3° Via Porto Moto Turismo: Primeiro relato

Jerre viaja com uma Titan 150, que já tem 200.000km, mas ele destaca ''é só meu meio de ir''.

Por André Jordão

Um cara comum para quem cada vez mais a aventura está se tornando um estilo de vida. Se pararmos para pensar que existe um mundo de fantasias dentro de cada pessoa, partir para o desconhecido pode se transformar em uma atração.
 
Viajo de motocicleta, e rodar de moto vale não apenas pelo lugar a ser visitado, mas também pela sensação de liberdade que a viagem em si proporciona.
 
Não importa cilindrada, tamanho, o que vale é poder estar sentindo o prazer de estar rodando e um horizonte para seguir. Uma grande parte de minhas aventuras são solitárias estrada afora. Não existe regra.
 
Quando se viaja sozinho, você faz suas próprias paradas para descanso, dependendo somente do seu limite. Fotografa o que quer e quando quer. Mas não abro mão de pegar uma estrada com os amigos também. Afinal ali naquele espaço dentro do capacete, você fica consigo mesmo, independente de quantos rodam contigo.
 
Para a turma que não me conhece, além de viver pegando a estrada e escrevendo, organizo tours para quem curte a mesma coisa que eu: estradas, natureza, gastronomia e aventura. Mas vamos ao que interessa, as estradas e ao 3° Via Porto Moto Turismo.
 
No sábado, dia 9 de janeiro, a partir das 8h, a Via Porto, revenda Honda foi o ponto de encontro da galera de moto turistas que seguiu com destino a Santa Maria do Herval/RS, distante 80km daqui de Porto Alegre/RS. O tempo estava extremamente carregado para chuva. "Bom, então vamos tomar um café oferecido pela revenda enquanto aguardamos o resto da turma e decidimos o que fazer", pensei.
 
Como a chuva acabou por não vir e todos estavam querendo ir para a estrada, a saída aconteceu às 9h30min e, desta vez, o roteiro era para curtir natureza, seguindo as curvas até o Morro Reuter/RS, com uma estrada úmida e colorida pelas hortênsias em seu entorno.
 
A primeira parada foi já no Belvedere, que fica na BR 116, de onde se tem vista panorâmica do Vale do Rio dos Sinos e região metropolitana de Porto Alegre. O local fica na chegada de Morro Reuter/RS.
 
Alguns dos participantes do passeio, como o Paulo, até reclamaram pois não havia chovido. Ele havia comprado um traje para chuva e queria inaugurar - é ruim hein!
 
A outra  pequena parada foi  logo no inicio da VRS-833, no Atelier Edelweiss, da artista plástica Lenira Siegle, de onde se tem uma vista privilegiada. Como a casa fica em torno de 700m do nível do mar, pode-se avistar as cidades dos arredores além, é claro, as obras do seu atelier e onde foi feito o “salsipão” no retorno do percurso.
 
A estrada tem vários pontos com ótimo visual dos vales e belas curvas. O almoço foi no Restaurante Colonial Kieling, caseiro, para só após então prosseguirmos com o passeio.
 
Atravessamos a cidade e já nos dirigimos para a Cachoeira dos Bugres. Ali, uma queda d'água de aproximadamente 10 metros de altura com acesso extremamente fácil, que fica em conjunto a Caverna dos Bugres, onde no passado foi habitada  por índios caigangues, logo o nome dos Bugres . Local muito bonito, muitas árvores e o agradável barulho da cachoeira.
 
Aprovado pela turma, fotos e mais fotos, sorteio de alguns brindes bem em frente a cachoeira, tudo fácil e um espetáculo de visual.
 
Cascata do Herval foi a visita seguinte, com seus 125m de queda d’agua. Agora sim a turma teve que fazer um esforço, pois da parte superior da cachoeira avista-se só uma pequena parte. Ao lado existe uma pequena trilha, estreita, que deve ser feita com cuidado dando acesso a parte de trás da queda d’agua. Um belo espetáculo, é uma descida que vale a pena.
 
No retorno  passamos no atelier do Flávio Scholles, que fica no topo de uma elevação.
 
Como ainda tínhamos tempo disponível, fomos ao topo do Morro da Embratel, em Morro Reuter/RS, com uma elevação de 700m acima do nível do mar. Com vista panorâmica para várias cidades.
 
Em resumo, a turma passou o sábado observando tudo das alturas.
 
Chegou a hora de um belo salsipão, antes do retorno, lá no Atelier Edelweiss, da Lenira.
Já aproveito para comentar que o próximo relato será noturno. Vou mudar um pouco!


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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