos - 2002, 2003, 2004, 2005, 2008, 2009
Marc Márquez - 6 títulos - 2013, 2014, 2016, 2017, 2018, 2019
Jorge Lorenzo - 3 títulos - 2010, 2012, 2015
Casey Stoner - 2 títulos - 2007, 2011
Nicky Hayden -1 título - 2006
Joan Mir - 1 título - 2020
Fabio Quartararo - 1 título – 2021
Honda -12 títulos - 2002, 2003, 2004, 2006, 2011, 2012, 2013, 2014, 2016, 2017, 2018, 2019
Yamaha - 5 títulos - 2005, 2008, 2009, 2010, 2015,
Ducati - 3 títulos - 2007, 2020, 2021
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