Especial: Dez motos no #10yearchallenge

Escolhemos alguns modelos para entrar no '#10yearchallenge' (Desafio dos 10 anos) e mostramos como eram as motos há uma década

Por Gabriel Carvalho

Se você tem um perfil em alguma rede social – Facebook, Twitter e Instragram – já deve ter se deparado com a hashtag “#10yearchallenge” (algo como “desafio dos 10 anos”, em tradução livre). A brincadeira, que virou moda, é simples: mostrar como você era há 10 anos e como está hoje. 

Como não queríamos ficar de fora da brincadeira, resolvemos colocar as motos no jogo. Escolhemos dez modelos que eram vendidos há uma década e vamos mostrar o que mudou neles ao longo desses dez anos. Confira:

Honda CG 
Em 2009, nascia a Honda CG 150 Titan com injeção eletrônica para atender à terceira fase do Promot, programa que controla a emissão de poluentes. Mas não era só isso. O design trazia pela primeira vez uma carenagem em volta do farol, que tinha os piscas integrados. A ideia era seguir as linhas da então famosa Hornet, mas ficou mesmo só na inspiração. Tanto que essa versão ficou conhecida como “CG cabeçuda” pelo formato da carenagem.

Hoje, dez anos depois, a CG usa motor de 160cc, injetado ainda, mas agora bicombustível. Outra evolução foi no seu design; o farol conta com uma carenagem bem mais harmoniosa do que aquela vista há uma década. Outra novidade é que agora as rodas são de liga-leve e os freios contam com sistema combinado (que a fabricante denominou como Combined Brake System - CBS).

Yamaha XTZ 250 Lander
Quando surgiu, em 2007, a Yamaha XTZ 250 Lander mais se parecia uma moto de cross. Farol pequeno, paralama dianteiro alto e corpo esguio como nos modelos off-road profissionais. E a Lander permaneceu sem nenhuma alteração visual até este ano. Durante esse período, a única modificação no modelo foi a introdução de um motor bicombustível.

Para 2019, no entanto, a Yamaha criou a nova Lander 250 ABS que, além de substituir a antiga geração, aposentou também a Ténéré 250. A nova Lander traz design mais moderno, com a parte dianteira inspirada na XT 660R, além de tanque maior e banco mais confortável. Outra novidade foi o sistema ABS, porém apenas na roda dianteira.

Suzuki Burgman 
Em 2009, o Burgman AN 125 era uma das poucas opções no segmento de scooters no Brasil. Por isso mesmo, por algum tempo foi líder de vendas - até a chegada do Honda Lead 110.

Para se adequar às normas anti-poluição, a Suzuki criou o Burgman 125 i em 2011, com injeção eletrônica de combustível e um design novo. Fabricado em parceria com a chinesa HaoJue, o Burgman i, entretanto, sai de linha agora em 2019, pois não conta com sistema de freios combinados – obrigatório por lei a partir deste ano.

Honda Biz 125
Em 2009, a Honda Biz já tinha motor de 125cc com injeção eletrônica, mas seu desenho era diferente do atual. Os piscas dianteiros eram bem menores e os traseiros eram incorporados à lanterna. A Biz 125 ES tinha freio a tambor nas duas rodas, que eram raiadas. 

Atualmete, o modelo possui design modernizado, ganhou rodas de liga-leve, freio a disco na dianteira e freios combinados. Outra novidade é o painel digital e a tomada 12V para carregar o smartphone. Sinal dos tempos.

Yamaha Fazer 250
Lançada em 2005, a Fazer 250 estava ainda em sua primeira geração há 10 anos. Usava o mesmo motor de um cilindro e 250cc, mas tinha um design completamente diferente. O farol redondo e o painel contava com dois mostradores analógicos de formas arredondadas. O modelo já fazia sucesso com seu banco confortável e tanque para 20 litros. 

A moto até passou por algumas mudanças ao longo dos anos, mas foi em 2018 que a Fazer foi completamente renovada. Ganhou desenho mais agressivo e uma proposta mais esportiva. Com linhas angulosas e um farol de LED, a nova Fazer 250 ABS até parece uma moto de maior capacidade. Sem falar no aumento da segurança com a adoção do sistema de freios anti-travamento.

Kawasaki “Ninjinha”
Em 2009, a Kawasaki começava a produzir no Brasil a Ninja 250R, a caçula da famosa linhagem da marca japonesa. Equipada com motor de dois cilindros e 249 cm³, produzia bons 33 cv de potência máxima e era porta de entrada para o mundo das esportivas. Seu desenho era simples, porém atraente, com carenagem integral e um conjunto óptico simples. 

Em uma década, a “Ninjinha” cresceu! No caminho, passou por um motor de 300cc e, em 2018, ganhou um bicilíndrico de 400cc. Além de maior capacidade, o motor é bem mais potente: 48 cv a 10.000 rpm. O desenho ficou bem mais moderno, com dois faróis na dianteira, e o quadro passou a ser de treliça. Os 10 anos fizeram bem à miniesportiva da Kawa que, agora, não é tão mini assim.

Honda XRE 300
A Honda XRE 300 chegou ao mercado em 2009 com a difícil missão de substituir dois sucessos de venda: a XR 250 Tornado e a NX4 Falcon, que não atendiam ao Promot 3. Para isso trazia um motor intermediário, de 300cc, com injeção eletrônica e uma proposta de ser uma moto de uso misto confortável para viajar. Tinha banco largo, tanque de 12,4 litros e um desenho controverso, com o famoso “bico de pato”.

Para 2019, a Honda mudou completamente o design da XRE 300, que continua figurando entre as 10 motos mais vendidas do Brasil. Além das linhas angulosas e do sistema de iluminação full-LED, a nova XRE 300 recebeu melhorias no motor, que manteve a mesma capacidade, e ganhou sistema de freios ABS nas duas rodas.

Kawasaki Z 750
Em 2009, a Kawasaki trazia a Z 750 para brigar no segmento de naked média no Brasil. Equipada com motor de quatro cilindros com exatos 748 cm³ de capacidade, a Z 750 produzia 106 cv de potência máxima. Seu motor “maior” era o principal argumento para enfrentar a Honda CB 600F Hornet e a Yamaha FZ6 Fazer, ambas de 600cc.

Da mesma forma que em outros segmentos, a Kawa apostou em mais “cilindrada” na evolução da linha Z, que já foi Z 800 e, agora, é Z 900. Além do aumento da capacidade do motor, a fábrica japonesa também aprimorou a parte ciclística, reduzindo peso e adotando um quadro em treliça. Além disso, a fabricante introduziu um visual muito mais moderno.

BMW F 800 GS
A F 800 GS desembarcou no Brasil no final de 2008 aproveitando-se da fama da família “GS”, mas equipada com um motor de dois cilindros paralelos e não opostos, como na R 1200. Ela já tinha sua identidade visual “caolha”, com dois faróis de tamanhos distintos. 

Em 2019, o modelo também “cresceu” e ganhou um motor completamente novo, mas agora de 850cc. A bigtrail também ficou mais moderna, ganhando modos de pilotagem, suspensão eletrônica, além de controle de tração e freios ABS. Entretanto, a nova F 850 GS é menos potente até do que a primeira geração. Em função dos limites de emissão de ruídos, a BMW Brasil teve de “amarrar” o motor que produz apenas 80 cv, contra os 85 cv da geração anterior.

Harley-Davidson Ultra 
Em 2009, o modelo mais luxuoso da linha Touring da Harley-Davidson era a Ultra Classic Electra Glide. Ela ainda usava o motor TwinCam de 1584 cc com arrefecimento a ar. O modelo pesava 403 kg em ordem de marcha e tinha um sistema de entretenimento que permitia ouvir CDs (lembra-se deles?). 

Para este ano, a marca reformulou a linha Touring. As motos ganharam a versão de 114 polegadas cúbicas do motor Milwaukee-Eight, que tem 1868 cm³ de capacidade. Além disso, a Ultra agora utiliza uma versão que conta com arrefecimento líquido dos cabeçotes. Tudo para melhorar o conforto e aprimorar o desempenho do modelo.

A central multimídia foi completamente modernizada e agora, além de contar com sistema de conexão Bluetooth, oferece o Apple CarPlay, que permite espelhar os telefones da marca da maçã na tela colorida de 6,5 polegadas.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br / Agência Infomoto

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