Honda comemora 50 anos de motores quatro cilindros
Montadora apresenta 15 modelos que marcaram uma geração de motociclistas
Por Marcel Ahless
Por Marcel Ahless
Motor de quatro cilindros é igual música preferida na adolescência: não importa quanto tempo você fique sem escutar, quando toca é impossível não se emocionar.
Além da vibração metálica, o escape trabalhando forte, a estabilidade na hora da curva... Há 50 anos a Honda lançava sua primeira moto com essa arquitetura de motor.
Foi em 1969, com o lançamento da CB750. Ela chegou ao mercado e mudou a história das motocicletas para sempre.
Desde então, os modelos de quatro cilindros da Honda – e de outras marcas – continuam fazendo música. Uma música tão inesquecível quanto aquela da adolescência.
Por isso e para contar melhor a história dessas cinco décadas, escolhemos os 15 principais modelos da linha CB; confira:
A famosa “sete galo” debutou no salão de Tóquio de 1968, mas começou a ser vendida efetivamente em 1969, no mercado Europeu.
O motor de quatro cilindros em linha de 736cc levava quatro carburadores e fazia a moto atingir 192 km/h de velocidade máxima.
A transmissão era de cinco marchas. Entre as grandes novidades, além do design arrojado e cores chamativos, o freio a disco na dianteira e a partida elétrica.
Primeira moto com motor de 500cc da Honda com fabricação japonesa. Essa quatro cilindros seguiu caminhos diferentes com relação a Sete Galo.
Mais leve e menor, a moto fez sucesso pelo mundo e ficou marcada por rivalizar diretamente com as Triumph Bonneville, na década de 1970.
A moto preferida do Soichiro Honda foi a primeira 350cc a ser equipada com um motor de quatro cilindros em linha.
Com 347cc, sua produção no Japão durou pouco: de 1972 a 1974. Na época, ela ficou conhecida por ser a menor moto com essa disposição de motor e cilindros à venda no mundo.
Possivelmente uma das motos de quatro cilindros mais bem acertadas, fabricadas pela Honda, antes dos anos 1980. A CB 400F era uma espécie de evolução da 350.
O ronco do motor e a facilidade de pilotagem foram suas marcas registradas. No Brasil, a moto tinha muito das cafe racers inglesas, foi importada entre 1975 e 1977. Também foi a primeira moto da marca japonesa a ter transmissão de seis marchas.
A moto era a mesma coisa da Sete Galo, com exceção de um pequeno detalhe: câmbio automático.
A CB 750A foi a primeira moto Honda a contar com essa tecnologia. Ela também era vendida sem carenagens.
Com uma entrega de 95 cv a 9.000 rpm, a CB 900F foi um marco na história dos quatro cilindros pelo tamanho do motor e por ser a primeira CB com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC).
Nessa época a Honda queria mostrar que era capaz de criar modelos de motos grandes, e seus quatro cilindros de 901cc foram uma prova dessa capacidade. Há relatos de testes em que a CB 900F bateu os 210 km/h.
Primeira motocicleta de quatro cilindros em linha produzida pela Honda no Brasil, a CBX 750F era o sonho de consumo dos motociclistas na segunda metade na década de 1980.
O motor tinha exatos 747 cm³ de capacidade, refrigeração a ar e 16 válvulas, com duplo comando no cabeçote (DOHC). Na versão brasileira, oferecia 82 cavalos de potência máxima a 9.500 rpm.
A versão ‘noventista’ da clássica Sete Galo chegou às lojas com motor refrigerado a água. Com guidão alto e largo e design mais rechonchudo, a moto não fez o mesmo sucesso no mercado como a irmã mais velha. Com 215 kg e 742cc, ela entregava um rodar bem acertado e linear, mas não emocionava.
Poucos sabem, mas o primeiro modelo Honda a levar o nome Hornet foi construído sobre o motor de quatro cilindros, uma CBR 250. A Hornet “pioneira” de 250cc não ficou tão famosa por se tratar de um modelo exclusivo para o Japão. Mas deu origem a uma linhagem que tem fãs até hoje.
Às vezes é possível encontrar um ou outro modelo dessa moto que foi importada para o Brasil e possui o maior motor da linha CB, originalmente usado da Honda X-4.
Seu desenho imponente deixava à vista os quatro cilindros do motor de 1.298cc, que foi sucesso absoluto durante o Salão de Tóquio, no Japão, no mesmo ano de lançamento.
A Hornet chegou ao Brasil em 2004, mas foi lançada em 1998 no exterior. O modelo foi vendido no mundo por 15 anos, se tornando um dos maiores sucessos da Honda.
Entre suas principais características estavam o motor de 102cv e uma ciclística leve, capaz de mudanças de direção rápidas e pilotagem fácil.
Apesar de parecer muito com a moto de 1998, essa geração da CB 1300S foi marcada pela chegada da injeção eletrônica nos modelos de quatro cilindros da Honda, levando as CB a um patamar mais moderno.
Outro ponto importante foi a adoção dos freios ABS. Muito bem-vindos, aliás, em uma moto que ostentava 100cv a 7.000 rpm.
O farol grande e redondo, assim como o tanque arredondado, que traz a asa da Honda como único detalhe, e tampas laterais na cor prata compõe o estilo Anos 70.
Mas o que chama atenção mesmo é o belo motor com duplo comando de válvulas no cabeçote e refrigeração a ar – lindo de se ver e ouvir. Com 1140 cm³ produzia cerca de 90cv de potência máxima a 7.500 rpm.
O salto de quase uma década sem grandes lançamentos na linha das CB valeu a pena. Ano passado a Honda mostrou a nova CB 1000R construída com base no conceito ‘Neo Sports Cafe’, que remete às motocicletas de corrida dos anos 1970.
Além de um visual arrebatador, a nova naked conta com muita tecnologia, opções de condução para o motor de 998,3cc de pomposos 125cv.
FOTO: Honda CB 650R 2019 649cc/Divulgação
A irmã menor da CB 1000R acaba de ser lançada fora do Brasil e, tal como outros modelos da linha CB, preza por um tipo de condução rápida e ágil.
Sua curta distância entre eixos (1.450 mm) é prova disso. E o motor tetracilíndrico de 649cc e 94 cv promete inspirar os consumidores brasileiros, quando ela chegar ao País, o que deve acontecer no Salão Duas Rodas 2019.
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