Sundown se reorganiza para dar a volta por cima

Com mudanças na estrutura e uma nova gestão, a marca quer voltar a figurar entre as primeiras forças no mercado de duas rodas

Por Aladim Lopes Gonçalves

Aldo Tizzani

Crise mundial no final de 2008, problemas de fluxo de caixa, desentendimentos entre os sócios, além de alguns atritos com o fornecedor chinês. Estes foram os principais fatores que levaram a Sundown Motos ladeira a baixo. De terceira força do setor de duas rodas, a marca despencou para o quinto lugar no market share do segmento, com 0,90% de participação.

Em 2010, a Sundown vendeu apenas 16.259 unidades. Neste período quem ganhou mercado foi a Suzuki (3,09%) e a Dafra (2,77%). Em ritmo de crescimento, a Kasinski também incomoda, e muito. No balanço do ano teve 14.439 motos emplacadas, o que representa 0,80% de participação de mercado.

O processo de reestruturação societária na qual a companhia se submeteu ao longo dos últimos meses registrou importantes desdobramentos nesta virada de ano. As empresas ESB (Edilson Binotto) e Phenix (Fernando Buffa) concluíram o processo de aquisição das ações do Fundo de participações Tophill e conjuntamente passaram a deter 78,28% do capital da Brasil & Movimento (detentora das marcas Sundown Motos e Sundown Bikes), tornando-se, desta forma, os novos controladores da empresa. A Holding Airumã com 14, 77% e a empresa SWN com 6,95% completam a sociedade.

Como Fernando Buffa, novo presidente da marca estava em viagem ao exterior, conversamos com Rodney Teruel Carvalho, diretor Comercial e de Marketing da Sundown Motos. Segundo a assessoria de imprensa da marca, o novo presidente da montadora deve convocar os jornalistas para uma coletiva de imprensa que deve acontecer ainda em maio.
 
INFOMOTO – A Sundown já foi a terceira força do mercado de duas rodas. O que a empresa pretende fazer para voltar a ocupar este posto?

Rodney Teruel Carvalho – Várias ações estão sendo tomadas. Gostaria de destacar algumas como, por exemplo, o fortalecimento da atual rede de concessionários, o credenciamento de novos concessionários, lançamentos de produtos com alta qualidade e tecnologia e ações de marketing para demonstrar os novos valores da “marca” perante aos clientes e fornecedores.
 
Haverá uma completa reformulação na linha de produtos?

RC - Não, pois manteremos todos nossos atuais produtos em linha, uma vez que, os modelos possuem plena maturidade técnica e grande aceitação comercial. Reforçaremos nosso portfólio com novos produtos que atenderão outros nichos de mercado, ampliando significativamente a atuação da marca Sundown no segmento de duas rodas.
 
A Sundown terá novos fornecedores chineses, além da Qingqi?

RC - A Sundown já possui novos fornecedores chineses, porém, vale ressaltar que todos os produtos Sundown são desenvolvidos e aprimorados por engenheiros da própria Sundown, o que nos permite dizer que nossos produtos são brasileiros como você.
 
Nesta nova fase, a Sundown manterá o centro de desenvolvimento de produtos na China?

RC - Sim, nesta nova fase a Sundown priorizará a prestação de Serviços (Pós-Venda), inovações tecnológicas e design, para isso o centro de desenvolvimento de produtos da Sundown na China torna-se fundamental.
 
Quantas revendas a Sundown têm hoje? E quantas quer ter a médio/longo prazo?

RC - A Sundown possui hoje 180 pontos de atendimento e terá ao final de 2012 mais de 300 pontos.
 
Como será a participação da Sundown no Salão Duas Rodas deste ano, que acontece em outubro?

RC - Será nosso maior investimento em marketing no ano de 2011, este Salão Duas Rodas será muito especial para a “Nova Sundown”, estaremos em uma área de aproximadamente 1.000 m², o que significará a maior participação da Sundown em sua história de eventos.

Fotos: Arquivo Infomoto e Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto

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