"Moto Checkup" avalia mais de 100 motos

Nos três dias do evento, técnicos inspecionam motos e capacetes dos motociclistas.

Por Adilson

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), participou na terça-feira do primeiro dia do “Moto Checkup”.

O evento é organizado pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares) e segue em operação até hoje, no pátio do estacionamento do Supermercado Extra, na Rua Samuel Klabin 193, das 8h30 às 16h30.

A ação tem como meta fomentar a educação e segurança no trânsito junto aos condutores de motocicletas. Nesta terça-feira, mais de cem motociclistas, principalmente profissionais de moto frete, compareceram de forma espontânea ao local.

Eles puderam fazer a checagem gratuita dos veículos, realizada por técnicos das seis montadoras de motocicletas presentes, e a verificação da conformidade do capacete pela equipe do Ipem.

Na inspeção das motos, os técnicos das montadoras avaliaram itens como faróis, sinaleira, pneus, freios, suspensão e caixa de direção, entre outros. O resultado mostrou que grande parte das motos examinadas precisava de manutenção, principalmente nos itens de segurança.

Pisca-pisca quebrado, problemas nos freios, suspensão e vazamentos foram alguns dos problemas encontrados, de acordo com Fernando Santonier, assistente técnico de uma das empresas que prestavam serviço no local.

Em uma área reservada, o técnico Flávio Cocci, do Ipem-SP, examinava os capacetes e explicava se estavam conforme as normas do Inmetro. A maioria estava regular; possuía o selo do Inmetro colado no casco, com número de série, logotipo do organismo que certificou o produto e marca holográfica do Inmetro, além do número de autorização e da norma brasileira ABNT 7471, segundo a qual o capacete é avaliado.

Além disso, para estar de acordo com a lei, o capacete deve apresentar a designação do modelo certificado e possuir uma etiqueta interna com nome do fabricante ou importador e ano da fabricação.

Saber a data da fabricação é importante, pois os capacetes fabricados a
partir de agosto de 2007 devem possuir uma etiqueta costurada na cinta jugular com a marca do Inmetro e as mesmas informações contidas no selo colado no casco. Isso permite identificar se o produto é ou não certificado, mesmo nos casos em que o selo tenha sido removido ou desbotado.

Flávio Cocci pondera que as irregularidades constatadas nos capacetes examinados ontem foram “em muitas situações, devidas a um descuido por parte do condutor, na preservação do selo no produto adquirido de forma regular no comércio”.

Segundo o técnico do Ipem, muitos chegaram a admitir que retiraram e
jogaram fora o selo. A exemplo do motoboy Jairo Batista. Ele explicou ter arrancado a etiqueta interna do capacete — cujo selo já estava bastante esmaecido — porque dava muita alergia, mesmo sabendo que poderia ser alvo da fiscalização pela autoridade de trânsito.

Curso especial

Os moto-fretistas puderam ainda se inscrever no curso especial de treinamento e orientação do trânsito oferecido pela Secretaria Municipal dos Transportes, a primeira etapa para se obter o “condumoto”, documento obrigatório para o exercício da atividade expedido pelo Departamento de Transporte Público (DTP).

Após o cadastro, o DTP entrará em contato com o condutor, informando a data e o local onde ocorre o treinamento gratuito de oito horas, dividido em dois dias, das 6h às 10h. A intenção é regularizar a atividade.

Segundo o diretor executivo da Abraciclo, Moarcy Alberto Moraes, essa é a primeira vez que se realiza um evento desse porte em São Paulo, voltado para o motociclista e o motoboy, oferecendo total apoio e com a participação de entidades importantes.

Com o sucesso da iniciativa, o consultor de segurança da Abraciclo, Carlos Nakaharada, afirmou que pretende repetir a experiência em outros lugares de São Paulo. “A proposta é fazermos quatro eventos deste por mês”, afirmou Nakaharada.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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