Rolaram no último fim de semana, no kartódromo de Interlagos (SP), mais duas etapas da Husqvarna Super Cup em conjunto com o Imocx Weekend, mega evento organizado pelo Grupo Izzo.
Por problemas pessoais, não pude participar da corrida do sábado, mas não deixei de marcar presença no domingo. Estava frio demais, garoando alternadamente com chuvas esparsas. E como definiu meu amigo e concorrente Marcelo “Soneca” Bove, a prova com pista molhada foi como andar sobre o fio da navalha.
Os treinos começaram já com piso molhado. O traçado tinha que ser totalmente diferente daquele que estamos acostumados a andar e ainda rodamos no sentido inverso da pista do kartódromo. Era minha primeira prova na chuva e eu pensei que seria um terror, principalmente porque nunca gostei de corridas debaixo d’água, nem no Motocross que é a minha praia.
Como novato na categoria, ainda tenho muito que aprender. Apesar das previsões de chuva para o fim de semana, acabei colocando pneus novos na moto, achando que seria o melhor. Me dei mal.
Os compostos zerados, com cera e sem pegada nenhuma me prejudicaram. Tentei sem sucesso uma lixada nos pneus, mas pouco adiantou e acabei andando com os pneus super lisos, o que diminuiu meu desempenho.
Esta etapa teve uma emoção a mais do que todas as outras que participei, pois finalmente tive ao meu lado como companheiro de equipe o Patrick Teixeira, meu companheiro nas corridas de cross e meu filho do meio. Foi o maior barato estrear o moleque no SM e ele curtiu demais. Conseguimos um macacão emprestado com o Carlãozinho Coachman, do Grupo Izzo, de última hora e lá estava ele, alinhado no grid comigo. Foi nota dez!
Fizemos os treinos livres tentando aprender como se dirigia aquilo na chuva e não era nada fácil. O Marcelo definiu bem a situação: Era mesmo o fio da navalha. Muitos tombos, mas muitos mesmo. Tudo que eu queria era ficar de pé e não me machucar, afinal se recuperar de contusões a esta altura da vida não é nada fácil. Assim fui levando.
No primeiro ensaio livre, fiquei com o sexto tempo na geral e quarto na categoria SM2. O resultado se repetiu no segundo treino livre. Fomos então para a tomada oficial, eu já estava mais solto e relaxado. Sendo assim, fiz o segundo lugar na SM2 e o quarto na geral. Nada mal! Pensei que estava muito acima de minhas expectativas. O moleque largou mais atrás, em nono na geral. Ele tomou um rolinha, mas nada grave e aí fomos para a largada.
Os dois primeiros colocados do grid eram Rafael Paschoalin e Rômulo Onça, pilotos oficiais Husqvarna para o SM1, MX e Cross Country e com seus canhões os tempos deles eram bem mais rápidos que os nossos. A fim de dar mais emoção à prova, eles largaram em último e penúltimo, assim acabei largando na primeira fila e em segundo lugar. Foi da hora!
Bandeirada de largada e fomos nós. Fiquei metade da prova em segundo até que o Marcelo Bove começou a vir para cima. O Philippe Thiriet, que estava em primeiro, abriu um pouco e fiquei meio sozinho até o Marcelo pressionar.
Dei umas duas erradas e ainda uma derrapada na entrada da reta a uns 90 km/h, quando pensei: “É melhor deixar a vaca louca passar senão vou acabar me machucando nisso aqui”. Ele me ultrapassou e foi à caça do líder, mas não conseguiu chegar. O moleque tocou redondo do começo ao fim e venceu a SM2 sem ser ameaçado.
Marcelo terminou em segundo, seguido por mim. Meu filho Patrick acabou num bom sexto lugar em sua estréia e quem venceu a SM1 foi o Paschoalin, seguido pelo Onça. Ambos nos passaram no meio da prova e sumiram na frente.
Não tenho ainda informações sobre a classificação do campeonato, mas sei que perdi a oportunidade de pontuar no sábado e minha classificação geral ficou prejudicada, mas o mais importante de tudo foi competir e não me machucar.
Fiquem ligados no canal do MOTO.com.br que mais novidades vêm por aí.
Até a próxima!
Equipe MOTO.com.br
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