ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

Métodos práticos e eficazes provocam reações benéficas ao bolso do motociclista

Por Thiago Fuganti

Os altos preços dos combustíveis estão pesando cada vez mais no bolso dos consumidores que utilizam suas motocicletas constantemente. Pensando nessa questão, o MOTO.com.br listou algumas dicas que podem ajudar a reduzir o consumo, ideais para quem busca na motoca também uma forma de economia.

O litro do álcool cobrado hoje  subiu 50% em comparação com o custo médio de 2005, o que interfere diretamente no custo da gasolina, já que nos postos de abastecimento é feita a mistura de até 25% de álcool na gasolina, permitido por lei. Resultado: alta de aproximadamente 10% no custo final.

Mas se o preço nas bombas não muda, é válido então pensar em algumas mudanças benéficas à economia, como a maneira de dirigir. Melhorar a performance com o uso correto e uma boa manutenção da moto é uma ótima alternativa para iniciar o processo de redução do consumo. Além de amortizar os gastos, ajuda a minimizar o uso de petróleo e a poluição disseminada no meio ambiente, proporcional à quantidade de combustível queimado.

Um ponto que interfere diretamente neste assunto é a manutenção, essencial para garantir as características de rendimento e a boa performance. O motociclista deve respeitar a categoria de óleo especificada no manual do proprietário e manter o nível correto. Uma boa lubrificação evita aumento do atrito interno do motor, o qual gera perdas expressivas e diminui a vida útil, além de também diminuir o desempenho, aumentando o consumo.

O Filtro de ar obstruído pode também aumentar o consumo em até 10%. A gasolina aditivada ajuda a manter o sistema de injeção e o motor em geral mais limpo
durante um prazo bem maior. Motor ajustado, carburadores ou sistema de injeção limpo, velas limpas e com folga correta dos eletrodos são outros itens que devem ser verificados.

Diversos detalhes interferem no consumo de combustível. Os pneus, por exemplo, devem ser calibrados conforme especificação do fabricante a cada semana, de preferência sempre quando estiverem frios.

Por causa da pavimentação ruim das ruas, alguns motociclistas optam por diminuir a
pressão dos pneus para obter mais conforto. Porém, a prática ocasiona desgaste irregular dos compostos e faz o consumo de combustível crescer em até 3%, assim como também aumentar o diâmetro do pneu, fazendo com que a moto perda em rendimento, aumentando ainda o atrito, o consumo e o desgaste do motor.

Com relação aos hábitos de direção e pilotagem, o primeiro fator a ser destacado é a
aceleração, responsável pela maior parcela no consumo de combustível. Acelerar suavemente, não esticar as marchas e nem trocá-las prematuramente são atitudes que contribuem para a economia. Quanto mais se abre o acelerador, maior o consumo, principalmente nos veículos carburados. Ficar atento ao trânsito, sempre procurando se antecipar ao que vai acontecer de modo a evitar variações bruscas de velocidade também ajuda.

Nas estradas, a aerodinâmica torna-se um fator de suma importância. Se for utilizar o bagageiro, obedeça aos limites de peso e dimensões da carga. O excesso de
velocidade também é tão prejudicial à segurança quanto ao consumo de combustível.

Hábitos de planejamento contam pontos adicionais para a economia. Evite andar logo após ligar a moto pela primeira vez no dia, já que se gasta mais com o motor frio. Evitar pontos de congestionamento também ajuda, e andar com o tanque vazio gasta mais, pois se aumenta o processo de evaporação e possibilita maiores chances do acumulo de sujeiras.

A matemática do consumo

Para obter os dados de consumo de sua motoca, basta encher o tanque (de preferência, preste bem atenção ao nível de gasolina na parte interna do bocal), zere o hodômetro parcial, rode aproximadamente meio tanque e veja quantos quilômetros rodou.

Em seguida, reabasteça, pegue os quilômetros rodados e divida pelos litros que entraram no tanque no momento do “reabastecimento” — é recomendável reabastecer no mesmo posto, por questão de inclinação do terreno. Os dados podem ser obtidos em parâmetros urbanos e também nas estradas.

Com este método também é possível chegar a um número próximo da autonomia total da moto. Assim você pode mais tranqüilamente planejar seus reabastecimentos nas viagens mais longas.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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