Suzuki V-Strom 650 XT ABS chega por R$ 34.920

Modelo aventureiro tem rodas raiadas e apetite Off Road para enfrentar a concorrência no segmento de motos big trail

Por Aladim Lopes Gonçalves

Cícero Lima

O segmento de motos aventureiras vai muito bem. É um mercado que oferece quase uma dezena de modelos e 20 variações. Até o final de julho, o modelo mais vendido entre essas motos é o mais caro: BMW R 1200 GS. Foram emplacadas 1.632 unidades do modelo alemão que tem preço inicial de R$ 69.900. Esse é apenas um exemplo da importância do mercado de aventureiras que, nos primeiros sete meses de 2015, movimentou perto de R$ 500 milhões.

Para abocanhar uma fatia desse seguimento, a Suzuki lançou uma versão mais aventureira da V-Strom 650, chamada V-Strom 650 XT ABS. O modelo chega ao País com preço público sugerido de R$ 34.920. Além de características importantes para agradar aos entusiastas do turismo fora de estrada. Um exemplo é a roda raiada de 19 polegadas na dianteira (capaz de receber pneu sem câmara), sistema de freio ABS, paralama “bico de pato” e parabrisa regulável em três posições.

Sua motorização, com dois cilindros em “V”, oito válvulas e refrigeração líquida o diferencia das demais motos à disposição. Sua potência máxima é de 69 cv (a 8.800 rpm) e o torque de 6,12 kgf.m (6.400 giros) a credenciam para brigar na categoria. Seu desempenho a colocam em vantagem contra as monocilíndricas e não está tão longe das concorrentes mais potentes (e caras).

O sistema de freios usa dois discos de 310 mm na frente e disco simples (260 mm) na traseira. Para aumentar a segurança, a nova Suzuki já vem com sistema ABS de série. Já as suspensões são convencionais: garfo telescópico na dianteira, com curso de 150 mm, e balança traseira com curso de 160 mm. Na 650 XT é possível regular a pré-carga da mola e o destaque é o conjunto traseiro, que pode ser regulado apenas com o uso de uma “borboleta”.

Se a nova Suzuki traz diversos equipamentos que agradam aos aventureiros, a moto terá de lutar contra a tradição da Yamaha Ténéré. Custando R$ 33.680, a XTZ 660 Ténéré traz ABS de série e roda raiada com aro 21 na dianteira. A desvantagem fica para seu motor de um cilindro que tem desempenho inferior: 48 cv de potência máxima a 6.000 rpm e 5,92 kgf.m de torque a 5.500. Contam também a favor da Yamaha Ténéré a maior rede de concessionários e, claro, o preço menor.

Por falar em preço, se essa não for uma preocupação do motociclista, o mercado oferece opções bem mais sofisticadas e potentes. Um exemplo é a inglesa Triumph que oferece versões da consagrada Tiger 800, a partir de R$ 37.690 – caso da XR. Seu motor de três cilindros em linha oferece 95 cv de potência máxima e torque de 8,06 kgf.m nas 7.850 rpm – tem rodas de liga-leve, mas já vem de fábrica com controle de tração e freios ABS. Caso faça questão de ter uma roda raiada o motociclista terá de investir pelo menos R$ 40.790 para ter a versão XC na garagem.

Por R$ 43.350 já é possível comprar a BMW F 800GS (versão Premium), o modelo traz roda dianteira raiada e adotou também um bom nível de tecnologia embarcada. O motor de dois cilindros paralelos (798 cc) oferece a potência máxima de 85 cv (a 7.500 rpm). O torque máximo de 8,3 kgf.m está disponível em 5.750 rpm.

Apesar das concorrentes, a Suzuki V-Strom 650 XT ABS tem atributos para fazer sucesso, a começar pelo motor de dois cilindros de funcionamento suave e bom desempenho, o mesmo utilizado na V-Strom standard e na Gladius. Assim como sua irmã mais comportada, a V-Strom XT oferece maior proteção aerodinâmica e conforto. Com tudo isso, e pelo seu preço, o maior obstáculo para o sucesso da nova Suzuki talvez seja a falta de divulgação do produto e a estratégia tímida da empresa no País.


Fonte:
Agência Infomoto

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