Flathead Speed Shop: Tudo começou como uma brincadeira
Alberto Miranda é um grande entusiasta e especialista no mundo custom e suas vertentes de estilo e cultura
Por Alexandre Ciszewski
Por Alexandre Ciszewski
Alberto Miranda
Tudo começou como uma brincadeira, e agora a coisa ficou séria... Os brinquedos do Beto Vetrano viraram o trabalho dele.
No começo, lá no ano de 2013, a ideia era abrir uma loja pequena para vender roupas para o público biker e aí nasceu a primeira loja, num mercado de Sorocaba (SP), feita do vidro e alumínio, com um estoque limitado e com apenas um funcionário. Na Flathead Speed Shop você podia comprar camisetas com estampas e cores bacanas, roupas especiais para motociclistas, algumas peças novas e muitas usadas, assim foi como o Beto foi se tornando “o cara”... Sempre que você perguntava alguma coisa na internet, ou ele respondia, ou alguém falava “o Vetrano tem”. Isso acontece até hoje. Beto “é feio”, mas é um cara inteligente e ele viu que o grande negócio está na internet e ele soube aproveitar essa ferramenta desde o começo. Seja de Sorocaba ou não, com certeza, você escutou falar do Vetrano...
O Flathead Kustom Weekend foi uma festa organizada pela loja no mercado (lembrem, pequeno) onde mais de 5.000 pessoas acabaram com o estoque de cerveja, carne, pipoca e tabaco das lojas do entorno, só sobrou vontade de mais festa. O evento ocupou o mercado inteiro e lá puderam expor e comparecer muitas pessoas relevantes do mundo kustom, comprar e vender peças... Foi um sábado memorável que eu curti para caral***, embora ficasse com sede e fome. Falando disso, Betão, quando vamos ter um desses de novo?
Pouco tempo depois da festa, a loja teve que fechar, a família do Beto precisava dele e a Flathead ficou apenas como loja online por oito longos meses... Mas o sangue italiano do Vetrano e a sensação de saco cheio das oficinas (por se sentir literalmente enganado), sem ter para onde levar as próprias motos, abriu uma oficina, junto ao “Bolado”, o Felipe Haddad. Nesse momento entrou na brincadeira o cara mais sério do planeta, o Julio Nardini, experiente mecânico com muitos anos de oficina e mãos de ouro (ou óleo, não sei muito bem o que falar, kkkk...).
Aí nasceu a oficina, especializada na marca Harley-Davidson, com umas premissas que muitos esquecem: não mentir para o cliente e não fazer gambiarra. Hoje, pouco mais de um ano depois, o trabalho está aumentando exponencialmente, pintura, mecânica, peças, acessórios, roupas... A equipe foi ampliada e a oficina hoje ocupa 2/3 do espaço. Fazem projetos de customização, manutenção, consertos... A Flathead é revendedora de grandes marcas nacionais e importadas, tudo garantido pelo sague italiano e o sorriso do Bolado.
Minha velha moto vai nessa oficina, sim, mas já vi motos zero entrar nela para serem “enfeitadas”, customizadas ou até abençoadas...
“Atender bem te garante a venda futura, falar a verdade não te faz gaguejar nem ter medo de perder um cliente, ao contrário, já perdi vendas caras com ideias que o cliente queria, mas que ia ficar feio ou sem ciclística”, diz Vetrano. “Vender por vender não importa, o realmente importante é ver a moto na estrada e rodando”.
Os três amigos da Flathead terminaram nossa entrevista falando uma frase que explica o sucesso dessa loja: “Fazemos o que gostamos”. Eles gostam mesmo, imaginem, o Felipe aprendeu pintar motos e capacetes depois de abrir a oficina Flathead e o cara “manja” de tintas, fitas e flakes quase tanto como de nutrientes, dietas e exercícios de academia...
Resumo, a Flathead está aberta para você visitar e conferir que eu não estou falando nenhuma mentira...
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