Acabaram as qualificatórias regionais do BMW GS TROPHY 2021

As qualificatórias acontecem no Brasil em três regiões diferentes devido a grandiosidade de nosso país mas, mais ainda, pela importância que temos para a BMW Motorrad. 

Somos um mercado muito importante para a marca a ponto de termos a única fábrica dedicada 100% a motocicletas fora da Alemanha que, no mês de outubro de 2021, com 5 anos de existência chegou a marca de 80 mil motocicletas produzidas, 99% do portfólio da BMW Motorrad Brasil.

E não precisamos ir longe para confirmar esse número, basta sair para dar um passeio que “esbarramos" em uma moto da marca.

Pois bem, com isso, o GS Trophy é uma competição que tem tudo a ver com nosso país, até porque já enfrentamos vários “GS Trophys" diariamente em nossas vias mal cuidadas, ruas completamente irregulares e repletas de lombadas, trânsito caótico, e por aí vai…Particularmente acho que uma prova do GS Trophy é muito mais segura que nosso dia a dia.

Para se ter uma idéia, a nossa vizinha Argentina que não é pequena e sempre leva bons representantes, organizou uma pré-qualificatória que selecionou 3 participantes para disputar em Dezembro no Chile, a qualificatória regional com mais 6 países da América Latina. Dessa qualificatória sairá o  representante do Time Latino Americano.

Devido às dimensões e logística, esse é o segundo ano que ocorreram classificatórias regionais no país, sendo 2019 a primeira vez.

Foram divididas em Qualificatória Sudeste que ocorreu em Elias Fausto (SP) (09 e 10 de Outubro), Centro-Oeste em São Sebastião (DF) (23 e 24/outubro) e Qualificatória Sul em Quatro Barras (PR) (06 e 07 de Novembro). 

A agenda foi divulgada com pouco tempo para as pessoas se organizarem com os compromissos, devido a isso muita gente não pode participar. Além disso, por ser a primeira etapa, muitos deixaram de se inscrever por não conhecerem o evento e não saber o que envolve ou até para não servir de “cobaias", mesmo o Brasil já tendo participado de outras três etapas. O reflexo disso se deu em Elias Fausto com 26 inscritos.  Desses 26, apenas uma representante feminina que já chegou classificada, deixando 25 marmanjos para disputarem 20 vagas.

O mesmo aconteceu em Brasília, ou seja, dos 29 inscritos, as duas mulheres presentes foram classificadas para ir a Amparo só pela coragem de estar participando, deixando 27 homens para disputar outras 20 vagas. 

Talvez pelo fato de ser mais longe e exigir mais tempo fora, acabou dificultando a participação de mais gente.

Faltava a etapa do Sul, que aconteceu em Quatro Barras no Paraná. Essa etapa foi a mais concorrida e a única que lotou, e rápido! Alguns imprevistos sempre podem acontecer e houveram 3 ausências, deixando o número de participantes em 47 no total, sendo 4 mulheres.

Foram 20 vagas disputadas por 43 homens, as chances de classificação eram altas também e a prova foi bem disputada.

A montagem da pista foi feita pela TSO com profissionais super qualificados e experientes, o que rendeu entre os participantes só elogios!

As provas seguiram um padrão de exercícios que vieram da BMW Motorrad e, todas as qualificatórias têm que trabalhar no mesmo padrão.

Os sessenta e seis classificados para as finais se encontrarão no final de semana do dia 20 e 21 de novembro na cidade de Amparo para definir quem serão os três representantes do Brasil que irão para a Albânia em 2022 e as duas mulheres que estarão disputando uma vaga também!

As mulheres irão se classificar  por pontos da seguinte maneira:

Em todos os países participantes existem participantes mulheres que, somando a pontuação das duas primeiras na classificação geral, chega-se a um número de classificação do time de cada país. Esse número entra na classificação mundial e, os seis melhores times classificados carimbam o passaporte para a Albânia.

O fator Covid gerou muitas dúvidas quanto ao acontecimento do GS Trophy e também, em como realizá-lo, com as qualificatórias foi o mesmo.

A falta de previsibilidade foi um fator que complicou muito e levou a BMW Motorrad Brasil a se programar para fazer eventos apenas com os participantes, sem público assistindo e muitas outras coisas mais.

Eu participei de três qualificatórias competindo e duas finais, confesso que fiquei e estou super chateado com essas limitações e de não poder ter ido em nenhuma qualificatória para assistir torcer e viver essa energia única, mas… separando o pessoal do profissional, entendo os motivos, respeito e concordo com a maneira que está sendo feito. Se fiquei feliz, obviamente que não mas, estou conseguindo separar e torcendo para os amigos de longe!

Vamos para a final, agora é isso que interessa! Todos os participantes já entenderam o espírito e na final é onde as emoções vão ao limite!

Boa sorte Trophers!