Em 1995 a França apresenta uma nova marca no país!
A Voxan chegou impressionando em Paris, criando esperanças!
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
A França esteve entre os fabricantes dominantes de motocicletas ao mesmo tempo que as bicicletas. Motobecane e Peugeot ainda estão na ativa, sendo que a Peugeot, produzindo bicicletas desde 1882 tem no currículo 10 Tours de France entre 1903 e 1983.
As motos começaram em 1898 em uma exposição em Paris de um modelo com um motor de Dion-Bouton montado na roda traseira, mas não foi adiante.
Até a década de 50, ela foi a principal fabricante de motos francesas e, a partir de 2012, a única. 2014 marcou a aquisição de 51% da marca pela Mahindra.
Já a Motobecane surgiu em 1923 com uma 175cc de dois tempos.
Após a Segunda Guerra seguiu produzindo motos visando o transporte barato mas, a acessibilidade aos carros em 1960, dificultou a vida da marca. Fora isso, com a chegada das japonesas complicou mais ainda a situação, que durou até 1981.
O mercado ficou um bom tempo sem um modelo com DNA francês que realmente chamasse a atenção.
Foi aí que, em 1995, Jacques Gardette anuncia a criação da Voxan, um modelo roadster de personalidade que é apresentado no Salão de Paris em 1997 com um motor bicilíndrico em V (72 graus) e arrefecido a água. Com 100cv, desenvolve torque de 11.3kgf/m a 6.500 rpm.
Uma curiosidade é que, o tanque está sob o selim, o que baixa o centro de gravidade e facilita a pilotagem.
A aceitação foi boa e os testes positivos, uma esperança para o mercado com uma marca “de casa”, a ponto de ser apresentada ao presidente Jacques Chirac no pátio do Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente.
Em 1998, surge o modelo Café Racer com a mesma estrutura e motor da anterior, o que foi um sucesso na apresentação mas, mesmo bem equipada e fácil de pilotar, as vendas não foram como o esperado. Não se sabe se pelo preço alto ou pelo medo do desconhecido, ou os dois juntos, três anos depois a marca está com problemas financeiros.
Mesmo com uma diversificação na linha, os modelos seguiram tímidos em vendas, levando a Voxan a fechar as portas, encerrando o modelo e a esperança de uma moto francesa de grande porte.
Ela vinha equipada com guidão Tomazelli, um motor de 996 cm³, bicilíndrico em V 4T, arrefecimento líquido, 100cv a 8.000 rpm, quadro com dupla viga tubular, suspensão dianteira invertida, três freios a disco, e monoamortecida na traseira, chegava aos 230 km/h.
No mercado europeu encontram-se modelos de anos e preços diferentes, apenas como uma referência, entre 6 a 9 mil euros.
Comprada pela Venturi Automobiles, marca tradicional de automóveis, ficou na gaveta e, recentemente surgiu com o projeto Wattman. Uma moto elétrica de alto desempenho que, nas mãos de Max Biaggi chegou a 366,94 km/h. Será que nas elétricas teremos mais páginas escritas na história da Voxan?
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