Abraciclo modifica projeções de 2007

Entidade crê em maior número de vendas no mercado interno e queda nas exportações.

Por Leandro Alvares

Leandro Alvares

O primeiro semestre do ano serviu para a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) fazer uma revisão de seus prognósticos para o segmento nacional de duas rodas em 2007.

Em entrevista coletiva realizada nesta semana, a entidade comunicou o aumento de sua expectativa para o índice total de crescimento do mercado interno. Dos 1.450.000 iniciais, ampliou a margem para 1.510.000 de novas motos no setor brasileiro. Um ganho de 19,1% no comparativo com o ano passado.

“Os números positivos demonstram que atualmente a motocicleta vem, cada vez mais, sendo encarada pelos brasileiros como meio de transporte eficiente, principalmente pela grande abrangência de utilização adotada por seus condutores, confirmando as previsões de crescimento setorial feita para este ano”, disse Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo.

Durante os primeiros seis meses do ano, o setor produziu 876.508 motocicletas, contra 711.937 unidades produzidas no mesmo período do ano passado, o que representa aumento de 23,11% do volume de produção.

No mesmo período, as vendas no mercado interno foram de 790.486 unidades, contra 628.214 unidades comercializadas de janeiro a junho de 2006. Isso representa aumento de 25,83% das vendas do semestre entre os dois anos.

Só no último mês, foram vendidas 120.606 motocicletas no mercado interno. Se comparado com as vendas do mês de junho de 2006 em que foram comercializadas 103.270 unidades, o incremento foi de 16,8%.

No comparativo de maio e junho deste ano, porém, registrou-se uma queda de 9,9% na produção — 141.208 contra pouco mais de 156.688 do quinto mês do ano. Para o segundo semestre, no entanto, a crença é de que o ritmo de crescimento seja mantido.

Já as exportações, apesar de terem reagido e apresentado crescimento de 56,5% com 12.347 unidades vendidas em junho, fecharam o semestre com uma queda de 32,1% em relação ao ano anterior.

Tal panorama motivou a segunda alteração de números da Abraciclo, que passou a apostar em 140 mil motos vendidas para o exterior até o fim de 2007 e não mais em 150 mil, o que passa a representar uma queda de 14,3% no balanço com 2006.

“A valorização do real frente ao dólar é a grande responsável por este cenário. Temos agora o desafio de buscar saídas para competir no exterior”, sentenciou o presidente da entidade.

Os dados da Abraciclo são baseados nos números apresentados por suas sete associadas: Yamaha, Honda, Harley-Davidson, Kasinski, Caloi, Prince e Sundown (Brasil & Movimento).

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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