Mais uma marca que poderia ser mais conhecida por aqui!

RIEJU, fabricante de motos espanhola que começou fabricando acessórios para bicicletas em 1934, tem opções bem interessantes!

Por Trinity Ronzella

Texto Luiz Mingione 19/01/2022

 

Foto: Divulgação - Fábrica

No ano de 1934, dois jovens empresários, Luis Riera Carré e Jaime Juanola Farres, iniciaram sua aventura empreendedora fabricando acessórios para bicicletas. Eles fundiram seus nomes para criar a marca RIEJU (RIE de Luis Riera Carre e JU de Jaime Juanola Farres). 

No início de sua fundação o crescimento da marca foi interrompido pela Guerra Civil Espanhola, que começou em 1936 e terminou em 1939 quando a RIEJU retomou a sua atividade, criando uma linha de acessórios para bicicletas. 

Foto: Divulgação - Ciclomotor

Em 1945 nasce  o primeiro produto motorizado da RIEJU, que mais tarde seria chamado de "ciclomotor". Era uma bicicleta com motor auxiliar 38cc 4T (motor francês Serwa), transmissão direta à roda traseira, duas velocidades e 1 CV que  atingia 40Km/h.

 A primeira moto 100% RIEJU de 175cc com motor AMC 4T surge em 1953, quando a Rieju faz uma parceria com a fabricante AMC (American Motors Corporation) para fornecer os motores, uma vez que a RIEJU não tinha essa expertise.

Foto: Divulgação - Primeira 100% Rieju

O modelo era preto com linhas douradas no acabamento, e era equipado com sistema de suspensão de garfo dianteiro telescópico hidráulico e suspensão traseira oscilante com amortecedores hidráulicos.

Mais uma novidade surge em  1958, a RIEJU JACA Sport de 125cc foi adicionada à linha de produtos. Era muito esportiva para a época e incluía recursos como aros de alumínio, guidão e assento de corrida,  tambor de freio refrigerado a ar.

Foto: Divulgação - Rieju Jaca

Em 1959 a RIEJU apresentou sua versão comercial do projeto de Scooter sob o nome ISARD, um híbrido de motocicleta-scooter com um visual muito arrojado e ousado para a época que,  aliada à ambição de apresentar ao mercado um produto perfeito, acabou   elevando consideravelmente o preço de venda, obrigando a RIEJU a abandonar a produção em 1960 com poucas unidades vendidas.

Já em tempos modernos, ano 2000 precisamente, a RIEJU aumentou suas operações de exportação, o que representou 40% da produção total anual. Este percentual aumentou de forma constante para 70%  até 2007, tendo assim que aumentar sua capacidade de produção.

 

Foto: Divulgação 

Em meados de 2020 a Rieju adquiriu a plataforma industrial de enduro da GasGas.  Este acordo permitiu à RIEJU presença no segmento off road com uma significativa expansão, principalmente com a abertura de novos mercados. A marca entrou no mundo das corridas formando equipes em várias competições pelo mundo.

A RIEJU esteve presente no Rally Dakar na Arábia Saudita em 2022 com quatro motocicletas e cumpriu seu objetivo que era terminar a prova depois de percorrer um total de mais de 8.000 Km. As quatro motos inscritas no Rally, terminaram. Daniel Nosiglia em 17º lugar na classificação geral. Joan Pedrero foi 20º, Pato Cabrera terminou em 38º, e Marc Calmet em 52º.

 

Foto: Divulgação - Rieju no Dakar 2022

Atualmente, a RIEJU fabrica cerca de 12.000 motos / ano entre modelos de Enduro, Motard, Uso Misto, Street e elétricos nas suas instalações em Figueres, perto de Barcelona, exportando 85% de sua produção para mais de 40 países.

Foto: Divulgação - Rieju Tango

É pioneira na fabricação de veículos elétricos de duas rodas na Espanha. Através de uma colaboração com a BOSCH, foi desenvolvido um motor com potência máxima de 8 kW, com baterias removíveis que permitem um alcance de 120 Km, podendo ser estendido para até 280 km, dependendo do número de baterias. A velocidade máxima é de 115 km/h e a opção de recarga rápida é de apenas 2 horas 50% e a versão padrão 5 horas.

Foto: Divulgação - Elétrica

Segundo o jornal espanhol Expansão, de economia e negócios, o balanço anual da empresa divulgado em 2020 com uma receita de 30,25 milhões de euros, 20% mais do que em 2019, ano do pré-covid. 

Foto: Divulgação - Rieju Street

No total, a empresa vendeu 11.763 motocicletas em plena pandemia, número um pouco inferior ao do ano anterior, quando foram vendidas 11.824.  

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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