A nova CBR 1000 RR-R Fireblade foi colocada em teste!

A pouco mais de 15 dias recebi uma das notícias mais empolgantes que o time do moto.com.br poderia me dar. “Hora de testar a CBR 1000 RR-R”, temos visto muita coisa dela fora do país e estava na nossa vez de poder curtir esse brinquedo.

Foto: Divulgação

Nessa matéria vou dividir com vocês como foi esse dia e as minhas percepções após pilotar a moto que está mexendo com o mercado motociclístico nacional.

Logo que cheguei, eis a primeira visão que tive e foi de cair o queixo, eu não havia visto a moto pessoalmente e por ali fiquei uns bons 5 minutos

Assim que deu a hora marcada, Rafael Paschoalin e seu time de instrutores nos chamaram para um briefing onde alinhamos os detalhes do evento e como o mesmo funcionaria. O pessoal pensou em tudo. A ideia era fazer uma entrada na pista com a CBR 1000 RR SP (versão que estava em produção antes da RR-R) e após algumas voltas trocássemos de moto para assim, podermos comparar ambos os modelos.

Eu nunca havia andado na versão anterior e de cara já me ocorreu que a Honda precisaria se superar muito pois aquele modelo já era fantástico de pilotar, com apenas 4 voltas parecia que eu já conhecia a moto.

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Eis que chegou o momento de subir na RR-R (Radical Racing HRC – o último R é justamente por ter sido desenvolvida pela HRC), saltei da CBR SP direto para a RR-R, engatei a primeira e lá fui eu seguindo Rafael Paschoalin, que me puxou por 2 voltas (para aquecer os pneus) e deixou eu passar para iniciar minhas voltas de teste.

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Iniciei minha volta já na entrada da reta, primeira marcha acima dos 12.000 rpm (sugestão do pessoal da Honda, esticar até os 14.500 rpm pois sentiríamos uma grande diferença em relação ao modelo SP na RR-R são 1.500 rpm a mais) sugestão aceita e lá vou eu. A moto a 12.000 rpm já puxa muiiiiiiiiito, poderíamos trocar de marcha que já era suficiente, mas estiquei até os 14.500 (são 11,5 kgf.m a essa rotação) e nusssss senti os 216,2 cv dela acompanhado de um ronco grave que arrepia, gerado por um escape Akrapovic em titanium exclusivo desenhado para esse modelo.

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Final da reta temos uma bela curva a esquerda de raio longo e 180 graus, deixo para frear tarde e “meto” a mão com vontade, o conjunto todo Brembo faz um trabalho incrível (eis um ponto altíssimo da RR-R), uso o quickshifter (QS possibilita escolhermos 3 níveis de sensibilidade) para reduzir e faço a curva rápida e com a moto bem estável.

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Mais uma esticadinha e temos um trecho mais travado que podemos testar toda a agilidade da RR-R, a motocicleta conta com uma nova tecnologia mecânica onde seu virabrequim gira no sentido contrário (para trás) e isso ajuda muito no equilíbrio das reduzidas e da utilização do freio motor e podem apostar que faz uma baita diferença.

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Após algumas curvinhas temos uma grande curva em nível a direita e no centro dela um pequeno desnível na pista. Geralmente quando treino eu altero o traçado um pouco para que não pegue esse desnível e com a RR-R passei nele para ver como ela iria se comportar, eis o momento máximo para mim, a suspensão Ohlins (eletrônica) de segunda geração da RR-R absorve o desnível sem que interfira na minha pilotagem. Na primeira passada achei que tivesse feito o traçado para fugir dele, mas não, eu passei em todas as voltas por ele e o resultado foi o mesmo, agora essa moto ganhou definitivamente minha atenção!

(Pausa para abaixar a emoção! A minha claro, pois já estou empolgado) A motocicleta tem uma posição excelente de pilotagem, o painel mostra tudo que precisamos saber (diria até que mais do que precisamos) a confiança que ela passa faz com que consigamos inclinar muito fácil quando necessário e a tecnologia se sobressai com o que temos no mercado atualmente, podem dizer que demorou, mas chegou chegando.

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Aproximando do final da volta, mais algumas curvas rápidas que a RR-R contornou muito bem e muito rapidamente, aponto na reta oposta me preparando para esticar tudo que der (a moto em terceira marcha atingiu 239km/h comigo no final da reta) e mais uma volta se vai.

Após algumas voltas entendendo como a motocicleta funciona, como reage e como entrega. Consegui ficar mais tranquilo, focar em detalhes que geralmente não olhamos, como por exemplo a temperatura da moto, ela na pista trabalha com uma temperatura muito boa (95 graus celsius). Quem anda em pista e com o calor que estava lá sabe que a maioria das motos estaria muito quente, inclusive a CBR SP anterior que ficou 8 graus acima.

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Após muita diversão, parei no box e consegui conversar com o Erick Granado que nos representa atualmente no campeonato espanhol usando uma CBR RR-R e para quem acha que a moto é inteira mudada para a competição, está muito enganado, são feitos pequenos ajustes, ou seja, temos uma motocicleta que foi criada dentro dos maiores campeonatos do mundo, direto para as nossas garagens um brinquedo que para quem pode será uma usina infinita de diversão.

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É claro que após tudo isso, só me restou a oportunidade de eternizar esse momento na minha memória 

Gostaria muito de agradecer a equipe da Honda por todo o cuidado e atenção a mim prestada.

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Ficha Técnica:

MOTOR:

Tipo: DOHC, 4 cilindros, 4 tempos, arrefecimento líquido
Cilindrada: 1.000 cc
Potência Máxima: 216,2 cv a 14.500 rpm
Torque Máximo: 11,5 kgf.m a 12.500 rpm
Transmissão: 6 velocidades com quickshifter
Sistema de Partida: Elétrico
Diâmetro x Curso: 81,0 x 48,5 mm
Relação de Compressão: 13.2 : 1
Sistema Alimentação: Injeção Eletrônica PGM-FI
Combustível: Gasolina 

PARTE ELÉTRICA:

Ignição: Eletrônica
Bateria: 12V – 2 Ah
Farol: Full LED

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DIMENSÕES:

Comprimento x Largura x Altura: 2.100 x 745 x 1.140 mm
Distância entre eixos: 1.455 mm
Distância mínima do solo: 115 mm
Altura do assento: 830 mm
Peso Seco: 189 kg 

CHASSIS:

Tipo: Diamond Frame
Suspensão Dianteira/Curso: Garfo Telescópico Ohlins NPX S-EC 125 / 114mm
Suspensão Traseira/Curso: Pro-Link Ohlins TTX36 S-EC swingarm 66 / 143mm
Freio Dianteiro/Diâmetro: Disco Duplo Flutuante Radial (Brembo) / 330 mm (ABS)
Freio Traseiro/Diâmetro: Disco Simples / 220 mm (ABS)
Pneu Dianteiro: 120/70 – ZR17M/C (58W)
Pneu Traseiro: 200/55 – ZR17M/C (73W) 

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FAQ:

Quantos modos de pilotagem existem? São 3 modos, eles são todos livres para que sejam customizados de acordo com a necessidade do piloto.

Quais cores a Honda venderá aqui no BR? O primeiro lote que chegou trouxe as 2 cores: Preta e HRC (Vermelho azul e branca) 

Quantas variações existem para o painel? São 5 formas diferentes de visualização

Qual a função das asas? As duas principais funções são Aerodinâmica (downforce) e arrefecimento mas claro que esteticamente também ajudou muito

O motor da RR-R é o mesmo da CBR SP com melhorias? Não, o motor não usa nem o mesmo parafuso, ele é 100% novo

O que significa o terceiro R? O terceiro R foi colocado pelo fato da moto ter sido desenvolvida pela equipe HRC de corrida

Quais os pneus homologados para essa a RR-R? Pirelli Supercorsa SP e Bridgestone RS11

Quantos litros tem o tanque da CBR RR-R? São 16,1l

Vi na foto que não tem onde por a chave, mudaram de lugar? A honda CBR RR-R conta com o sistema Smart Key (Chave inteligente) que funciona por aproximação sendo necessária apenas apertar e segurar o botão ao lado do painel.

Foto: Divulgação

EQUIPAMENTOS USADOS:

Macacão: Macacão Revit One Piece Quantum 2 Anthracite-Neon Red (https://www.motosprint.com.br/macacao-revit-one-piece-quantum-2-anthracite-neon-red/p) 

Luva: Luva Revit League Black Grey (https://www.motosprint.com.br/luva-revit-league-black-grey/p )

Capacete: Shoei X-Spirit III

Bota: Bota Forma Ice Pro Flow Black (https://www.motosprint.com.br/bota-forma-ice-pro-flow-black/p )

Protetor de Coluna: Protetor De Coluna Tryonic Feel 3.7 White-Blue (https://www.motosprint.com.br/protetor-de-coluna-tryonic-feel-white-blue/p )