Falta muito???

Nossa colunista, Lu Thomaz faz uma bate-e-volta até Santos para prestigiar o 1ª Valongo Motos Clássicas

Por Leandro Lodo

Lu Thomaz

Sábado 09:00 no Habbi`s da Anchieta, assim ficou combinado, apesar do meu protesto, gosto mais quando os Malvadões marcam a saída da velha e boa padaria TM.
Meu cangaceiro não pode nos acompanhar, mas emprestou a máquina fotográfica, e deu o alvará de soltura com as recomendações de sempre entre elas: sem cair, nem correr, nem morrer.

Era só um bate-e-volta em Santos para prestigiar o 1º  Valongo Motos Clássicas

Digo que foi uma saída feliz, a Tata me recebeu com um copo de café (da garrafa térmica que brotou nas malas da Ultra), Eu ainda estava de cara amassada, daquela que só cura com café de beira de pista.
Revi a turma e fui até o posto abastecer a Preta! Me acompanharam o Pedro com sua Shovel impecável de placa preta e o Marcelo com a GC bolinha café-racer.
Os Malvadões também tiraram as velharias da garagem, o Rogerio foi com a Galo (milaaaaagre! rsrsrs) e o Alê com a Kawazaki Z1000 (não é milagre)
Na ida o Eullão puxou o “Trem Sobrenatural”, não sei por que raios acabamos descendo pelo Anchietão mesmo.

A descida foi tensa, o trânsito nos obrigou a trafegar pelo corredor, de quebra tinha bastante neblina e pista úmida.
Na serra um pessoal que estava de speed, resolveu que nem matando poderia andar atrás de mim.

Dei passagem para evitar fadiga, mas já fiquei de birra, visto que se tratava de um pessoal amigo do amigo de alguém da turma e blá blá blá...

Acabou que “lerdiei” e fiquei para trás, então, aquele gostinho de viajar com meus amigos já era...e lá ia eu pensando mil impropérios dentro do meu capacete , quando avistei  o Nick à bordo da Virago no meu retrovisor ehehehe (até deu saudadinha da Morgana, viraguinho que foi minha 1º moto, depois roguei uma praga no Nick, que a próxima motoca será uma HD).

Voltando aos protestos, tudo bem que o “trem sobrenatual” está longe de ser uma organização espartana, porém é divertido e nos entendemos bem.

O evento foi no centro histórico de Santos, na estação do bondinho, como eu já estava com humor de galo de briga, nem quis andar de bondinho, meu plano era enfiar aquela turminha de speed no bondinho e jogar para Iemanjá cuidar ... pronto falei.

Deixando a rabugice de lado, encontrei muita gente bacana, já na chegada topei com o velho amigo Wash, também vi o João do MotoNauta  a quem chamo de Tio Gordo, falei também com o  Edelto ( dono do finado Postinho,  lava-moto e balada biker em Sampa-  bons tempos ) o cara disse que vem surpresa por aí ..  O Jacaré apareceu mais tarde com os meninos dos Corujões MC.

As motos clássicas estavam bonitas e muitas raridades inglesinhas, japonesas e alemãs e americanas marcaram presença, tinha banda ao vivo e o clima do lugar é bem retrô.

Logo descolamos um boteco bem botequento para tomar um café, a coxinha não deu coragem. O Alê não gostou do café e tomei o dele e o meu.

Muitos motoclubes da baixada também foram visitar as velharias e prestigiar o evento.

A ressalva ficou por conta umas criaturas acelerando speeds, não era mesmo o meu dia.

A turma logo fez uma saída estratégica pela direita, subimos a rua a pé, passamos em frente a Bolsa do Café de Santos, a arquitetura do centro histórico é linda, mas precisa de investimento e revitalização.

Os únicos cafés abertos eram o da Bolsa e o Café do Feirante, ficamos com o segundo, a Adriana responsável pelo estabelecimento,  recebeu bem a turma, e lá sim dá coragem de comer os diversos quitutes da vitrininha.

O Alê deu azar de novo com o café, o dele nunca chegava rs..rs.. rs

O Renatinho e mais uns cabras visitaram o museu da Bolsa do Café, não topei, que cismei que estava de mau humor, mas arrependi...

Ainda à pé encontramos o pessoal do Paesanos MC  que desceu um pouco depois da gente, a Dani e Bretta também estavam, êita casal biker,  tem até uma foto bem legal dos pombinhos encardidos no trilho do bondinho.

Fiquei devendo um doce de café para o meu cangaceiro, mas fiz uma danadice roubando para ele uma rosa branca da decoração de um casamento na igreja ao lado do evento.

A flor chegou para lá desbeiçada... mas foi bem recebida.

Paqueramos mais umas clássicas, mas nesta altura, eu e o meu humor de galo de briga  já estávamos feito criança perguntando: Falta muito?

- Não Lu, falta pouco.

Não tardou descobrir que tínhamos quórum para subir a serra (chique quórum né?!)

A volta foi feliz, voltamos pela Imigrantes, melhor assim  porque a neblina estava de cortar com a faca, gosto mais descer pela Imigrantes e subir pelo Anchietão, que sempre me leva pra casa.

Na imigrantes,  registrei uma cena ímpar!

O Luis atarracado na Yamaha TX sacou elegantemente um lenço branco para enxugar a viseira, o cara é inquestionavelmente um lord, e para esnobar ainda emprestou o lenço ao Mollambo, outro lord, que acelerava a miliduque vermelha, cena bacana de ver (mas essa ficou só na mente).

Na região do ABC estava um solzinho gostoso (inacreditável, visto o ABC é a casa dos monstros e sempre está tempo feio).

Aí sim, paramos na TM para tomar os “cafezes” de sempre.

Sweet Home São Bernardo, desta vez gostei mais da volta que da ida.

Making-off

O evento estava bem legal, mas eu estava terrível.

A padaria de sempre chama Bella Imperial, devido a sua localização ganhou apelido de TM

Desta vez tem foto do Trem Sobrenatural na estrada, graças a Adélia esposa do Tatu, já as minhas fotos, invariavelmente lamentáveis. (o caso é que ainda não consegui colocar os olhos nas fotos que a Adélia tirou...rs ... rs...)

Malvadões obrigada pela paciência que eu tava rabugenta até não poder mais.

Saudações Encardidas,

Lu Thomaz é uma motociclista inveterada, encardida e “harleyra” de carteirinha, uma verdadeira apaixonada por motos clássicas. Assumiu o guidão em 2001 e não largou mais. Hoje é uma grande colecionadora de viagens e causos sob o ponto de vista feminino. Blog: http://blogdaencardida.blogspot.com Email: [email protected]


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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