Alta do combustível faz crescer pedidos por habilitação para motos

No estado de São Paulo ocorreu um aumento de 65% na procura por habilitação de motorista para a categoria A (moto)

Por Thiago Dantas

O preço da gasolina está cada vez mais alto, o preço médio na primeira quinzena de abril ficou em R$7,498, o maior já registrado, conforme dados da ValeCard. Se comparar com abril de 2021, a gasolina teve alta de 30,7%, o preço médio no ano passado era de R$ 5,737.

 


Como alternativa ao aumento de combustível, ocorreu o aumento pela procura da habilitação A (moto) - Foto: Divulgação

 

Para fugir dos altos preços dos combustíveis muitas pessoas estão recorrendo às motocicletas, em uma pesquisa realizada pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) indica que o número de primeiras habilitações para categoria A (moto) emitidas em março deste ano cresceu 64,7% no Estado de São Paulo, se comparado com o mês de fevereiro. Foram 2.002, contra 1.214 no mês passado. Esse é o maior número registrado desde janeiro de 2020, quando 2.104 habilitações foram emitidas.

 

Por serem mais econômicas, as motocicletas surgiram como alternativa aos automóveis. Por exemplo, com um litro de combustível uma moto pode fazer até 50 km, já um carro tem uma média de 15km/l. 

 

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Além disso, devido ao trânsito presente nas grandes cidades, muito motorista optam pela motocicleta, pois além da economia, ela rodam com maior rapidez em comparação aos automóveis. 

 

 
Nova carteira de habilitação - Divulgação

 

O diretor-presidente do Detran.SP, Neto Mascellani, destaca: "A alta reflete a busca por um combustível mais econômico. Os números mostram que a troca do carro pela moto é uma das alternativas encontradas para condutores que circulam constantemente. Mas é muito importante que todos os cidadãos façam todo o processo de habilitação de forma correta, nas autoescolas credenciadas pelo Detran.SP”.

 

Outro ponto importante para considerar o crescimento da habilitação A, foi o aumento do desemprego. Conforme José Guedes Pereira,o presidente do Sindautoescola.SP, destaca: " Em março, o principal fator pelo aumento foi a alta dos combustíveis, pois rodar de motocicleta gera um melhor custo para quem trabalha com o veículo. Mas, durante a pandemia, a procura deu sinais de evolução, pois muitas pessoas que perderam ou tiveram o salário reduzido viram o veículo de duas rodas como uma ferramenta para fonte de renda".

 


O número de motofretista aumentou durante a pandemia - Foto: Divulgação

 

Processo de habilitação

Para quem precisa realizar o processo de habilitação na categoria A, 2.748 autoescolas estão credenciadas pelo Detran.SP no Estado de São Paulo. A legislação prevê que o cidadão realize o exame médico,psicológico (psicotécnico) e 45 horas de curso teórico. Ao final, o aluno realiza o exame teórico. Após concluir esse processo, são mais 20 horas de aulas práticas de direção veicular. E, por fim, o teste prático. Para mais informações, o Departamento de Trânsito traz o passo a passo completo pelo site (www.detran.sp.gov.br).

 

Programa Motofretista Seguro

Para condutores que produzem renda utilizando a motocicleta, como os motofretistas, o Detran.SP oferece através do Programa Motofretista Seguro, melhores condições de trabalho, além de regularizar a atividade.

O Motofretista Seguro é uma iniciativa pioneira e oferece a oportunidade de regularização da documentação necessária para o exercício mais seguro da profissão, possibilita crédito, facilidades de financiamento e formação para os motofretistas, investindo na construção de uma rede de proteção para a categoria.

Para mais informações sobre O Programa Motofretista Seguro, acesse: (www.motofretistaseguro.sp.gov.br).





Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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