Especial: Iluminação por LED é mais eficiente, mas tem custo maior
Os diodos emissores de luz (LED) viraram mania nas motos: iluminam melhor e duram mais, porém a manutenção é mais cara em caso de problemas; entenda
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
Embora já seja conhecido nas motos mais luxuosas, o sistema de iluminação por LED, ou, "diodos emissores de luz", chega agora a modelos mais acessíveis. Exemplos recentes são o scooter Honda PCX e também a nova Yamaha Lander. Estes modelos, além da lanterna traseira com LED, passam a incorporar o farol dianteiro com o poderoso sistema.
Em vez de uma lâmpada halógena, os LEDs são pastilhas com germânio ou silício, que vão instalados em uma placa de circuito impresso. Ao gerar determinada tensão sobre eles, emitem luz em caráter infra-vermelho, que no caso do farol dianteiro, usa um refletor específico para propagar a luz.
A grosso modo, os LEDs são fáceis de reconhecer: emitem um facho de luz potente (resultado de uma temperatura de luz mais alta), e uma iluminação mais ampla do que uma lâmpada comum.
Vantagens evidentes, custo maior
Segundo Leonardo Figueiredo, gerente de produto da Philips Lumileds, um farol de LED consegue entregar luminosidade até 160% maior do que uma lâmpada comum. Ele complementa que "o aparato oferece maior segurança até mesmo ao ser adotado na lanterna traseira e nos piscas laterais; pois o LED acende milisegundos mais rápido do que uma lâmpada, antecipando o tempo de reação dos outros condutores".
Já a Harley-Davidson do Brasil destaca que a durabilidade média do sistema é de cerca de 100 mil horas. Ou seja, sua vida útil é de, pelo menos, seis vezes maior do que de uma lâmpada convencional.
Alfredo Guedes, engenheiro da Honda Motos, ressalta a estabilidade na intensidade luminosa do LED, desde a marcha-lenta até a rotação máxima do motor.
Porém, nem tudo é positivo: se por acaso um farol full LED sofrer danos, ou falhar e parar de funcionar, normalmente não se pode simplesmente trocar "um ou dois LEDS" para ele voltar a funcionar. Segundo a assessoria de imprensa da Yamaha, "trata-se de um sistema blindado, que precisa ser trocado por completo".
E, por enquanto, a maior tecnologia do sistema de LED tem um custo superior: no caso da Fazer 250 a substituição do bloco óptico fica em torno de R$ 405,00, enquanto para o novo Honda PCX sai por volta de R$ 875,70 (preço público sugerido).
Figueiredo complementa que as falhas são bastante raras, mas podem ocorrer por conta de "um problema no sistema de dissipação de calor ou, como em qualquer dispositivo eletrônico, por conta de alguma falha eventual de componente ou contato".
Caso o LED pare de acender, o recomendado é que se faça a troca em oficina especializada, algo diferente de trocar a lâmpada da moto em casa, ou mesmo à beira de estrada, como se fazia até há pouco tempo.
Já no caso de uma luz de seta com um LED, por exemplo, a troca é mais simples e pode ser feita por quem tem algum conhecimento técnico.
Alex Bongiovanni, que trabalha em uma oficina especializada em São Paulo, só teve notícias de falhas em sistemas de LED paralelos, vendidos para adaptação: "lanternas de LED de procedência duvidosa podem e dão defeitos como infiltração de umidade ou descolamento dos diodos. Porém, em modelos originais, nunca tivemos notícia de falhas aqui na oficina. Até mesmo nos LEDs que equipam motos trail de alta cilindrada (como os faróis de neblina das BMW linha GS), as quais sofrem mais em viagens longas", finaliza o especialista.
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