O "Rolls Royce" das Scooters existiu!
Bombardeios, carros, motos, bicicletas e scooters, surgiram todos da mesma fonte!
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
O Rolls Royce das Scooters
Entre as duas guerras mundiais havia uma empresa muito bem sucedida que construiu algumas armas de guerra muito temidas que, num futuro próximo, devastaria Londres no início da guerra. A frente dessa empresa estava Ernst Heinkel.
Esse alemão construiu seu primeiro avião em 1910 e, nele mesmo, se acidentou gravemente no ano seguinte. Ganhou um emprego em outra fábrica de aviões, mudou para outra e assim foi para, em 1922 fundar a Heinkel.
Sua fábrica produzia aviões e, mesmo sendo oposição a Hitler, acabou desenvolvendo projetos de aviões de guerra. Foi preso pelos aliados e conseguiu provar que era oposição ao alemão. Foi solto mas, sua empresa foi mais uma proibida de produzir aviões.
Ele se reinventa construindo meios de transportes, muito necessários na época para seus compatriotas no pós guerra até 1955, quando afrouxaram as restrições quanto à produção de aeronaves.
Dentre os sucessos de Heinkel surge a Tourist, uma scooter produzida entre 1954 e 1967, período em que foi melhorada e atualizada cinco vezes!
Os números impressionavam com mais de 150.000 Tourist produzidas, sendo que em 1965 se vendeu 55.000 unidades! Alguns modelos foram para os Estados Unidos graças ao pós-guerra. Os aliados ainda na Alemanha, utilizavam esses scooters pela praticidade e conquistaram um novo público.
A história é muito interessante mas, vamos a Scooter.
Considerada como a mais luxuosa e bem equipada já construída, a Tourist recebeu todas as atenções dos engenheiros e designers da Heinkel que, baseados nas falhas da concorrente Vespa, criaram algo incrível!
Um dos pontos explorados foi a estrutura que, na concorrente era feita de chapas metálicas que colaboraram com o baixo peso e custo mas, a deixavam flexíveis e vulneráveis à ferrugem, principalmente no piso. Na Tourist usou-se um chassi para deixá-la mais firme e piso em alumínio, acabando com os problemas de ferrugem.
Outro ponto foi o sistema de partida que na Vespa era pedal até a década de 70, e o sistema elétrico de magneto de seis volts deixavam os faróis fracos. Heinkel incorporou um sistema Bosch de 12 volts e, tirando o primeiro modelo, todas as outras já vinham com partida elétrica.
Fora isso, contava com relógio, bagageiro, estepe, trava de direção, motor monocilíndrico quatro tempos de 174cc e pesavam aproximados 148 kg.
Os modelos eram diferenciados e recebiam códigos diferentes como: 102A-1, 103A-0, 103A-1 e 103A-2, e cada uma delas tinham combinações diferente de itens de série, como o tamanho das rodas, tamanho do bagageiro, guidão cromado ou pintado, por exemplo.
Mesmo com esses números altos de vendas e também terem sido enviadas aos EUA, é raro encontrar alguma rodando. Acreditam que menos de 210 unidades existam e não custam nenhum absurdo. Mas os proprietários desses modelos, marcam encontros e passeios, não deixando passar essa paixão pelos modelos da Heinkel!
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