História da motocicleta: Suzuki 1100 Katana, patinho feio?
Essa marcante obra revoluciona os conceitos da estética motociclista.
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
A GSX 1100 da Suzuki , no final dos anos 70, encabeçava a linha da marca desenvolvendo 100cv. Na época, a imprensa especializada não poupou elogios à marca. O que não ajudava muito era a parte visual, que não ajudou nas vendas e gerou mudanças.
Na Alemanha, os dirigentes da Suzuki conversaram sobre mudanças, que as motos da marca voltada para a estrada, tinham que ter mais personalidade.
Lembram de quem projetou a BMW R90S na matéria passada? Pois bem, a Alemanha contrata, com aprovação japonesa, o Target Design, escritório de design dirigido por ele, Hans Muth.
Pois bem, três meses se passaram e surge o projeto ED1 ( European Design) feito na base de uma 650. Correndo por fora, a Target surge com um protótipo futurista na base de uma MV Agusta 750, trazendo uma semi carenagem.
Com a Suzuki entusiasmada com esse projeto, surge o ED2 que foi repassado para a GSX1100, ficando pronto em 1980!
No Salão de Colônia em setembro de 1980 a Suzuki apresentou as 650 e 1100 Katana, trazendo destaque para o estande da marca japonesa, mesmo sendo uma produção pré-série.
A conhecida Pininfarina, leva as carenagens da 1100 para o túnel de vento e o resultado não é bom pois, a posição de pilotagem não condiz com a proposta da moto, ficando mais voltada para as superesportivas. Corpo avançado e pulsos dobrados não são a melhor posição para uma estradeira.
Em 1981, soma-se mais 11cv ao motor e a Katana se torna a mais rápida moto produzida em série do mercado, o que prolongou sua vida até 1984, quando a última saiu da linha de produção no Japão.
Devido aos fãs do modelo mesmo com esses detalhes, a produção no Japão, para o mercado local segue até o ano 2000, quando 1100 exemplares de edição especial saem da fábrica.
Após isso, com seus motores 4 cilindros em linha, 1074cm³ arrefecido a ar, 111cv a 8500 rpm, três freios a disco, garfo telescópico e quadro de berço duplo, chegavam a incríveis 230km/h.
Serem exibidas no Museu Guggenheim de Nova York em uma exposição dedicada a arte da motocicleta, mostram que elas realmente marcaram época.
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