Nova CBR 1000RR chega às lojas em agosto

Modelo inspirado na RC 212V, utilizada pela Honda na MotoGP, será vendido ao preço de R$ 53.006.

Por Leandro Alvares

A MotoGP pode não vir mais para o Brasil, mas uma máquina inspirada na RC 212V, conduzida por Daniel Pedrosa e Nicky Hayden na principal categoria do motociclismo mundial, chega em agosto às concessionárias Honda do país: a nova CBR 1000RR Fireblade.

O modelo japonês foi totalmente reformulado. Ganhou um novo e arrojado design — com destaque para o conjunto frontal com formas aerodinâmicas e ângulo mais vertical —, “emagreceu” para se tornar mais ágil e preciso e recebeu o máximo da tecnologia oriunda das pistas de competição.

Basta olhar para a motocicleta e notar rapidamente as mudanças. De acordo com a fabricante, o visual é baseado no conceito “Ultra Light Strong Form”, que utiliza formas mais compactas para reduzir o peso nas extremidades e oferecer alta performance e estabilidade.

A CBR 1000RR conta com duas entradas de ar na frente, que alimentam a caixa do filtro de ar, agora com maior capacidade volumétrica, de 9,7 litros. Com isso, o ar coletado em alta velocidade pressuriza a mistura ar/combustível, aumentando a potência e melhorando o desempenho.

Para integrar essa nova estrutura, a carenagem do tanque de combustível, cuja capacidade é de 17,7 litros, está mais robusta e com melhor encaixe para as pernas do piloto.

Outra alteração marcante é o novo escapamento, mais curto e fixado na lateral do modelo para privilegiar a centralização das massas — um charme, além de tudo. Sua configuração é do tipo 4 x 2 x 1, todo de aço inox.

Maior cilindrada

No coração da superesportiva, destaque para o motor de quatro cilindros em linha, alimentado por injeção eletrônica PGM-DSFI (Programmed Dual Sequential Fuel Injection System), DOHC (Double Over Head Camshaft), 16 válvulas e arrefecimento a líquido.

A novidade do conjunto mecânico, porém, é o aumento da cilindrada: 999,8 cm³, ante 998 cm³ da versão anterior.  Além disso, o propulsor gera potência máxima de 178,1 cv a 12.000 rpm e torque de 11,4 kgf.m a 8.500 rpm.

Para melhorar a resposta do motor, a fabricante aumentou o diâmetro e reduziu o curso dos êmbolos. Além disso, os pistões ficaram mais leves e maiores, de 75 mm para 76 mm. A distância entre eles diminuiu de 6 mm para 5 mm e o curso reduziu em 1,5 mm, permitindo o motor acelerar mais rapidamente.

Ciclística e suspensões

As inovações também se estenderam para o chassi. Do tipo Diamond Frame, a grande alteração é a peça única em forma de U, funcionando como elemento de ancoragem da balança traseira, além da coluna de direção fundida e duas seções que sustentam o motor.

Para obter a diminuição do peso do conjunto e uma melhor centralização de massas, o número de componentes utilizados na construção do quadro de alumínio foi reduzido de nove para quatro peças fundidas. Com isso, a rigidez lateral aumentou 13%, a torsional 40% e a vertical 30%, absorvendo o impacto e a reação do piloto.

A nova ciclística está melhor com a diminuição da largura do chassi, graças às duas vigas que partem da coluna de direção 30 mm mais estreita e 2,5kg mais leve, permitindo maior estabilidade na pilotagem, principalmente em curvas e mudanças bruscas de direção, de acordo com a Honda.

No conjunto de suspensões, a parte dianteira é do tipo telescópica invertida (Upside Down). Com 43 mm de diâmetro e 120 mm de curso, a unidade conta com seis regulagens de velocidade de compressão e retorno.

Baseada na RC 212V da MotoGP, a suspensão traseira é Unit Pro-Link com o sistema HMAS (Honda Multi Action System) e reservatório de gás. Isso permite múltiplas regulagens na velocidade de compreensão e retorno do amortecedor e da tensão da mola. Além disso, está mais leve, rígida e longa. O curso também aumentou e está agora com 138 mm.

Outro destaque é o amortecedor HESD (Honda Eletronic Steering Damper), instalado sob a capa do tanque de combustível, que utiliza sensores de velocidade e aceleração, anulando eventuais oscilações do guidão percebidas nas rápidas acelerações.

Segurança em alta velocidade

Na dianteira, a CBR 1000RR Fireblade leva freio a disco duplo com acionamento hidráulico de quatro pistões, cáliper de encaixe radial e diâmetro de 320 mm. Seu peso foi reduzido e está agora com 520g. As pinças representam outra alteração com mudanças no êmbolo de alumínio e nos anéis de fixação dos discos. Já o freio traseiro é a disco com acionamento por pistão simples, com 220 mm de diâmetro.

As rodas são de alumínio (com paredes mais finas) de 17’’. Os pneus, radiais de perfil superesportivo. A embreagem, mais uma novidade, é do tipo deslizante, que otimiza a transferência de potências às rodas e evita o travamento em desacelerações, além da perda de aderência e tração do pneu traseiro.

Seguindo o padrão Honda, o modelo oferece o H.I.S.S. (Honda Ignition Security System), um sistema de proteção contra furto que proporciona maior segurança ao estacionar o veículo em locais públicos, pois somente a chave original tem capacidade para acionar o motor, devido à identificação por chip eletrônico.

Conforto e comodidades

O painel de instrumentos da nova CBR 1000RR Fireblade está mais completo, com informações concentradas em um único conjunto. Destaque para o “Shift Light”, um indicador que mostra quando é necessário trocar de marcha, e o computador de bordo, que aponta quantos quilômetros o motociclista pode percorrer com o combustível na reserva.

É possível fazer a leitura do hodômetro total e parcial, tacômetro, indicador de temperatura do motor, indicadores de reserva e direção, relógio e H.I.S.S. (Honda Ignition Security System). Conta ainda com botões de ajustes para o hodômetro e Shift Light.

O assento do piloto e a rabeta estão menores, formando um conjunto de linhas compactas e esportivas, segundo a montadora. O conjunto óptico com novo desenho possui faróis alto e baixo, com refletores multifocais e lente de policarbonato. As lâmpadas são de 55/55W.

Compondo o conjunto, as luzes espias mais os indicadores de direção em LEDs (Light Emitter Diode) estão integrados ao novo espelho retrovisor. Já a lanterna traseira é mais compacta e possui uma dupla fileira de luzes em LED.

As dimensões também foram alteradas para colaborar com a maior estabilidade e dirigibilidade da motocicleta. A relação entre comprimento x largura x altura é de 2.080 mm x 685 mm x 1130 mm. Além disso, a distância entre eixos aumentou em 10 mm e ficou com 1.410 mm. O assento está mais baixo com 820 mm.

Disponível nas cores preta, vermelha e branca perolizada, a nova CBR 1000RR Fireblade terá preço público sugerido de R$ 53.006, com base no Estado de São Paulo — o valor não inclui despesas com óleo, frete e seguro. A garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.

A expectativa inicial traçada pela Honda é de vender 1.537 unidades em um período de aproximadamente cinco meses.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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