Venda de motos cresceu 12,69% em 2008
Resultado ficou abaixo do previsto. Para este ano, Fenabrave projeta crescimento de apenas 1,70%.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Arthur Caldeira
Abaixo do previsto, porém melhor que o esperado. Este foi o balanço das vendas de veículos em 2008. Em todos os segmentos — automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários —, os emplacamentos de veículos no ano passado cresceram 14,15% em relação a 2007, segundo os dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Mais especificamente no mercado de motocicletas, o crescimento foi de 12,69%. No total foram emplacados 1.925.514 veículos de duas rodas entre janeiro e dezembro de 2008, contra 1.708.640 no ano anterior. Resultado considerado satisfatório, mas ainda abaixo das expectativas iniciais do mercado, que previa a venda de mais de dois milhões de unidades em 2008.
“O desempenho das vendas de veículos novos foi muito melhor do que imaginávamos há 90 dias, quando os negócios começaram a retrair”, afirma Sérgio Reze, presidente da Fenabrave.
Prova disso é que depois de dois meses de retração, a venda de motos voltou a subir em dezembro. No último mês do ano foram vendidas 143.376 motos, um aumento de 15,46% se comparado a novembro de 2008, quando apenas 124.176 unidades foram emplacadas.
Previsões mais otimistas
Com os resultados obtidos, a Fenabrave reviu suas previsões de retração no setor. Antes a entidade projetava queda de até dois dígitos nas vendas de veículos novos. Agora, projeta crescimento geral de cerca de 3% no setor.
Para Sérgio Reze, as medidas do governo, como redução de impostos e liberação de linhas de crédito, ajudou a impulsionar as vendas, além de transmitir confiança ao consumidor.
“Só poderemos confirmar essa tendência nos próximos 60 dias, mas acreditamos que, mantidas as condições atuais, o mercado deverá sair da queda para um crescimento moderado, o que é ótimo, pois representa mais de 700 mil veículos”, avalia.
Segundo as previsões, o setor de duas rodas deve ter o menor crescimento nas vedas: somente 1,70 %, podendo chegar a cerca de 1.960.000 motos vendidas. “O consumidor de motocicletas tem menor poder aquisitivo e foi prejudicado com o crédito mais complicado e também com os juros mais altos. Nesse cenário, o consórcio é uma opção, mas ainda leva um tempo até que as concessionárias se adaptem”.
Para a entidade, a recusa na ficha cadastral pelos bancos ainda é elevada, assim como os juros praticados nos financiamentos. Mas as férias coletivas das montadoras e as medidas do governo ajudaram a controlar a pressão no setor.
“Os números da previsão são extremamente positivos. O país ainda tem condições de crescer muito nos próximos 15 anos. Temos muito tempo para atingir a maturidade do mercado”, conclui Reze.
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