Honda aposta na praticidade e segurança
O maxiscooter conta com câmbio automático, injeção eletrônica e freios ABS de última geração.
Por André Jordão
Por André Jordão
BRUNO PARISI
Na devastada Europa do pós-guerra era preciso encontrar uma solução barata de veículo urbano. Assim surgiram na Itália as primeiras lambretas na metade do século XX.
Hoje, sinônimo de mobilidade, o scooter é uma opção bastante prática para driblar o trânsito carregado das metrópoles. Outros fatores também contribuíram para sucesso deste veículo de duas rodas: a fácil condução, a economia de combustível e, principalmente, a agilidade no trânsito.
A natural evolução dos scooters fez com que muitos modelos “crescessem“, aumentassem de tamanho. A partir daí surgiu uma nova categoria: a dos maxiscooters. Maiores, mais confortáveis e com motores acima de 250 cm³, logo caíram no gosto de inúmeros motociclistas ao redor do mundo, principalmente dos italianos.
Pensando nesse nicho de mercado, a Honda resolveu lançar um scooter entre o top de linha Silver Wing 600 e os outros modelos de menor cilindrada. A montadora japonesa apresentou no Salão de Milão 2008, o SW-T 400.
Na Itália o modelo já está disponível nas versões com e sem freios ABS e custa a partir de 6.990 Euros. Vai enfrentar na Europa, além do Suzuki Burgman 400, também vendido no Brasil, uma forte concorrência, como, por exemplo, o Yamaha Majesty 400, o Gilera Nexus 500 e
o Malaguti Spyder Max 500.
Design
Parabrisa generoso, escudo frontal e câmbio automático são algumas das características dos maxiscooters. Com o SW-T 400 também não é diferente e os itens citados ajudam a aumentar a comodidade do piloto. O banco com baixa altura em relação ao solo (74 cm) ajuda as pessoas mais baixas a pilotar o novo scooter da Honda com muita desenvoltura e segurança.
A capacidade debaixo do banco é boa, com espaço para guardar dois capacetes. Já o banco confortável para piloto e garupa conta com apoio lombar para ambos.
Porta-objetos e porta-luvas estão próximos ao painel, aumentando a comodidade de quem o pilota. O SW-T 400 será um bom companheiro de estrada, pois o tanque de 16 litros garante boa autonomia.
A carenagem envolvente apresenta escudo com “plataforma” para os pés e minimiza a resistência ao vento, melhorando a aerodinâmica.
Motorização e ciclística
Rival direto do Suzuki Burgman 400 tem como diferencial sua motorização. Enquanto o Suzuki tem um motor monocilíndrico, o SW-T 400 está equipado com um motor de dois cilindros paralelos, o que resulta em menor vibração.
Com exatos 399 cm³, o propulsor apresenta duplo comando de válvulas (DOHC), refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível.
Para atender às rígidas normas antipoluentes no velho continente, o modelo vem equipado com catalisador no escapamento e sensor de oxigênio.
Um dos trunfos dos scooters é o câmbio automático. Batizado de V-Matic pela Honda, o SW-T400 apresenta o sistema de transmissão continuamente variável (CVT), onde não há trocas de marcha.
Polias instaladas na transmissão do veículo se ajustam automaticamente conforme a aceleração, velocidade e rotação do motor.
O scooter de média cilindrada da Honda tem 39 cv, potência suficiente para empurrar os 250 quilos em ordem de marcha. Também não falta torque, o valor máximo de 3,85 kgf.m aparece a 6.500 rpm.
O único “calcanhar de Aquiles” dos scooters fica no tamanho reduzido das rodas, onde o modelo da Honda também não escapa. As rodas pequenas do SW-T 400 passam boa parte das imperfeições do asfalto ao piloto. A roda dianteira do SW-T é de 14 polegadas e a traseira de 13.
Parar o scooter não será uma tarefa mais difícil: o SW-T vem equipado com freio a disco em ambas as rodas. O dianteiro exibe 276 mm de diâmetro e o traseiro, 240 mm. Há a opção de freios antitravamento com duplo acionamento (C-ABS), semelhante o utilizado na Honda CB 600 F Hornet, que distribui a frenagem em ambas as rodas.
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