A motocicleta é uma opção que cresce cada vez mais entre as mulheres!
De scooter a Big Trail, cada vez mais mulheres se tornam motociclistas no Brasil.
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
Texto: Luiz Mingione.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo, o número de mulheres motociclistas que em 2012 era de 4.512.753 saltou para 8.190.135 em 2022, o que representa um crescimento de 81,5% em nove anos.
Cada vez mais presentes nas ruas e estradas do Brasil, as mulheres representam cerca de 31% dos compradores, segundo levantamento da Abraciclo.
“As mulheres são mais exigentes e cuidadosas na hora da compra, querem um modelo que ofereça segurança, alto nível tecnológico e conforto, mas sem perder em design e praticidade”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Associação.
Atentas às tendências, elas têm acompanhado as categorias que mais crescem no mercado. Esse é o caso da escritora mineira, radicada em Brasília (DF), Alice Castro, de 55 anos. “A mulher nasceu para pilotar, mas algumas ainda não sabem disso”.
Alice é fã dos modelos de grande porte e alta cilindrada, como as Big Trails, categoria que registrou o segundo maior crescimento percentual na produção do ano passado. Ao todo, foram fabricadas 21.564 unidades, alta de 40,6% na comparação com 2020.
Segundo ela, o motivo da preferência é o maior conforto e desempenho nas estradas. “Viajar de motocicleta é uma terapia. Todo dia aprendemos algo novo. Estamos sempre testando nossos limites e isso nos ajuda a ser pessoas melhores”, diz Alice.
Para incentivar outras mulheres a encararem o guidão, Alice criou em 2009 o grupo on-line “Mulheres Motociclistas e Apaixonadas por Motos”, que hoje conta com mais de 17 mil integrantes.
Quem também compartilha experiências na internet com motocicletas de maior cilindrada é Cecília Kondo, de 57 anos, conhecida nas redes sociais por Japagirl Rider.
Apaixonada por viagens e sempre atenta aos cuidados para garantir a sua segurança, a paulista nascida em Pereira Barreto faz relatos de suas viagens e dá dicas para quem quiser se aventurar a bordo de uma motocicleta em sua página no Instagram.
Pilotando motocicletas, andou pela Carreteira Austral e na Patagônia chilena, que classifica como uma das rotas mais incríveis da América do Sul.
Já viajou pela Estrada da Morte, que fica na Bolívia e é considerada uma das mais perigosas do mundo, e foi até a cidade de Ushuaia, na Terra do Fogo, também conhecida como "fim do mundo", entre muitos outros roteiros no Brasil e no exterior.
“Já passei por muito perrengue, mas foi exatamente isso que deu sabor à viagem. Vivi experiências incríveis. Motociclismo é minha vida”, afirma Cecília.
Aos 35 anos, a artesã Priscila Loubach Tavares proprietária de uma scooter realizou a "viagem da vida” de Alto Jequitibá no interior mineiro até Londrina(PR), sua cidade natal. Foram mais de 1200km percorridos em dois dias e meio se cuidando nas movimentadas estradas!
“Foram dois dias e meio na estrada. É preciso ter alguns cuidados como ficar na pista da direita e seguir um ritmo tranquilo. A scooter respondeu muito bem”, comenta.
Outra “scooterista”, Débora de Souza, 43 anos, trocou o carro que ganhou em uma rifa e pegou uma scooter. Além de economizar parte da grana do carro, o percurso que anteriormente levava 2 horas para percorrer, passou para “meros" 40 minutos até o trabalho. Cautelosa, tem consciência que poderia fazer em menos mas, já comemora por estar ganhando 1h20!
“Vendi meu prêmio e com o dinheiro, comprei uma scooter. Minha qualidade de vida deu um salto. Antes levava duas horas para ir de casa até o trabalho. Agora são 40 minutos. O tempo poderia ser menor, mas sou muito cautelosa e prezo pela minha segurança”, comemora.
A fotógrafa carioca de 38 anos, Fernanda Balster mora na "Cidade Maravilhosa”, não satisfeita em ter um scooter apenas, espalhou sua paixão pela internet fundando o grupo Mulheres de Scooter com mais de 1000 integrantes atualmente no Facebook e mais 1000 no Instagram. Tendo o scooter como porta de entrada, a idéia é unir as mulheres de scooter para trocar experiências, bater papo, promover encontros , tirar dúvidas e outras coisas mais.
“A proposta é trocar experiências, tirar dúvidas, promover encontros e unir o público feminino, que é cada vez maior no mundo motociclístico. As scooters acabam sendo uma porta de entrada para entrar no mundo das duas rodas”, destaca Fernanda.
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário