Especial: ABRAM na semana do motociclista
Luca Pimentel, presidente da associação, revela conquistas e melhorias para as duas rodas.
Por Adilson
Por Adilson
Adilson Júnior
A semana do motociclista não será apenas de grandes comemorações, pelo contrário, há muito que se refletir sobre a atual situação do mundo das duas rodas no Brasil.
No ano que passou, desde o último dia 27 de julho, data que se comemora o dia do motociclista, muitas coisas melhoraram, mas ainda tem muito que se fazer para reconhecer não só a categoria de quem trabalha sobre duas rodas, mas a todos que andam e tem o prazer de estar em cima de uma motocicleta.
Segundo o presidente da ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas), Lucas Pimentel, uma das grandes “conquistas” feita nesse período foi a conscientização da sociedade de que a motocicleta está inclusa do trânsito das principais cidades do país.
“Não se discute trânsito hoje em dia sem falar de motocicleta. Antigamente as motos eram vistas como algo à parte do trânsito e hoje isso acabou. A inclusão da motocicleta no contexto do trânsito é uma realidade que precisa ser olhada com respeito, pois a grande preocupação hoje é com a vida”, disse Pimentel.
Esta semana a entidade preparou uma série de eventos para comemorar e principalmente lutar por melhorias para os motociclistas.
“Temos muita coisa para fazer ainda. Queremos que o motociclista seja respeitado e não marginalizado como muito acontece, principalmente nas grandes cidades. Pretendemos conseguir melhorias significativas, como a criação de bolsões, preocupação com os equipamentos de segurança e fazer com que a engenharia de trânsito possa criar situações que favoreçam os condutores de duas rodas”, declarou.
Mas além da conscientização e da luta por melhorias para as motos em geral, a ABRAM promoverá, como já é de costume, o prêmio ABRAM, um dos principais eventos da entidade que este ano está na sua nona edição.
O prêmio foi criado em comemoração ao Dia Nacional do Motociclista e esse ano será realizado no dia 25 de julho no Hotel Augusta Boulevard, em São Paulo. O prêmio prestigia o motociclista em várias categorias: Usuário, Profissional, Militar, Esportista, Estradeiro, In Memorian, Celebridade, Piloto de Teste, Jornalista e Repórter Fotográfico. Nesta edição terão duas novas categorias: Motociclista Veteran e Motociclista Kids.
Antes disso, no último sábado, a ABRAM premiou os motociclistas sem acidentes, na quinta Condecoração do PRAM (Programa de Prevenção de Acidentes com Motocicletas), sendo que um grupo recebeu a condecoração pelo período de dois anos e meio sem acidentes.
Os empresários do setor de entregas rápidas comprometidos com a melhoria na qualidade de vida dos seus profissionais, preocupados com a segurança e que apresentaram baixo índice de acidentes envolvendo motocicletas em suas empresas, receberam a Comenda Prof. Ulisses Nogueira de Segurança no Trânsito.
"Através desta condecoração, conseguimos mostrar para toda a sociedade que é possível a segurança em duas rodas. Os motociclistas profissionais (motoboys) são capazes de colaborar para o crescimento deste país, prestando um indispensável serviço sem se envolver em acidentes de trânsito”, enfatizou Lucas Pimentel.
“É possível que todos ajudem essa causa, pois além de regulamentar os motoboys, é necessário fazer a fiscalização das empresas que prestam esse serviço e também contratar empresas com o perfil e o selo de segurança no trânsito”, salientou.
Outro grande problema que atinge diretamente os motociclistas de todo o país é o uso de cerol nas linhas de pipas.
De acordo com a lei estadual de São Paulo nº 12.192, promulgada no dia 06 de janeiro de 2006, o uso do cerol é proibido. Uma das opções dos motociclista é a utilização de uma antena na moto, mas não há lei que obrigue as antenas nos veículos. Mas elas impedem que mais pessoas sejam feridas.
Ao utilizá-las na frente das motos, as linhas de pipa são contidas e os cortes evitados. Os ferimentos com o cerol podem levar à morte, pois normalmente o pescoço, principal alvo, é cortado.
“Vamos fazer em outubro, na semana da criança, um campeonato de pipa, mas claro, sem o uso do cerol, visando a conscientização de pais e filhos para esse grave problema. Soltar pipa é uma grande diversão e uma atividade muito saudável, mas pode ser, ao mesmo tempo, uma atividade extremamente perigosa se for feito o uso do cerol”, alertou Pimentel.
“Vamos todos juntos lutar por um futuro melhor, com paz no trânsito e com a consciência e que sozinhos não teremos forças para lutar por nossos objetivos. Juntos construiremos um motociclismo melhor, com amor e principalmente com profissionalismo”, finalizou.
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